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Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 29 de janeiro de 2024 às 10:33


A retrospectiva anual revela o impacto cultural e social da plataforma, enquanto a empresa se prepara para transformar o cenário digital com avanços em inteligência artificial, pagamentos peer-to-peer e aprimoramentos significativos em vídeo e publicidade 

À medida que um ano se encerra e outro se inicia, surge a observação de como as redes sociais desempenham uma narrativa no cotidiano de pessoas físicas e marcas. Em um cenário digital em constante evolução, a plataforma X (antigo Twitter), não apenas testemunhou, mas também moldou as experiências compartilhadas de milhões de usuários ao redor do mundo ao longo de 2023. Agora, apresenta as novidades que planeja para 2024. A retrospectiva anual promovida pela rede social não apenas lança luz sobre suas inovações, mas também oferece uma visão abrangente do impacto cultural e social que a plataforma exerceu.

Ao refletir sobre o ano que se encerrou, somos convidados a revisitar os eventos, conquistas e desafios que ecoaram através das conexões digitais proporcionadas pela plataforma X. Entre eles, foi completado, em outubro, um ano da aquisição da plataforma pelo empresário Elon Musk, CEO da Tesla, SpaceX. A retrospectiva mostrou ainda a duplicação das Notas da Comunidade, com o melhorar a precisão e o equilíbrio das informações que as pessoas recebem no X. Atualmente, são mais de 320 mil colaboradores em 65 países e, desde dezembro, as Notas foram visualizadas mais de 50 milhões de vezes por dia, em média.

Um recurso com chamada de áudio de vídeo também foi lançado pela plataforma, bem como o X Hiring, com 750 mil empregos ativos agora disponíveis no X em apenas seis meses. Produtos como o Spaces foram melhorados com atualizações de infraestrutura que geraram quase 30 milhões de conversas diferentes no ano passado.

Aconteceu ainda o investimento em inteligência artificial (IA) com a criação do Grok, um novo assistente de pesquisa de IA desenvolvido pela xAI. Houve ainda o investimento em criadores de conteúdo, para possibilitar mais oportunidades econômicas. Já a publicidade se tornou mais relevante ao aproximar os algoritmos orgânicos dos anúncios. Com isso, foi notado um aumento de 22% nos engajamentos publicitários.

O vídeo passou a ser prioridade na plataforma e uma nova superfície, o Vídeo Imersivo, foi lançada. A novidade já conta com mais de 100 milhões de usuários, predominantemente da Geração Z, o público que mais cresce na rede social. Além disso, os uploads desse formato de conteúdo mais longo foram habilitados. Só em dezembro, as pessoas assistiram a 130 anos de vídeos de 30 minutos ou mais.


X alcança crescimento em vídeo e publicidade

Um aumento significativo de usuários está participando ativamente na visualização e publicação de vídeos na plataforma X, impulsionando assim a expansão acelerada desta plataforma. X, atualmente, se consolida como uma plataforma de destaque no universo do vídeo, sendo que mais de 80% das sessões de usuário estão agora associadas à experiência de vídeo. Observou-se um incremento notável nas visualizações, registrando um aumento de quase 30% ano após ano.

Outro dado relevante é que mais de 100 milhões de pessoas consomem vídeos na vertical diariamente no X. Nesse cenário, os anunciantes têm agora a oportunidade de se conectar eficazmente com os usuários, aproveitando as mais avançadas proteções de segurança de marca do setor.

A partir de 1º de fevereiro de 2024, a X ampliará o acesso ao seu bem-sucedido piloto de inventário, em parceria com a Integral Ad Science (IAS), uma plataforma global líder em medição e otimização de mídia, estendendo esta oportunidade a todos os anunciantes dos Estados Unidos. Sob essa colaboração, a IAS assume a responsabilidade de classificar todas as adjacências de anúncios de vídeo vertical, garantindo segurança e alinhamento com a estrutura GARM (Global Alliance for Responsible Media).

