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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 19 de setembro de 2017 às 21:04
CNC eleva previsão para vendas do varejo para 2,2% De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE, o faturamento real dos dez segmentos que compõem o comércio varejista no conceito ampliado apresentou avanço de 0,2% em julho, na comparação com o mês anterior, já descontados os efeitos sazonais. Esse foi o quinto crescimento mensal das vendas no ano e o segundo consecutivo, evidenciando, assim, um lento mas claro processo de recuperação do volume de vendas em 2017.

Ainda na comparação mensal, destacaram-se positivamente os segmentos de informática, comunicação e materiais de escritório (+4,4%), materiais de construção (+0,9%) e hiper e supermercados. Na comparação com julho do ano passado, o varejo ampliado registrou crescimento de 5,7%, a maior taxa nesse tipo de comparação desde fevereiro de 2014 (+8,3%). Mais uma vez, o crescimento das vendas foi liderado pelo ramo de vestuário e calçados (+15,5%) seguido por móveis e eletrodomésticos (+12,7%) e por equipamentos de informática e comunicação (+11,6%).

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) destaca que os recentes resultados positivos levaram o varejo brasileiro a acumular leve alta das vendas nos sete primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2016 (+1,1%). Três dos seus principais componentes encontram-se claramente em recuperação após dois anos de fortes perdas. São eles: vestuário e calçados (+7,1%), móveis e eletrodomésticos (+6,8%) e materiais de construção (+5,6%). Ainda nessa base comparativa, 15 das 27 unidades da Federação acumulam desempenho positivo em 2017, destacando-se com variações de +12,8% em Santa Catarina, +8,8% no Rio Grande do Sul e +7,7% no Amazonas.

Mediante tais dados, a CNC a revisou suas expectativas para o varejo ampliado em 2017, de +1,8% para +2,2%. A entidade entende que, além da percepção de que fundamentos importantes reativos às condições de consumo (como inflação baixa e taxas de juros em queda) deverão continuar contribuindo de forma positiva para a reação das vendas no curto prazo, para o setor será fundamental a recuperação do mercado de trabalho na segunda metade do ano. Assim como para 2018, a reativação dos investimentos se coloca também como condição necessária para a sustentabilidade do desempenho do comércio. “Com o fim do efeito dos saques das contas inativas do FGTS sobre as vendas, a continuidade da tendência de crescimento do setor nos próximos meses dependerá da aceleração na geração de postos de trabalho e da retomada dos investimentos, que acusaram 14 quedas nos últimos 15 trimestres”, afirma Fabio Bentes, economista-chefe da Confederação.

Fonte: CNC
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 12 de setembro de 2017 às 21:14
Em momentos de crise, um dos chavões mais utilizados no meio corporativo é que enquanto alguns choram, outros vendem lenços. Apesar de não apresentar nenhuma novidade, o clichê faz bastante sentido ao se analisar o ritmo de abertura de lojas no varejo em 2016, segundo levantamento feito pelo Ranking NOVAREJO Brasileiro.

De acordo com o estudo, o número de lojas contempladas no ranking deste ano subiu 2,6% ao comparado com o levantamento do período anterior. Alguns setores se destacaram mais que os outros, especialmente aqueles que conseguem acelerar a expansão por meio de franquias.

Foi o caso do segmento de óticas, que foi o grande destaque do varejo no quesito de inaugurações. Apesar da queda no faturamento de 6,7% no faturamento do setor, as líderes apresentaram crescimento tanto nas vendas quanto no número de lojas. O grande destaque nesse quesito foi o Mercadão do Óculos, que chegou a 105 lojas, um crescimento de 54,4%.

A área de óticas é ainda muito pulverizada. Por isso, as maiores do setor continuam investindo bastante em expansão para se distanciar da concorrência e abocanhar mercados das lojas de bairro. Óticas Diniz e Óticas Carol aumentaram em 8% e 9,2%, respectivamente, o número de pontos de venda. A Óticas Carol ainda vem capitalizada para a disputa com a líder Diniz, pois foi adquirida no ano passado pelo grupo italiano Luxottica, donao de marcas como a Ray Ban.

Menos construções, mais oportunidades

O setor de materiais de construção foi um dos que mais sofreu com a crise. Diante de investigações como a Operação Lava Jato, que impactou grande parte das maiores construtoras do País, e da crise, que freou as vendas de imóveis e até mesmo as reformas de casas e apartamentos, as vendas do segmento caíram 6%, segundo a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção. Consequentemente, boa parte dos ativos ficaram mais baratos.

Uma empresa, no entanto, aumentou em 70,7% o seu número de lojas em apenas o ano. Foi a Telhanorte, que é controlada pelo grupo francês Saint Gobain. No caso da varejista, a oportunidade surgiu com a aquisição da empresa gaúcha Tumelero, que possuía 29 lojas no Rio Grande do Sul. A aquisição consolidou a empresa na liderança do setor em lojas, com 30 unidades a mais que a Leroy Merlin.

Principalmente por conta da transação, o setor de materiais de construção foi o segundo que deu maior salto no Ranking NOVAREJO Brasileiro. A expansão das empresas analisadas foi de 9,7%.

Casa e Decoração também é destaque

O setor de Casa e Decoração foi outro que apresentou resultados consistentes em 2016, apesar da crise. Das dez empresas analisadas pelo ranking, apenas a Imaginarium e a Moldura Minuto tiveram retração no número de lojas em 2016. Isso, no entanto, não representou queda no faturamento. Ao contrário. Ambas cresceram 12,2% e 23,3%, respectivamente, aumentando a rentabilidade por loja.

O destaque em inaugurações ficou para a Camicado, controlada pela Lojas Renner. Somente em 2016, o crescimento de lojas foi de 25%, totalizando 85 unidades. As aberturas foram fundamentais para um crescimento de 18,2% no faturamento, a R$ 348 milhões.

A Le Biscuit, de Feira de Santana, apresentou o segundo melhor resultado em inaugurações. A empresa terminou o ano passado com 83 unidades, o que representou uma alta de 18,6%. As suas vendas subiram 9,3%, a R$ 485 milhões.

Fonte: Novarejo