Notícias


Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024 às 13:40


Setor de Saúde e Beleza no Brasil atinge crescimento e reflete nas mudanças das escolhas dos consumidores, impulsionando vendas para US$ 32 bilhões até 2027.

O setor de Saúde e Beleza tem expandido seus horizontes globalmente. Se antes as buscas por produtos de higiene eram predominantes na área, hoje, as escolhas dos consumidores tornaram-se mais diversas. Além de saúde e estética, o público tem se interessado por itens como vitaminas, maquiagem, fragrâncias, cuidados com a pele e com os cabelos. Como resultado desse comportamento, foram feitas US$ 1,039 trilhão em vendas líquidas durante o ano de 2022, de acordo com estudos da Flywheel. O total representa um aumento de 18,6% em relação aos US$ 876 bilhões de 2019, período que antecedeu a pandemia de Covid-19.

Entre os mercados que se destacam nas vendas globais, a liderança é dos Estados Unidos (39,8%), seguido por China (13,8%), Japão (6,1%), Alemanha (4%) e Reino Unido (4,2%). Os cinco países que se despontam somam juntos 67,7% das vendas em todo o mundo, enquanto os demais representam 32,3%. O estudo mostrou ainda que, do total das vendas, 25,4% representam as que aconteceram de forma online.

As estimativas para os próximos anos são de crescimento. Além da previsão de U$S 1,107 bilhão alcançados em 2023, em 2024 o esperando é um o resultado global de U$S 1,179 bilhão, o que mostra um crescimento de 6,5%. Para 2027, a expectativa é que setor chegue a US$ 1,374 bilhão em vendas líquidas mundiais.


Exportações em alta


O ano 2022 pode ser considerado um período de bons números para o mercado internacional de Saúde e Beleza, afinal, os principais exportadores de artigos de beleza superaram os números alcançados em 2019. Nesse cenário, a França conseguiu destaque. Já entre os exportadores de produtos de saúde, a Alemanha ocupou a primeira posição, seguida pela Suíça e Bélgica.

Exportações de Beauty


Exportações de Health


Já na América Latina, o México se destacou em 2022 tanto nas exportações de produtos de saúde (US$ 1.046 bilhão), quanto nos de beleza (US$ 1.079 bilhão). Entre os países latino-americanos, o Brasil surge na segunda colocação com, respectivamente, US$ 810 milhões e US$ 331 milhões em saúde e beleza, somando US$ 1,1 bilhão.

E-commerce contribui com bons resultados do setor de Saúde e Beleza na América Latina

O cenário do mercado de produtos de Saúde e Beleza na América Latinarevela números expressivos. Em 2022, o setor alcançou a marca de US$ 55,2 bilhões, conforme o levantamento da Flywheel em agosto de 2023. Projeções indicam um crescimento substancial nos próximos anos, com um aumento de 33% até 2027. O percentual eleva o mercado para US$ 73,6 bilhões. Quanto aos canais de vendas, foi observado pelo estudo que o comércio digital representou aproximadamente 10% das vendas totais em 2022 na América Latina. Essa participação tem uma trajetória ascendente, prevendo-se um aumento para 13,8% até 2027.

Em 2022, 44% das vendas líquidas na América Latina foram realizadas pelo formato Omnichannel 1P, enquanto 40% adotaram o formato Pureplay 3P. O Omnichannel 3P e o Pureplay 1P registraram 8% cada. Olhando para o futuro, há uma tendência de crescimento no formato Pureplay 3P, projetando um aumento de 40% para 47% até 2027. É importante salientar que sobre as vendas são feitas no e-commerce, existem duas opções: Omnichannel e Pureplay. O Omnichannel oferece uma experiência unificada para os clientes em todos os canais de venda. Já o Pureplay refere-se às empresas que operam exclusivamente online. Quanto aos formatos 1P (First Party) e 3P (Third Party), representam quando a venda é feita diretamente pela marca proprietária ou por terceiros, em casos em de venda produtos de uma marca da qual não são proprietários, respectivamente.