A solução proporciona aos anunciantes participantes um controle absoluto sobre a exibição exclusiva de seus anúncios no feed de vídeo vertical do X. Os resultados em termos de segurança e alinhamento de marca obtidos durante o período piloto motivam a expansão desta solução para um número ainda maior de anunciantes. Complementando a parceria com a IAS, a X também investiu na sua equipe de segurança de marca, realizando novas contratações, incluindo um gerente de parceiros e um gerente de operações, com planos de continuidade na expansão da equipe ao longo do primeiro trimestre.

“Estamos entusiasmados com o nosso progresso em segurança e adequação, e os anunciantes continuam a adotar a inovação de recursos que introduzimos para lhes dar mais controle. Os clientes adotaram rapidamente nossos controles de adjacência baseados em palavras-chave e autores personalizáveis ​​para a linha do tempo inicial do X, que evitam a colocação de anúncios entre termos ou contas específicas identificadas pelo anunciante. Também temos observado um interesse crescente em nossas configurações de sensibilidade simples e de alto nível. Os anunciantes que usam esses produtos continuam a observar fortes métricas de segurança e adequação, conforme medido por nossas integrações com terceiros”, diz a nota publicada no blog oficial da rede social.


Após inovações em 2023, X lança novidades para 2024

Em 2024, algumas áreas da plataforma X apresentarão novidades aos usuários além das inovações de 2023. A empresa concentrará seus esforços em diversas áreas, buscando aprimorar a experiência para seus parceiros de negócios. Sob uma abordagem centrada na terceira pessoa e formato jornalístico, sendo os principais focos:

- Potencialização da experiência do usuário e publicidade X com inteligência artificial: a empresa está direcionando seus esforços para aprimorar a experiência do usuário e otimizar a publicidade X por meio da implementação da Inteligência Artificial. Essa iniciativa abrange desde melhorias na pesquisa até a elevação do nível de compreensão do cliente, promovendo avanços significativos nesses aspectos.

- Lançamento de pagamentos peer-to-peer e ampliação de oportunidades comerciais: em busca de oferecer mais utilidade aos usuários e criar novas oportunidades comerciais, será anunciado o lançamento de pagamentos peer-to-peer. Além disso, destaca-se a proposta de consolidar a experiência do usuário em um único local, com maior praticidade e versatilidade nas transações.

- Aprimoramento do recurso ver postagens semelhantes com tecnologia xAI: o compromisso da empresa em fornecer conteúdo relevante e importante é reforçado pelo aprimoramento contínuo do recurso Ver Postagens Semelhantes, impulsionado pela tecnologia xAI. A próxima inovação, Ver Postagens Dissimilares, permitirá aos usuários explorarem conteúdos alinhados com seus interesses.

- Investimento em criadores e parcerias de conteúdo: a empresa mantém seu compromisso de investir em criadores e parcerias de conteúdo que atraiam novos usuários e estimulem a publicidade.

- Fortalecimento da oferta de anúncios de funil completo: com foco nos pilares de vídeo, desempenho e segurança da marca, a empresa fortalecerá sua oferta de anúncios de funil completo, com uma experiência publicitária abrangente e segura para os usuários.

- Parcerias estratégicas para segurança de marca: será continuada a colaboração com líderes do setor, como a Integral Ad Science, com o foco em oferecer aos usuários recursos avançados e verificações de segurança de marca aprimoradas.

- Criação de mais conteúdo original e atração de talentos: como parte de seus planos para o futuro, a rede social está empenhada em criar mais conteúdo original e atrair talentos de destaque, visando enriquecer ainda mais a experiência dos usuários.

“X está definido para revolucionar 2024 com produtos e serviços inovadores que irão remodelar a forma como nos conectamos, comunicamos e transacionamos. Nossa dedicação inabalável às pessoas, parceiros e comunidades impulsiona nossa missão de melhorar e inovar, aventurando-nos com ousadia em território desconhecido, permanecendo em sintonia com as necessidades da nossa comunidade”, pontua a plataforma.

Fonte: Novarejo
Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 29 de janeiro de 2024 às 10:27


Ao lançar sua própria plataforma de e-commerce, gigante de entregas quer demarcar território ocupado pela rival, que a destronou em volume de encomendas.

Em uma clara ofensiva contra a Amazon, a empresa de entregas postais FedEx vai lançar sua própria plataforma de comércio eletrônico. O serviço, baseado em dados, visa ajudar varejistas a gerir sua cadeia de abastecimento, vendas e entregas. Com uso de inteligência artificial, a companhia pretende ainda oferecer informações precisas sobre remessas e hábitos de consumo. 

