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Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 20 de maio de 2025 às 15:41


A primeira fase incluirá um supercomputador com 18.000 unidades do sistema Nvidia GB300 Grace Blackwell.

A Humain, subsidiária de Inteligência Artificial (IA) do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, e a Nvidia, líder em infraestrutura de computação em IA, fecharam uma parceria estratégica para impulsionar o desenvolvimento de IA no país saudita. O acordo busca posicionar o país do Oriente Médio como um centro global de inovação em IA, computação em GPU e transformação digital.

Como parte da colaboração, a Humain fará um “grande investimento” para construir “fábricas de IA” no país, com capacidade projetada de até 500 megawatts, alimentadas por “centenas de milhares dos GPUs mais avançados da Nvidia” nos próximos cinco anos.

A primeira fase incluirá um supercomputador com 18.000 unidades do sistema Nvidia GB300 Grace Blackwell, conectado pela rede Nvidia InfiniBand.

Segundo comunicado da companhia norte-americana, esses data centers fornecerão infraestrutura segura para treinar e implantar modelos de IA soberana em larga escala, acelerando a inovação em setores como energia, logística e manufatura. A Humain também adotará a plataforma Nvidia Omniverse para impulsionar a “IA física”, permitindo a criação de “gêmeos digitais” que otimizam operações industriais e aceleram a transição para a Indústria 4.0.

Além da infraestrutura, a parceria inclui programas de capacitação para “milhares de cidadãos e desenvolvedores sauditas”, alinhados com os objetivos de diversificação econômica do plano Visão 2030.

O texto destaca que a Humain opera em quatro áreas: data centers, infraestrutura de alto desempenho, modelos avançados de IA (incluindo os “LLMs multimodais em árabe mais avançados do mundo”) e soluções setoriais.

Fonte: Mercado & Consumo
Tecnologia & Inovação Postado em quarta-feira, 14 de maio de 2025 às 10:10


CEOs temem que a ausência de conhecimento em IA entre executivos do alto escalão limite o crescimento e a inovação das empresas.

“Nunca vimos uma lacuna tão desproporcional nas impressões dos CEOs sobre a disrupção tecnológica”, diz David Furlonger, VP Analista Distinto e Gartner Fellow.

A declaração do especialista reforça a necessidade urgente de construção de conhecimento e habilidades em IA entre executivos c-levels num momento em que a Inteligência Artificial (IA) passa a ser preponderante para os negócios.

David reforça que a IA não é apenas uma mudança incremental dos negócios digitais, mas sim, uma “transformação radical” na forma como os negócios e a sociedade funcionam.

Uma implicação significativa que, caso o conhecimento não seja aprimorado rapidamente por esse grupo de executivos, a competitividade será prejudicada e a sobrevivência das empresas correrá sérios riscos, afirma.

Especialistas em IA

A afirmação de David tem fundamento. Segundo uma pesquisa recente do Gartner, “Gartner CEO and Senior Business Executive Survey”, feita com 456 CEOs e outros executivos sêniores de negócios em todo o mundo, apenas 44% dos Chief Information Officers (CIOs) são considerados por seus Chief Executive Officers (CEOs) como “especialistas em Inteligência Artificial (IA)”.

A pesquisa revelou que 77% dos CEOs acreditam que a IA está inaugurando uma nova era de negócios, mas acham que os principais especialistas em tecnologia das empresas não têm o conhecimento e os recursos para apoiar, impulsionar ou acelerar os resultados de negócios nesse cenário em evolução.

Os CEOs consideram que até mesmo CIOs, Chief Information Security Officers (CISOs) e Chief Data Officers (CDOs) não têm conhecimento elevado de IA. A preocupação da liderança com a experiência tecnológica do C-Level não é nova. A mesma pesquisa realizada entre 2019 e 2020 mostrou que a avaliação dos CEOs sobre o conhecimento tecnológico necessário para a era digital de seus executivos já estava abaixo do ideal.

Fatores limitantes

Os CEOs pesquisados destacam que dois principais fatores afetam a implementação e o uso da IA nas organizações: a incapacidade de contratar um número adequado de pessoas qualificadas e o de calcular valor ou resultados obtidos com a tecnologia.

Jennifer Carter, outra analista principal do Gartner, tece sua avaliação. “Os CEOs mudaram sua visão sobre a IA de apenas uma ferramenta para uma maneira transformadora de trabalhar. Essa mudança destacou a importância do aprimoramento das habilidades. À medida que os líderes reconhecem o potencial da IA e o impacto nas empresas, eles entendem que o sucesso não se trata apenas de contratar novos talentos. Em vez disso, trata-se de equipar seus funcionários atuais com as habilidades necessárias para incorporar perfeitamente a IA nas tarefas diárias.”

Esse foco no aprimoramento de habilidades é uma resposta estratégica ao papel em evolução da IA nos negócios, garantindo que toda a companhia possa se adaptar e prosperar nesse novo paradigma. De acordo com a pesquisa 66% dos CEOs disseram que seus modelos de negócios não estão adequados para fins de IA.

O que isso quer dizer?

A Inteligência Artificial como ferramenta de transformação empresarial é uma solução ainda muito nova para a grande maioria das lideranças que não tiveram em sua trajetória e escopo de trabalho um contato estreito com o mundo tecnológico. O fato, é que esse mundo ganhou protagonismo e o conhecimento sobre IA agora é colocado como “missão crítica” devido à rapidez na adoção e evolução. Pensando no impacto direto sobre valor de marca e confiança, o desafio em IA ainda é muito maior caso o impulso da organização para seguir esse ritmo não leve em consideração uma boa base de dados confiáveis e um propósito claro: o consumidor espera que toda empresa agora esteja ancorada em IA, para ser mais ágil e eficiente.

Fonte: Consumidor Moderno