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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 24 de novembro de 2020 às 09:49


Falta pouco para o Pix se tornar realidade e as pequenas varejistas estão se preparando para a novidade. Entenda as expectativas:

A partir do dia 16 de novembro, o Pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central, passa a funcionar de forma plena. O novo método, que é apenas parte de uma revolução bancária que está acontecendo no Brasil, entra em vigor em um período importante para o comércio – às vésperas das compras de fim de ano – e promete facilitar o processo de compras para clientes e lojistas, inclusive gerando ganhos para pequenas empresas de varejo.

Com o Pix, será possível aceitar pagamentos por meio de QR Code, sem a necessidade de cartões de crédito ou débito, além de transferências bancárias sem as tradicionais taxas de DOC ou TED. Isso tornará a experiência de compra mais simples e rápida – a transação deve ser finalizada em até 10 segundos. Outro ponto importante é que, com o novo método de pagamento, haverá uma diminuição na utilização de pagamento em cédulas de dinheiro e máquinas de cartão – o que, neste momento de pandemia, acarreta uma diminuição no risco de contágio.

André Calabro, diretor-executivo do BanQi, comenta que as expectativas em relação a implantação do Pix são altas. “O Pix vai garantir gratuidade nas transferências (de pessoas físicas), praticidade e agilidade, e sabemos que isso é crucial para termos mais pessoas utilizando serviços financeiros em geral”, afirma. “Além disso, em termos de negócio também proporcionará a criação de novos produtos e reduzirá os custos de transações e traz rapidez para o checkout”.


Uma aposta para as pequenas empresas

Essa percepção também é uma realidade entre as pequenas empresas de varejo e comércios locais. Priscila Almeida, sócia-fundadora da empresa Hipnose, rede de lojas de roupas localizada na capital paulista e região metropolitana, a mudança afetará não só a relação com clientes. “Com o Pix, as transações se tornarão mais rápidas e isso refletirá não só no lucro da empresa, mas na relação que mantemos com nossos fornecedores”, explica.

Ela afirma ainda que, com o novo modelo, será possível pagar os fornecedores com um prazo menor, já que a movimentação de caixa será imediata. No cenário atual, ela depende do prazo de pagamento das empresas administradoras de máquinas de cartões, que têm um prazo maior para creditar os ganhos para as pequenas empresas de varejo “.


Acompanhando o comportamento do cliente

Lidiane  Trindade, proprietária da loja de roupas femininas AnnaLy Moda e Acessórios, localizada na zona sul de São Paulo, espera por uma mudança no comportamento dos consumidores e um aumento nas vendas, com a chegada do novo método de pagamento. “O Pix vai nos ajudar muito, começando pelo DOCs e TEDs que poderão ser feitos sem cobrar nenhuma taxa e para nós, que estamos ampliando nossa presença nas redes sociais, resultará na possibilidade da efetivação de vendas utilizando esse meio, pois o cliente poderá pagar remotamente e retirar na loja”.

Para ela, outro fator interessante é a transferência de dinheiro que poderá ser feita todos os dias da semana, incluindo finais de semana e feriados, com grande velocidade. “Isso é ótimo para pequenas empresas de varejo”, diz. Para a lojista, essa mudança acompanha o comportamento do consumidor, que tem utilizado menos cédulas de dinheiro. “É uma novidade no mercado e vai nos facilitar muito e trazer mais agilidade e lucro, já que hoje nós, pequenos comerciantes, precisamos ter mais de um tipo de máquina de cartão, que cobra taxas e diminui o nosso ganho”.


Momentos fora de padrão

Priscila, ressalta também a mudança de agilidade que o Pix trará principalmente em períodos de grande fluxo como as festas de fim de ano – período essencial para pequenas empresas de varejo. “Conseguiremos efetuar mais vendas, já que a proposta é que o cliente consiga fazer tudo por meio do smartphone, sem a necessidade de ir até o caixa para efetuar o pagamento”.

Apesar disso, ela considera que a mudança ocorrerá de forma distinta, de acordo com a região em que está localizada cada loja. “O esperado é que nas nossas lojas localizadas em regiões mais periféricas a mudança para o Pix não seja algo imediato, porque essa população ainda não tem tanto acesso ou confiança para realizar transações em meios digitais. Em nossas lojas localizadas em regiões mais próximas ao centro, já há uma demanda por essa facilidade”.