O movimento acontece em um momento no qual a Amazon destronou a FedEx e rivais como maior negócio do entrega nos Estados Unidos, superando em volume de encomendas tanto a gigante de entregas retratada no filme “Náufrago” (com atuação icônica de Tom Hanks), como o UPS – os “Correios” dos Estados Unidos. 

A questão é que, até 2019, a companhia fundada por Jeff Bezos era uma das maiores clientes da FedEx. Mas desde 2020 passou a fazer suas próprias entregas – o que a fez superar rapidamente as rivais. Em 2022, a Amazon entregou 5,2 bilhões de pacotes nos EUA e a previsão para 2023 era de 5,9 bilhões. Até antes do Dia de Ação de Graças, em 23 de novembro, a companhia havia atingido 4,8 bilhões de entregas. 

Para base de comparação, o UPS entregou 3,4 bilhões de encomendas nos nove primeiros meses de 2023; a Fedex, 3 bilhões no ano fiscal encerrado em 31 de maio de 2023. 

Os números mostram que o desafio da FedEx não vai ser fácil, uma vez que a Amazon já detém 37% do market share do e-commerce nos EUA, mostram dados do Statista. A segunda posição é abocanhada pelo Walmart, com 6%. 

Há uma década, quando a Amazon ainda era a maior cliente das rivais americanas, alguns analistas e até mesmo Fred Smith, CEO e fundador da FedEx, chegaram a zombar da ideia de que algum dia a companhia poderia superá-las. O tempo provou que eles estavam errados – apesar das mais de 600 aeronaves, milhares de caminhões, carros e instalações pelo mundo das rivais.

Ainda assim, nada desmerece o fato de a FedEx ser um dinossauro do setor de entregas. Brian Ossenbeck, analista do JP Morgan, apontou que, embora a Amazon tenha dominado o segmento de entrega residencial, ainda não conseguiu replicar sua cobertura global. 

“A Amazon é muito boa na rede unidirecional, entregando mercadorias em velocidades mais rápidas, mas não tem o mesmo nível de cobertura de coleta e entrega [que as rivais]”.

Ao InvestNews, Marcelo Costa, Country Manager da Sellesta, startup internacional que oferece soluções de e-commerce baseadas em IA, apontou que o sucesso da FedEx no varejo online vai depender da sua capacidade de oferecer um serviço tão – ou mais – eficiente e flexível que o da Amazon.

“Para que a FedEx fique à frente da Amazon, é preciso investir na experiência do cliente como principal objetivo do negócio”, avalia.

O especialista aponta que o objetivo do comércio eletrônico é, acima de tudo, facilitar a jornada do cliente e, somado a isso, a companhia vai precisar focar em diferenciais competitivos, além de maior agilidade e precisão das entregas.
Para Alberto Serrentino, consultor especializado em varejo e consumo, não se trata de uma competição entre duas empresas de logística, mas entre ecossistemas. “A Amazon, na verdade, está ancorada num ecossistema de negócio em que a demanda que ela própria gera dá escala, massa crítica e inovação que depois vende para terceiros”. 
“A Amazon começou do e-commerce para serviços logísticos. Já a FedEx vai dos serviços logísticos para o e-commerce”. 

Para Serrentino, no fundo, a visão é toda de um ecossistema com plataformas sinérgicas e complementares que escalam a capacidade de capturar valor de grandes bases de clientes, infraestrutura e tecnologia proprietária. “A Fedex tem infraestrutura, tem logística, tem capilaridade, tem inteligência, tecnologia, mas vai ter que construir um negócio".
Ele não acredita que a FedEx consiga se tornar de maneira rápida um grande player de compras, uma vez que o gap entre Amazon e o número 2 nos EUA (Walmart) é gigante no GMV (Volume Bruto de Mercadorias) transacionado. 

elo fato de o mercado ser grande, é possível que a FedEx consiga capturar um volume relevante, em especial, por ser uma extensão que alavanca seus ativos estratégicos, complementa ele.
“É preciso ver qual vai ser a estratégia de oferta dessa nova plataforma, se vai para o mar aberto como é a Amazon, com sellers de qualquer perfil de produto ou serviço ou se terá algum foco”. Sobre este segundo ponto, o consultor aponta que a FedEx pode encontrar um público não atendido pela companhia de Bezos.

