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Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 28 de novembro de 2017 às 21:10
Crescimento é fundamental, mas não é fácil. Nossas pesquisas mostram que empresas que conseguiram crescer mais que o PIB tiveram duas vezes maior chance de entregar um retorno acima do mercado do que aquelas que cresceram menos. Por outro lado, as corporações que não tiveram uma taxa de expansão superior ao PIB em um ciclo econômico tiveram cinco vezes mais chance de desaparecer no próximo.

Com a esperança do término da crise, os varejistas brasileiros que estavam mais focados em eficiência começam a voltar suas atenções à ampliação das vendas. É bem verdade que o crescimento não saiu do radar das empresas e algumas tiveram êxito. Mas o que fizeram esses campeões de crescimento?

Uma das capacidades dos vencedores é a de “garimpar”, ou seja, buscar mercados ou categorias que crescem acima da média. Das 30 empresas que mais cresceram no Brasil, descobrimos que 73% do resultado veio dessa alavanca. Já a expansão por meio de fusões e aquisições representou apenas 23% e via ganho de market share, ínfimos 4%.

No varejo, essa estratégia tem de ser parte do modelo de negócios. É essencial avaliar de forma constante e granular os itens que crescem acima do mercado e adicioná-los rapidamente ao portfólio. Também é chave revisar a alocação de espaço, privilegiando itens que crescem mais. Por último, as empresas têm sempre de trazer novos itens ao portfólio. Varejistas que foram mais rápidos em testar e dar maior espaço a categorias como cervejas especiais ou “sucos 100% da fruta” conseguiram avançar mais.

Uma segunda maneira de “garimpo” é a busca e o investimento em formatos que mais crescem. A expansão de modelos de atacarejo para captar consumidores mais sensíveis a preço é um bom exemplo.

A terceira forma é a identificação das cidades ou microrregiões que crescerão mais. Mesmo em um Brasil que passou por uma recessão nos últimos dois anos, diversas microrregiões mostraram desenvolvimento. Posicionar-se antecipadamente nesses mercados é a chave para crescer em um cenário adverso.

Poucas empresas usaram essas três estratégias. Contudo, as que usaram conseguiram crescer durante a crise e vão usar as mesmas estratégias para crescer ainda mais quando a economia voltar a crescer.

Fonte: Novarejo
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 28 de novembro de 2017 às 21:04
Pelo quarto ano seguido, a NOVAREJO apresenta as melhores companhias do varejo para trabalhar no País. Fruto de um estudo exclusivo realizado pelo Great Place to Work, a lista Melhores Empresas para Trabalhar GPTW NOVAREJO 2017 revelou as 50 companhias do setor com as melhores práticas de gestão de pessoas.

O evento de premiação aconteceu nesta semana, em São Paulo, e reuniu cerca de 150 executivos do setor. Na edição de 2017, o estudo recebeu 120 inscrições de redes de varejo de médio e grande portes, que somam um quadro de 265 mil funcionários. Desse total, 50 companhias foram reconhecidas como as melhores companhias para trabalhar.

Magazine Luiza, de eletroeletrônicos e móveis, e Brasal, rede de combustíveis, conquistaram as primeiras colocações nas categorias de Grande e Médio portes, respectivamente. Existem muitos fatores que tornam essas empresas as melhores companhias do setor para trabalhar. Em comum, essas companhias têm a sede por inovar e veem na gestão de pessoas uma ferramenta para construir uma base sólida para criar caminhos que facilitem os processos de inovação.

Desafios

Se essas 50 empresas representam o que há de mais assertivo em gestão de pessoas, elas dificilmente enfrentam desafios, certo? Errado. NOVAREJO ouviu executivos dessas redes para entender quais são os desafios para a área de Recursos Humanos nos próximos anos. Veja o que eles disseram.

1. Treinamento

A qualificação e o treinamento seguem como preocupação das companhias agora e também no futuro.  “A gente tem um trabalho de treinamento e estamos bem encaminhados para que a gente suba cada vez mais nesse quesito”, afirma Carlos César de Castro, da área comercial da Gazin.

“Estamos em uma cultura de feedback constante para construir não só avaliações, mas esse desenvolvimento individual diário. E estamos focando muito em treinamento e na estrutura organizacional”, afirma Verônica Borges, gerente de Cultura e Gente do Hotel Urbano.

2. Propósito

Conseguir fazer com que os funcionários se sintam parte de algo é um desafio constante e ele deve permanecer no futuro, segundo Honório Pinheiro, diretor-presidente do Pinheiro Supermercado. “É conseguir fazer com que as pessoas e os colaboradores possam desenvolver o sentimento de pertencimento dos projetos – esse é o desafio”, afirma.

3. Gerações

“O grande desafio é com relação às gerações e essa conexão com elas. A gente tem  uma mão de obra jovem e também pessoas com mais idade. O desafio é como a gente coloca essas pessoas juntas e como a gente coloca tecnologia em tudo isso também, porque nosso cliente já é omnichannel”, afirma Claudia Zem, diretora de Formação da Leroy Merlin.

4. Transformação digital

Os executivos das companhias presentes na lista das melhores empresas para trabalhar estão preocupados com a transformação digital. Esse movimento do mercado impacta a área de gestão de pessoas diretamente. “Essa visão digital tem como base as pessoas em um ambiente mais livre e desprovido de preconceitos”, afirma Alsene Beserra da Silva, gerente-geral da Brasal Combustíveis.

“Por conta da tecnologia, precisamos pensar bem em como a gente vamos atuar. Precisamos considerar que as máquinas estão entrando no lugar das pessoas”, afirma Ana Francisca Ribeiro, acionista da Rivesa.

“Então estamos fazendo um trabalho muito forte nesse questão, tanto internamente, com os nossos funcionários como para os nossos clientes. A transformação digital que já está acontecendo vai ser intensificar ainda mais nos próximos anos. Então é um desafio que temos que encarar, para garantir a sustentabilidade do negócio”, afirma Maicon Scopel, gerente de Recursos Humanos da CNA.

5. Atendimento
Apesar de toda transformação digital, o atendimento é um grande desafio para as redes de varejo. E ele impacta diretamente a gestão de pessoas. “A concorrência com o atendimento digital é bastante desafiadora. Nós apostamos que o contato pessoal, o conhecimento, o atendimento que é dado ao cliente vai ser ainda um grande diferencial com relação aos meios digitais”, afirma Ricardo Teixeira de Stefani, diretor-comercial da Stecar.

6. Liderança

Considerado um desafio de agora para qualquer setor, o desenvolvimento de liderança deve ser ainda mais visado no futuro, principalmente por conta das novas gerações, que devem se tornar gestores cada vez mais cedo. “O maior desafio para a companhia, e para o varejo, é o desenvolvimento das lideranças, principalmente aquelas que conduzem grandes equipes, seja de loja, seja da área administrativa ou comercial”, afirma Renato Guedes, diretor de Recursos Humanos da Riachuelo.

Fonte: Novarejo