A América Latina destaca-se por sua indústria varejista vibrante, com os principais dez varejistas da região atingindo vendas líquidas notáveis de US$ 28,4 bilhões no setor de Saúde e Beleza em 2022. As empresas líderes incluem Raia Drogasil e Natura Cosméticos, no topo da lista, e seguidas por Oxxo e Walmart. O cenário promissor aponta para um mercado em constante evolução e expansão.


Brasil lidera Saúde e Beleza, e impulsiona vendas online

Em 2022, o Brasil assume a dianteira no setor de Saúde e Beleza na América Latina, com 41% das vendas líquidas na região. O dinamismo do mercado brasileiro, já estabelecido internacionalmente, projeta um aumento de 41% nas vendas líquidas até 2027. Nos próximos anos, estima-se que o país alcance US$ 32 bilhões, partindo dos US$ 22,7 bilhões em 2022.

Além disso, na comparação de dados do mercado digital da América Latina com os números brasileiros em 2022, foi mostrado pelo estudo uma disparidade. Enquanto as vendas online representaram 10% do total na região macro, o Brasil superou as expectativas e registrou 14,9%. Ou seja, em comprar o país ultrapasso a previsão para o mercado digital latino-americano em 2027 (13,8%). Para 2027, as vendas digitais brasileiras devem representar 18,2% do total, o que representa um salto de US$ 3,4 bilhões para US$ 5,8 bilhões em vendas líquidas.

A análise de dados do estudo da Flywheel mostrou também que dois fatores se destacam no mercado brasileiro. A presença menor do Omnichannel 1P, com 38% das vendas, contrasta com os 44% observados na América Latina. Essa diferença é compensada pela maior presença do Omnichannel 3P, que corresponde a 11% no Brasil, enquanto na região macro esse número era de 8%. Estima-se que, até 2027, aconteça um avanço contínuo do formato Pureplay 3P.

O Brasil teve um cenário de varejo consolidado em 2022. Os dez maiores varejistas alcançaram vendas líquidas de US$ 17,9 bilhões. Raia, Drogasil e Natura estiveram nas primeiras posições, seguidos por Boticário e DPSP. Assim, o Brasil se posiciona como protagonista no cenário varejista da região.


Como o consumidor decide suas compras?

Os consumidores de Saúde e Beleza podem ser influenciados de diversas formas antes de decidirem suas compras. Porém, um estudo da Spark com o Instituto QualiBest com a mostrou que, em 76% dos casos, os influenciadores digitais foram importantes na decisão, sendo que 52% das aquisições foram de produtos de beleza.

Enquanto isso, um levantamento da Beauty Plan da B4A apontou que 56% das mulheres com maiores idades dão mais atenção aos conselhos de especialistas, como dermatologistas. Quanto aos homens, 47% deles têm como principal fonte de influência os sites especializados. Por outro lado, outros 43% preferem a recomendação de um dermatologista.

Entre as gerações mais jovens, entre 16 e 24 anos, os influenciadores desempenham um importante papel na decisão de compra de produtos de saúde e beleza. Conforme mostram dados da Influencer MarketingHub, 33% das mulheres seguem recomendações dos criadores de conteúdo, e 25% dos homens têm o mesmo comportamento.


O crescimento do setor de Saúde e Beleza permanece

Na América Latina, o setor de Saúde e Beleza deve continuar em ascensão. Para 2023, a projeção da média de crescimento foi de 9,6%. Esse impulso é resultado do avanço das vendas online, que devem crescer aproximadamente 18% na região. Quando comparado o potencial do e-commerce local com o global, foram vistos percentuais de 10,8% e 27,3%, respectivamente. O Brasil, apesar de sua maturidade digital, acompanha esse ritmo de expansão.

Neste cenário competitivo, marcas que investirem em um sólido plano de presença digital, considerando diferentes canais online e a jornada do consumidor, terão vantagem. A visibilidade do produto, facilidade de busca, estoque disponível e apresentação clara, correta e bem precificada são cruciais para o sucesso. O crescimento do Pureplayer-3P no e-commerce destaca a necessidade de práticas consistentes na experiência do consumidor, especialmente em canais 1P e 3P.

