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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 01 de junho de 2021 às 10:34


Especialistas do Senac RJ elencam cinco tendências para profissionais e empresários do mercado da moda. E-book gratuito apresenta panorama sobre consumo, desafios, inovação e competências profissionais. As mudanças no comportamento do consumidor têm influência direta na moda, e isso provoca alterações relevantes em toda a cadeia e na forma como iremos nos adaptar ao novo cenário imposto pela pandemia.

Pensando nestes novos tempos, o núcleo de Moda do Senac RJ desenvolveu o e-book Desafios e oportunidades para a moda na pandemia. O conteúdo foi elaborado com o auxílio de profissionais de diversas áreas do setor, que apontaram as tendências e possibilidades de adequação necessárias para a manutenção do segmento. Confira uma prévia do conteúdo do e-book, com cinco sugestões do Senac RJ sobre o futuro dos profissionais e do mercado da Moda.

Competências profissionais no novo mercado

Além do conhecimento técnico necessário para a produção de itens de moda, o profissional precisa estar atento às suas competências comportamentais (soft skills). Destaque para a criatividade, não apenas pelo lado engenhoso das criações, mas também para inovar e buscar melhorias e soluções em todos os âmbitos do negócio. A resiliência, capacidade de adaptação às mudanças; a empatia, saber se colocar no lugar do outro; e o pensamento crítico, fundamental para quem precisa pensar em novas alternativas para alcançar resultados positivos, também são soft skills importantes.

“As novas competências profissionais estão relacionadas a soft skills, conhecimento digital, um olhar para a inovação e também para o lifelong learning (educação continuada).”, explica Wilma Freitas, diretora de Educação Profissional do Senac RJ.



Varejo digital

Há uma máxima que afirma que toda crise traz consigo uma oportunidade. Muitas empresas varejistas, antes restritas às lojas físicas, tiveram que adaptar seus negócios ao mundo digital em plena pandemia. Seja investindo em sistemas de e-commerce, em ferramentas omnichannel para integrar a experiência de compra ou gerando conteúdo relevante nas redes sociais, os processos internos tiveram seu planejamento agilizado para garantir a sobrevivência dos negócios.

“Acredito como futuro em um único canal, se físico ou digital, se a marca atende em casa levando a coleção na casa do cliente, você é um atendimento só, uma experiência. A pessoa pode comprar em um ponto físico, mas receber em casa porque não quer sair com sacola, ou comprar on-line e retirar na loja porque não quer esperar o frete. Quem souber gerir da melhor maneira esse fluxo de vendas vai sair na frente.”, comenta Lucas Arcoverde, diretor criativo da Mescla.


Moda colaborativa

O fortalecimento do mercado também passará por uma moda mais colaborativa, com as marcas criando parcerias e redes de aliados com seus consumidores, fornecedores e colaboradores. Olhar pra dentro também é fundamental. O senso de comunidade nunca fez tanto sentido como neste período de pandemia. Será, também, um tempo de colaboração no setor, até mesmo entre marcas concorrentes.

“Além de parcerias, você pode ser uma marca apoiadora de marcas menores, porque sabe que você tem mais estrutura e essa marca menor não precisa passar por certas coisas que você passou. Enxergar que você está em uma condição e é tão simples ajudar e dar suporte a uma marca. Fazer parcerias com marcas não concorrentes, mas com produtos que conversem. Mas isso vai  depender muito dos parceiros enxergarem essa visão de oportunidade.”, explica Rosilane Jardim, diretora criativa da Karamello.


Comportamento do consumidor

Muito em voga mesmo antes da pandemia, a sustentabilidade ganhou contornos mais específicos além da questão ambiental, com um olhar mais atento do consumidor aos vieses social e econômico e de valorização da produção local. Uma nova consciência social traz à tona o valor intangível das marcas e comprova que o consumidor busca cada vez mais por aquelas que investem em uma sociedade melhor e mais inclusiva.

“O momento é de reinvenção para o mercado de forma geral e, principalmente, para a moda. O fim do consumo exacerbado, os consumidores mais conscientes, a valorização do comércio local e o mindset digital são comportamentos que geram impactos no mercado.“, esclarece Leana Braga, gerente de Moda do Senac RJ.


Comunicação e Valor na Moda

Mais do que em qualquer outro tempo, as marcas precisam se posicionar a partir de uma comunicação que seja relevante, que faça sentido e que tenha conexão com o momento. A gente acredita em narrativas de sensibilidade, coerentes com esses tempos difíceis. A verdade de uma marca deve estar na imagem que ela mostra. A atitude e o discurso sempre devem andar juntos para criar uma conexão verdadeira.

“Nunca descartamos os retalhos de produção nas fábricas. Mapeamos para entender o volume de resíduo que estamos gerando e saber se tem alguma proposta de inovação para diminuir o descarte. Começamos a produzir máscaras para vender e doar para manter os empregos da base da cadeia. Foi uma decisão por impulso que foi muito positiva pra gente. Quando as pessoas enxergam esse propósito de ajuda em rede, no meio de uma pandemia, você tem uma oportunidade de crescer fazendo o bem.”, finaliza Lucas Arcoverde, diretor criativo da Mescla.

Confira estas e outras dicas no e-book do Senac RJ Desafios e oportunidades para a moda na pandemia, disponível gratuitamente para download no seguinte link:  http://relacionamento.rj.senac.br/forms/index.asp?id=3850

Fonte: Assistencal e Stylo Urbano