Questão de segurança

Ainda que o Pix possa ser visto como uma alterativa capaz de alavancar a digitalização de pequenas empresas de varejo, é essencial que a segurança – uma das principais preocupações quando se fala de ambiente digital – não seja deixada de lado. Calabro, do BanQi, reforça esse aspecto. Para ele, é indispensável que o consumidor esteja atento a falsos domínios na internet que se aproveitam do tema coletar indevidamente informações pessoais dos clientes.

Por exemplo, ao cadastrar a chave Pix, o usuário deve se certificar de que está em ambiente oficial da instituição financeira escolhida. Vale entrar diretamente no aplicativo oficial da instituição financeira ou de pagamento para fazer esse cadastro.

“Além disso, é preciso lembrar que o registro da chave Pix é sempre utilizado para crédito de valores em conta e não débito. No caso de compras realizadas no comércio, o cliente deverá ter a conta logada no celular para envio do pagamento instantâneo”, diz o executivo. “As transações Pix terão as mesmas medidas de segurança já adotadas em uma transação TED, por exemplo. Em relação às informações pessoais e transacionais dos usuários, o Banco Central determina que devem ser protegidas pelo sigilo bancário e também pela LGPD”, conclui o executivo do BanQi.

Fonte: Consumidor Moderno
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 24 de novembro de 2020 às 09:45

A era do relacionamento mudou a forma como as empresas devem se posicionar diante dos consumidores.
Com a chegada do Natal, todo ano também aparecem aquelas lojas temporárias que vendem decoração especial para a data, que são chamadas de sazonais. Apesar de encantar a muitos por toda a sua temática lúdica, cheia de luzes e com produtos inspirados na figura do Papai Noel, essas lojas não estabelecem laços com os seus clientes. Os vendedores estão ali para trabalhar apenas por dois meses com o objetivo de ganhar dinheiro, sem criar engajamento, cultura e encantamento pela marca. E não gerar vínculos com o seu público é jogar fora grandes oportunidades.

Quando pensamos em marketing, antigamente o principal objetivo era vender e um bom anúncio era a forma de atrair as pessoas. Depois de uma série de transformações nas relações de consumo e a chegada de novos canais – de comunicação e compra –, o que estamos vivendo hoje é a era do relacionamento. Nesta fase, as marcas precisam e devem virar uma comunidade para gerar uma dinâmica de troca com o consumidor, principalmente nesse período pós-pandemia.


A importância de estar por perto

De olho nesse novo perfil de cliente, as empresas vêm se estruturando e criando estratégias para se aproximar cada vez mais do seu público e se mostrarem interessadas por ele. Apesar de existirem inúmeras ferramentas que auxiliam nesse processo, nenhuma delas fideliza bem o consumidor sem o atendimento humanizado, principalmente quando esse contato não está associado diretamente às vendas.

O cliente não precisa necessariamente comprar para esse relacionamento ser estabelecido. E neste contato, dependendo de como é tratado, ele nunca irá esquecer a sua marca, criando muitas vezes uma conexão emocional com a empresa. É justamente esse o grande diferencial e oportunidade!

Muitas vezes uma mensagem dizendo “Oi, como você está?” tem um impacto muito maior do que você mandar uma oferta. Para uma empresa de beleza e saúde, por exemplo, enviar um bom dia e oferecer um e-book de meditação ou dicas de bem-estar são possibilidades de ações mais bem-sucedidas do que simplesmente encaminhar alguma promoção. Não estão focadas em conversão, e sim em se aproximar da pessoa, seja resolvendo algum problema, disponibilizando algum benefício ou apenas estabelecendo contato de forma amigável.

Para seguir esse caminho, as empresas precisam primeiramente oferecer um atendimento de qualidade e contratar colaboradores que gostem de pessoas, que se interessem pelos problemas dos outros e se empenhem em resolvê-los como se fossem os seus.

Quando um consumidor entra em contato com uma empresa, geralmente, ele tem um problema e espera uma resolução. O que a marca deve fazer é atender e resolver a sua dor, fazendo o cliente perceber o quanto é importante para aquela empresa. Isso gera conexão e aumenta a qualidade do relacionamento entre ambos. A importância é tanta que o estreitamento dessas relações se torna muitas vezes o maior diferencial na decisão de compra.

Marcas que se limitam em apenas atender, de forma mecânica e robotizada, já ficaram para trás. E mesmo aquelas que não ficaram para trás porque têm um produto ou serviço muito bons e isso lhes garantia uma vantagem, mesmo não estabelecendo uma relação adequada com o seu cliente, ficarão com o olho no retrovisor por conta deste cenário de transformação que estamos vivendo. Ou elas mudam e se adaptam, ou serão mais uma dessas lojas que ficam esperando o Papai Noel o ano inteiro.

Fonte: Novarejo