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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 03 de outubro de 2017 às 21:12
O varejo está se transformando. De um lado, as novas tecnologias que já impactam o segmento ganharão mais força em breve. Do outro, há clientes mais exigentes e sedentos por experiências personalizadas. No meio deste cenário, estão os gestores dos pontos de venda que precisam se preparar para viver essa nova fase do varejo.

A NOVAREJO entrevistou especialistas em contratação e tendências de duas empresas de recursos humanos, a Michael Page e Resch RH, para entender as características desse novo profissional. A seguir, confira as principais indicações do perfil do novo gestor segundo as observações dos especialistas.

1. Provedor de experiências

O consumidor nunca foi tão confiante na qualidade e serviços do e-commerce. Para o varejo físico sobreviver forte, é importante que o gestor do ponto de venda seja um conhecedor nato de seus clientes para proporcionar a melhor experiência possível para atraí-lo para a loja.

“Esse profissional precisa ser especialista em proporcionar ao consumidor a melhor experiência da marca. Para o gerente, satisfazer o cliente será mais importante que realizar a venda”, explica Genis Fidélis, Gerente de Marketing e Varejo Digital da Michael Page.

2. Conhecedor da equipe

Para que não perca a unidade, o gerente precisa aprender a trabalhar como líder de um time formado por pessoas com diferentes características. Assim, é necessário que o gestor conheça de perto as habilidades de seus funcionários para melhor gerenciar as atividades da equipe.

“O gestor no varejo precisa ser extremamente voltado para as necessidades da equipe. Isso significa ser capaz de identificar as pessoas certas que acompanhem os valores da empresa e possam representá-los frente ao cliente; reforçar estes valores no dia a dia e promover uma cultura de confiança, concedendo autonomia para que a equipe possa solucionar problemas, contornar entraves burocráticos e atuar de forma a promover ao cliente uma experiência única”, diz Jacqueline Resch, consultora da Resch RH.

3. Especialista em servir

O curso escolhido na hora da matrícula na faculdade nãos será mais tão importante. O perfil do novo gestor do varejo exige conhecimentos específicos do dia-a-dia do trabalho. Mas os especialistas alertam: isso não significa que ele deixará estudar ou estudará menos.

“O gerente precisa buscar conhecimentos sobre o atendimento ao cliente. A formação universitária será substituída por uma algo mais geral, focado na atividade específica do gestor. O conhecimento adquirido em um curso comunicação ou administração importará muito pouco em comparação ao conhecimento que ele precisará para aplicar no dia a dia da equipe”, explica o especialista da Michael Page.

Segundo o especialista as próprias empresas têm apresentado alternativas para suprir essa lacuna de formação, oferecendo cursos de liderança e autoconhecimento para profissionais-chaves. A tendência, no entanto, é que no futuro próximo as empresas contratem funcionários essas características já afiadas e que não precisam de formação.

4. Acompanhante de seleção

Com as equipes mais produtivas, caberá ao gestor do varejo participar mais de perto do processo de contratação de novos funcionários que integrarão a sua equipe. Para os especialistas, a pro-atividade e atitude serão indispensáveis para o funcionário do varejo.

“No caso das empresas de serviço, atitude é um fator essencial, por isso, o processo seletivo é tão importante neste segmento de negócios. O desenvolvimento deve se dar por várias vias e não se limita a aquisição de conhecimentos. Estar atento aos novos conceitos e tecnologias é sem dúvida importante, mas, trabalhar as questões comportamentais e relacionais é essencial. Varejo é um negócio para gente que gosta de gente”, completa Jacqueline Resch.

5. Ligado nas novas tecnologias

Para Genis Fidélis, da Michael Page, o novo líder do varejo não precisará ser um profundo conhecedor de tecnologias, mas precisa entender de estratégias que podem impactar nas vendas. O importante é não transformar o a tecnologia como um aliado, não um concorrente.

“Será mais comum um cliente entrar na loja e querer uma experiência semelhante ao e-commerce. O gerente não será especialista em tecnologia, mas precisará ter discernimento suficiente para lembrar que a marca possui um site de vendas, outlet ou outras lojas com estoque que poderá atender o cliente”, diz Fidélis.

Ambos os especialistas descartam a possibilidade de surgir uma tecnologia que substitua o vendedor e o líder do varejo no ponto de venda.

“Com a abundância de ofertas o que vai fidelizar o consumidor é experiência da marca. E a experiência inclui entre outras, o contato com um vendedor informado, atencioso, capaz de se conectar com o cliente e se relacionar com ele de uma forma diferenciada, interessada e particular. Por mais que a tecnologia facilite os processos, um atendimento olho no olho e único para aquele cliente é algo que um robô não será capaz de fazer”, conclui Jacqueline Resch.

Fonte: Novarejo
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 03 de outubro de 2017 às 21:10
A inovação está no discurso de todas as empresas do mundo, mas o amargor da crise ainda atrapalha o processo aqui no Brasil. Afinal, como arriscar tanto em uma época de necessidades de cortes de custos?

Gustavo Oliveira, Head de Design e Inovação da UX Lab na TOTVS, dá dicas para evitar falhas nesse processo. Segundo ele, 96% dos erros na tentativa de inovação acontecem porque a empresa tira seus clientes do centro da criação do processo inovador.

“Essas tentativas não trazem o retorno necessário porque achamos que é mais fácil pensar em um novo procedimento tirando o cliente da criação, quando na verdade, por ser o motivo da mudança, precisaria estar no centro e acompanhando tudo desde o começo”, diz.

Para evitar erros, o especialista destaca cinco pilares para que a inovação dê certo:

1. Pense na experiência

Que os clientes exigem hoje a melhor experiência possível com a marca, todas as empresas já sabem. O problema, segundo Oliveira, é a dificuldade dos empresários em entender como preparar essas experiências.

“É comum pensar primeiro em investir em tecnologia, mas nem sempre são as ferramentas tecnológicas que proporcionarão a melhor experiência. Os empresários precisam conhecer melhor o seu cliente e usar a criatividade para atendê-lo”, diz.

2. Estimule a criatividade

Para estimular a criatividade entre os colaboradores, Oliveira defende que todos deem um passo atrás.

“Há pesquisas que comprovem que a sociedade molda as pessoas o que faz com que percamos a criatividade com o passar dos anos. Antes de pedir ao seu funcionário que ele pense fora da caixa, não o obrigue a trabalhar em um sistema fechado e que desestimule a criatividade”, diz.

3. Crie espaços de colaboração

A colaboração é outro ponto que deve ser reaprendido com as crianças. O especialista da Totvs defende que as empresas estimulem trabalhos em equipes, com times multidisciplinares, que promovam a inovação e a troca de conhecimento.

“Criar espaços de colaboração constante é ideal para manter uma equipe motivada e criativa. Estimule trabalhos em equipe e transforme o ambiente para atender essa nova formação”, completa.

4. Entenda a necessidade das pessoas

O principal fator de sucesso de inovação, segundo Oliveira, é entender as necessidades das pessoas. Nesse caso, colocar o cliente no centro do processo é indispensável para a inovação dar certo.

“Descobrimos o que as pessoas querem perguntando e observando elas, chamando os a colaborar. Depois, encontramos padrões e criamos protótipos, uma forma muito rápida e barata de testar o produto ”, diz.

Para Oliveira, as empresas precisam mudar de pensamento. “O lucro não deve ser mais o motivo para que a empresa exista, e sim o resultado; ele precisa agregar algum valor na vida do cliente”, completa.

Fonte: Novarejo