O estudo da Flywheel Latam mostra que os consumidores estão cada vez mais conscientes e valorizam aspectos como a autenticidade, respeito e autoestima em detrimento de estereótipos tradicionais de beleza. Comunidades e influenciadores digitais desempenham um papel crucial ao compartilhar informações e contribuir para um consumo pautado em princípios claros. As marcas devem refletir seus valores em todas as interações com o mercado para construir confiança.

A consistência nos pontos de contato da marca se torna vital, seja por meio de revendedores, canais digitais ou redes sociais. A repetição reforça a compreensão do consumidor sobre o que e o porquê consome. No e-commerce, o uso de carrosséis de imagens e análises de produtos fortalece a mensagem da marca e avalia a compreensão do discurso pelos consumidores. O setor de Saúde & Beleza passa por mudanças significativas, impulsionadas pela tecnologia, maturidade dos consumidores e desenvolvimento do mercado. Empresas que se adaptarem a esse novo contexto, oferecendo produtos e serviços alinhados às demandas do público, terão as melhores oportunidades de crescimento. 

Fonte: Consumidor Moderno
Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024 às 13:33


A Shopee anunciou nesta sexta-feira (23) uma expansão da sua malha logística no Brasil com a inauguração do seu 10º centro de distribuição (CD). Localizado na região metropolitana de Goiânia (GO), no Centro-Oeste do país, o novo espaço tem como objetivo reforçar a presença nacional da varejista. 


A nova unidade opera no modelo cross-docking, em que as mercadorias coletadas por meio de parceiros logísticos são reorganizadas e encaminhadas aos hubs de última milha,  da onde saem os produtos que chegam até a porta do consumidor final.  

A empresa afirma que o novo centro representa um “passo estratégico da Shopee para fortalecer sua infraestrutura logística”. “Vamos nos aproximando dos pontos de coleta do Distrito Federal e Goiás, além de permitir uma conexão de malha mais eficiente e com maior velocidade de entrega para os consumidores de toda a região”, explica Rafael Flores, head de expansão e malha logística na Shopee.
                   
Para ter uma ideia de comparação com outras concorrentes estrangeiras, a Shein possui cinco CDs, enquanto a Amazon tem dez e o Mercado Livre tem dez. Já o varejo nacional é mais penetrado: Casas Bahia possui 29 centros de distribuição, Magazine Luiza possui 22 e Americanas tem 15. 


Foco na experiência 

No comunicado de anúncio do CD, a Shopee afirma que intensificou seus esforços para “melhorar cada vez mais a experiência dos consumidores e dos vendedores brasileiros”, principalmente por meio da otimização de sua operação logística desde a coleta dos produtos até a entrega. 

Atualmente, o marketplace conta com outros 9 centros de distribuição localizados em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco, além de mais de 100 hubs logísticos de primeira e de última milha, todos exclusivos para produtos de lojistas brasileiros. Apesar do investimento, a empresa não revela o prazo de entrega de seus produtos – que varia a depender da região e do vendedor. 

A Shopee conta também com mais de 20 mil motoristas de parceiros logísticos e 1.800 pontos de coleta e entrega do marketplace, no chamado modelo PUDO (pick up / drop off), que permite que vendedores depositem seus produtos, e a Shopee se encarrega de levar até os consumidores.


Taxação de produtos

A Shopee foi uma das protagonistas de todo o imbróglio envolvendo a tributação de mercadorias de até US$ 50 no país, que começou em meados em abril do ano passado. A ideia inicial era cobrar impostos de varejistas estrangeiras, como Shopee, Shein e AliExpress, por exemplo, que vinham sendo acusadas de ganhar terreno sobre as concorrentes brasileiras ao supostamente fazer vendas como pessoa física e pagar menos tributos. Desde então, a empresa vem se esforçando para reforçar seu posicionamento como uma empresa que conta com parceiros nacionais, além de apostar em sua logística para otimizar as entregas. 

Fonte: Infomoney