Outro ponto levantado por Serrentino é que os marketplaces dificilmente se sustentam sozinhos, mas evoluindo para plataformas de serviços, sejam financeiros ou logística, por exemplo.

“Os negócios mais lucrativos da Amazon são a WS (serviço em nuvem) e a Amazon Ads (retail media), e não o serviço de entregas. Então a questão é a FedEx agregar serviços em sua plataforma (…) Ela tem uma infraestrutura que permite capturar maior valor”. 

Sobre esse último ponto, Costa, da Sellesta, aponta que a Amazon tem vantagem competitiva na diversificação de serviços (e-commerce, entregas, computação em nuvem, streaming e IA). Enzo Pacheco, da Empiricus, faz coro ao apontar que o maior lucro da empresa nos nove primeiros meses de 2023 foi proveniente da WS.

“O lucro operacional da Amazon total foi de US$ 23,6 bilhões e só a WS foi responsável por US$ 17 bilhões. O e-commerce não é o grande vetor de crescimento da Amazon, e é isso que muitos não entendem”, ressalta. 
Ainda assim, o analista aponta que companhia viu crescer 20% de sua oferta de serviços (varejo e entregas) em sua plataforma.


Desafios à frente

Isso escancara os desafios que a FedEx terá pela frente, desde uma possível resistência inicial de varejistas em adotar a nova plataforma, desafios técnicos no processo de implementação e a necessidade de se adaptar rapidamente às mudanças do comércio eletrônico, segundo o country manager da Sellesta. 
“Mesmo com toda sua experiência no setor de entregas, a FedEx precisa proporcionar um atendimento melhor que a Amazon já fornece”.

Foi em 2018 que a Amazon lançou um programa no qual empreendedores poderiam começar a operar sua própria franquia entregando pacotes da varejista. Para isso, seria necessário dispor de US$ 10 mil. Atualmente, o programa tem cerca de 200 mil motoristas nos EUA, ajudando a empresa a acelerar rapidamente o número de entregas.
 O movimento foi inspirado na unidade terrestre da FedEx, que também utiliza um modelo de contratante para rotas locais. 


Império em expansão

A Amazon viu oportunidade para expandir seu alcance ao abrir centenas de galpões logísticos e centros de triagem, praticamente dobrando o tamanho da sua rede entre o começo da pandemia em 2020 e o final de 2021. 

Perseguindo entregas mais rápidas e lucrativas, a varejista decidiu regionalizar sua rede logística para reduzir a distância pela qual os pacotes viajam pelos EUA – um fator-chave de crescimento e que tem gerado uma maior frequência de compra pelos membros Prime, segundo o CFO da Amazon, Brian Olsavsky, em teleconferência de resultados em novembro do ano passado. 
No entanto, essa ofensiva não tem agradado a todos, já que a companhia foi processada pela Comissão Federal de Comércio (FTC) e por 17 estados americanos por exercer ilegalmente poder de monopólio, segundo o Wall Street Journal.

Segundo a agência federal, a Amazon teria violado as leis antitruste ao usar medidas antidesconto que puniam os comerciantes por oferecerem preços mais baixos em outros lugares. O governo também disse que os vendedores foram obrigados a usar seu serviço de logística se quisessem que os produtos aparecessem no Amazon Prime, programa de assinaturas com prazos de entrega mais rápidos. 
Tal “vinculação”, diz a denúncia, “restringe ilegalmente as escolhas dos vendedores” e “reduz a seleção de produtos disponíveis para os rivais da Amazon”.

A FTC também disse que os vendedores se sentiram obrigados a usar os serviços de publicidade da Amazon para ter sucesso na plataforma. Para isso, a varejista recebe US$ 1 para cada US$ 2 que o vendedor ganha.
Por sua vez, a FedEx diz estar focada no mercado de comércio eletrônico para além da Amazon, com uma estratégia de democratizar o acesso. A ver os próximos capítulos.

Fonte: Invest News