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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 16 de janeiro de 2018 às 20:45
O crescimento esperado para o comércio varejista em 2017 deve ser de 3,9%, segundo projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base nos dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de novembro, divulgada pelo IBGE. Em novembro, o volume de vendas nos 10 segmentos que integram o varejo ampliado avançou 2,5% em relação a outubro, já descontados os efeitos sazonais. Esse foi o melhor resultado na comparação mensal desde que o IBGE passou a divulgar os dados do varejo ampliado em 2003. Em relação a novembro de 2016, a alta foi de 8,7%, a maior desde 2010.

A CNC projeta ainda um crescimento de +5,1% para 2018, se preservado o cenário atual de inflação abaixo da meta e juros em queda. “Esse cenário se baseia na percepção de que a inflação permanecerá livre de pressões maiores no curto prazo e, mesmo em um horizonte mais amplo, deverá encerrar o ano abaixo do centro da meta de inflação. Esse processo permitirá, portanto, que as taxas de juros mantenham a atual trajetória de queda – ingrediente fundamental para a sustentabilidade do crescimento das vendas ao longo de 2018”, afirma o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes.

Segmentos em destaque

Os segmentos de artigos de uso pessoal e doméstico (+8,0%) e móveis e eletrodomésticos (+6,1%) foram os principais destaques de novembro, impactados pelo aumento das vendas decorrentes da Black Friday.

Recuperação nos estados

No acumulado do ano de 2017, até novembro, o varejo acusou alta de 3,7% no volume de vendas, registrando recuperação em 23 das 27 unidades da Federação, com destaques para os Estados de Santa Catarina (+14,6%), Rio Grande do Sul (+12,5%) e Amazonas (+11,7%).

Para Fabio Bentes, o ano de 2017 ficou marcado pela reversão no processo de sucessivas quedas nas vendas, que já durava três anos. “Entre 2014 e 2016, o volume médio de vendas do setor recuou 20%, revelando que, apesar dos recentes resultados positivos, a estrada de recuperação do nível de vendas anterior à crise econômica será longa, não devendo ocorrer antes de 2020”, destaca.

Fonte: CNC
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 09 de janeiro de 2018 às 21:30
Por que uma montadora criada há poucos anos, como a Tesla, vendendo poucas dezenas de milhares de unidades/ano, supera o valor de mercado da centenária General Motors, que fabrica 10 milhões de veículos anualmente e fatura muitas vezes mais? O fato é que, nesses tempos regidos pela digitalização, aceleração, mudança frequente e erosão da fidelidade dos consumidores, os parâmetros para avaliar a qualidade de uma empresa – e de sua gestão – extrapolam os resultados financeiros.

Todo esse novo cenário e esses novos parâmetros influenciam o valor percebido de uma empresa. Vai além de um valuation tradicional. “O valuation tenta precificar quanto alguém deveria olhar para a empresa, para as condições de preço. É uma questão de transação. É um parâmetro de valor. É a capacidade da empresa de gerar valor financeiro, em determinado período, com base no custo de oportunidade e no risco que o acionista está disposto a assumir”, explicou Luis Motta, sócio da KPMG.


Em linhas gerais, explica Motta, o valor que a empresa gera leva em conta o mercado de atuação, os competidores e a capacidade dessa empresa de competir nesse mercado. “Tudo isso vai ser precificado, e dentro desse mercado serão traçados a projeção e o risco dela”, explica. Em tempos em que surgem disruptores de mercado a todo o momento, essa precificação pode mudar. “Quando aparece um novo competidor que traz uma solução que ameaça ou divide aquele mercado, ela divide aquele mercado que estava sendo projetado para determinada empresa”, afirma.

Nessa conta, diz Motta, entram sim fatores intangíveis. No varejo, por exemplo, a capacidade de uma empresa fidelizar os consumidores é levada em conta. “Existem questões que não são intangíveis, mas são direcionadores de valor”, considera. Para traçar uma régua de gestão e entender o que faz as empresas gerarem valor para além do lucro, a DOM Strategy Partners realizou o estudo “Mais Valor Produzido (MVP)”.  O estudo tem como base uma matriz que destaca alguns direcionadores de valor: causas e bandeiras, share of heart, conhecimento, tecnologia, inovação e centralidade no cliente.

“Gerar valor significa produzir riqueza econômica e isso se traduz a partir do valor da empresa”, explica Daniel Domeneghetti, CEO da DOM Strategy Partners. “Em geral, o valor é fruto da percepção tangível e intangível dos stakeholders”. Para chegar aos resultados, o estudo parte de uma amostra das mil maiores empresas do País (excluindo-se holdings), somada a um recorte de cerca de 200 empresas chamadas “transformadoras”, identificadas pela própria consultoria.

Fonte: Novarejo