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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 21 de novembro de 2017 às 12:43
Segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal), o terceiro trimestre de 2017 foi marcado por uma nova expansão da economia brasileira. A alta em relação ao segundo trimestre, já efetuados os ajustes sazonais, foi de 0,3%. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, o crescimento foi de 1,2%. Com estes resultados, a atividade econômica acumulou crescimento de 0,4% entre janeiro/17 e setembro/17 na comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, a continuidade da queda da inflação e das taxas de juros aliada ao cenário benigno da conjuntura internacional, impulsionaram a atividade econômica brasileira ao longo do terceiro trimestre deste ano.

Pelo lado da oferta agregada, depois de um forte avanço registrado no primeiro semestre, o setor agropecuário recuou 7,0% no terceiro trimestre. Por outro lado, a indústria cresceu 1,1% e o setor de serviços 0,7% no terceiro trimestre. Todas as variações acima descritas já estão livres dos fatores sazonais.

Pelo lado da demanda agregada, os destaques do terceiro trimestre foram altas de 2,4% das exportações e de 0,8% dos investimentos. Do lado negativo, tivemos as quedas de 0,6% no consumo das famílias e de 1,1% no consumo do governo. Por fim, as importações cresceram 4,7% no terceiro trimestre.

No acumulado do ano até setembro, a atividade agropecuária acumula taxa de crescimento bastante expressiva: 13,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a indústria e o setor de serviços ainda apresentam quedas de 0,9% e de 0,4%, respectivamente.

Ainda em relação ao acumulado dos primeiros nove meses de 2017, praticamente todos os componentes da demanda agregada recuaram: consumo das famílias (-0,3%), consumo do governo (-2,3%), investimentos (-4,0%). Somente as exportações e as importações cresceram: 4,6% e 3,7%, respectivamente.

Fonte: Serasa Experian
Economia & Atualidade Postado em quarta-feira, 08 de novembro de 2017 às 18:37
As participações do Brasil na produção e nas exportações de produtos manufaturados mostram que o país está perdendo importância na economia global. Em dez anos, a participação do Brasil caiu tanto na produção como nas exportações mundiais. A fatia das exportações brasileiras de produtos manufaturados no total mundial diminuiu 0,24 ponto percentual entre 2005 e 2015 e ficou em 0,58%. Enquanto isso, a participação da China aumentou 8,83 pontos percentuais e, a da Coreia do Sul, cresceu 0,55 ponto percentual informa o estudo Desempenho da Indústria no Mundo, feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em estatísticas da Organização Mundial do Comércio (OMC). 


Além disso, nos últimos dez anos a participação brasileira na produção mundial de manufaturados caiu 0,9 ponto percentual. Passou de 2,74% em 2006 para 1,84% em 2016.  No mesmo período, a fatia da indústria chinesa cresceu 11,80 pontos percentuais e, a da Coreia do Sul, 0,56 ponto percentual. "Os dois indicadores mostram que o Brasil está perdendo capacidade de competir no mercado mundial de produtos manufaturados", afirma o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. 

Ele explica que isso é resultado dos avanços pouco expressivos nas reformas micro e macroeconômicas que têm impacto nos custos de produção das empresas. "Os custos no Brasil cresceram mais do que a produtividade, e isso faz com que o país tenha alguma vantagem diante dos competidores externos quando o real se valoriza", avalia Castelo Branco.  O economista alerta que o câmbio não pode ser o único elemento de melhora da competitividade brasileira. "Temos que ganhar competitividade na produção, com custos mais adequados e aumento da produtividade", completa.

O estudo da CNI destaca que o ritmo de queda da participação da indústria brasileira no total da produção mundial se acentuou a partir de 2014, por causa do agravamento da crise econômica interna.  Com base nos dados da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido), a CNI informa que a participação da indústria brasileira na produção mundial caiu 0,24 ponto percentual entre 2015 e 2016, período em que a da China aumentou 0,9 ponto percentual. 

PARTICIPAÇÃO DO MÉXICO - O estudo da CNI observa que o Brasil não está perdendo espaço apenas para a China e a Coreia do Sul. O país também está atrás do México, um dos principais concorrentes na América Latina. "A participação mexicana nas exportações mundiais de manufaturados iniciou movimento de recuperação em 2012 e se mantém em crescimento", afirma o estudo.  Entre 2005 e 2015, a fatia do México nas exportações de produtos manufaturados aumentou 0,45 ponto percentual, enquanto a do Brasil encolheu 0,24 ponto percentual. 

A participação da indústria mexicana no total da produção mundial de manufaturados também caiu nos últimos dez anos, mas em ritmo menor do que a do Brasil. A fatia do México na produção de manufaturados do mundo diminuiu 0,2 ponto percentual entre 2006 e 2016. No mesmo período, a do Brasil encolheu 0,9 ponto percentual.

Fonte: CNI