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Gestão & Liderança Postado em segunda-feira, 30 de setembro de 2024 às 11:04


No competitivo mundo do e-commerce, a Shein emergiu como um gigante global, conquistando milhões de consumidores com preços acessíveis e tendências rápidas. Fundada em 2008 na China, a empresa alcançou um valor estimado de US$ 100 bilhões em 2022, rivalizando com marcas estabelecidas há décadas¹. Mas qual é o segredo por trás desse sucesso estrondoso?


Uma abordagem inovadora ao ultra-fast fashion

A Shein redefiniu o conceito de fast fashion, introduzindo o ultra-fast fashion. Enquanto marcas tradicionais levam de três a seis meses para lançar novos produtos, a Shein consegue colocar novas peças no mercado em apenas sete dias². Diariamente, a empresa adiciona entre 500 e 2.000 novos itens ao seu catálogo³, mantendo-se sempre atualizada com as últimas tendências.

Essa agilidade é possível graças a uma cadeia de suprimentos altamente eficiente e integrada. A Shein utiliza dados em tempo real para identificar tendências emergentes, analisando o comportamento de mais de 43,7 milhões de seguidores no Instagram e 32,4 milhões no TikTok4. Isso permite uma resposta rápida às demandas do mercado, mantendo a marca relevante e desejada pelos consumidores.


Marketing digital e engajamento nas redes sociais

A presença digital da Shein é robusta. A empresa investe fortemente em marketing de influência, colaborando com mais de 6.000 micro e macro influenciadores globalmente5. Essa estratégia aumenta o alcance da marca e constrói confiança com o público-alvo.

Campanhas como o #SHEINhaulfie no TikTok acumularam mais de 5,5 bilhões de visualizações, incentivando os usuários a compartilharem suas compras e experiências com a marca6. Além disso, a Shein realiza eventos online, como o SHEIN X 100K Challenge, um reality show de design de moda que atraiu milhões de espectadores7.


Foco no mobile commerce e na experiência do usuário

Reconhecendo que mais de 80% das compras online são realizadas via dispositivos móveis8, a Shein adotou uma abordagem mobile-first. Seu aplicativo foi baixado mais de 200 milhões de vezes e frequentemente supera gigantes como Amazon e Walmart em downloads nos EUA9.

O aplicativo oferece uma experiência personalizada, utilizando algoritmos de inteligência artificial para recomendar produtos com base no histórico de navegação e compras. Elementos de gamificação, como pontos de fidelidade e minijogos, incentivam a interação contínua, aumentando o tempo médio gasto no aplicativo para 8,5 minutos por sessão10.


Logística eficiente e alcance global

A Shein atende clientes em mais de 220 países e territórios¹¹, graças a uma rede logística global. A empresa estabeleceu centros de distribuição em regiões estratégicas, reduzindo o tempo de entrega para 10 a 15 dias, mesmo em mercados distantes¹².

Além disso, a Shein oferece frete gratuito em pedidos acima de um valor mínimo e facilita devoluções, melhorando a satisfação do cliente. Essa eficiência logística é um diferencial competitivo crucial no e-commerce internacional.


Estratégias de preço competitivo

Oferecer preços acessíveis é central na estratégia da Shein. Com itens custando em média 60% menos do que concorrentes diretos¹³, a empresa atrai um público sensível a preços sem sacrificar a variedade ou a qualidade percebida.

Promoções frequentes, como descontos de até 80% em vendas sazonais, e programas de fidelidade aumentam as conversões e incentivam compras repetidas. Em 2021, a Shein registrou um faturamento estimado em US$ 15,7 bilhões, um aumento de 60% em relação ao ano anterior14.


Lições para empreendedores do e-commerce

A trajetória da Shein oferece insights valiosos:
– Data-driven marketing: utilizar dados para entender o consumidor permite personalizar ofertas e antecipar tendências.
– Agilidade operacional: uma cadeia de suprimentos flexível é essencial para responder rapidamente às demandas do mercado.
– Engajamento digital: estratégias eficazes de marketing de influência e conteúdo gerado pelo usuário aumentam a visibilidade e a confiança na marca.
– Experiência mobile: investir em aplicativos móveis pode aumentar significativamente o engajamento e as vendas.
– Expansão global: adaptar-se a diferentes mercados culturais e investir em logística global ampliam o alcance e o potencial de crescimento.

A Shein demonstra que uma combinação de tecnologia, marketing inovador e operações eficientes pode levar ao sucesso no e-commerce em escala global. Para empreendedores, a chave está em aproveitar dados para orientar decisões, ser ágil na operação e focar na experiência do cliente. Em um mercado digital cada vez mais competitivo, essas estratégias podem fazer a diferença entre o sucesso e a estagnação.

Fonte: Ecommerce Brasil
Gestão & Liderança Postado em segunda-feira, 09 de setembro de 2024 às 15:55


Assaí Atacadista se destaca como a marca mais lembrada entre os consumidores brasileiros, que buscam cada vez mais conveniência, personalização e preços justos – principal fator de decisão de compra.

As marcas varejistas que mais marcam presença na memória dos consumidores brasileiros foram reveladas em um estudo abrangente, que também explorou a relação do público com diversas categorias do segmento. Essas marcas não apenas se destacam por sua lembrança espontânea, mas também pela forma como moldam as preferências e comportamentos de compra em um cenário de varejo cada vez mais dinâmico e competitivo. A pesquisa “Branding Brasil“, conduzida pela agência anacouto em parceria com a Painel Tap, detalhou a relação dos consumidores com diferentes categorias do setor.

O Assaí Atacadista lidera o ranking, citado por 22% dos entrevistados. Na sequência, Americanas, Magazine Luiza e Carrefour ocupam a segunda posição, cada uma com 15% de menções. Casas Bahia, C&A, Riachuelo, Renner, Extra e Pão de Açúcar completam a lista das dez marcas mais lembradas.

Marcas mais lembradas pelo consumidor brasileiro:
1.Assaí Atacadista;
2.Lojas Americanas, Magazine Luiza e Carrefour;
3.Casas Bahia;
4.C&A;
5.Riachuelo;
6.Renner;
7.Extra;
8.Pão de Açúcar;
9.Amazon;
10.Mercado Livre;
11.Shopee;
12.Havan;
13.Marisa;
14.Ponto Frio;
15.Walmart;
16.Pernambucanas;
17.Mix Mateus;
18.Supermercados BH.

O estudo, realizado em duas etapas entre julho e agosto de 2024, coletou respostas de 2.520 participantes. A primeira fase identificou as 20 marcas mais citadas pelos brasileiros, enquanto a segunda avaliou o poder e a relevância de cada uma. A pesquisa utilizou o Valometry, ferramenta da consultoria anacouto para gestão de valor, que integra e mede métricas de marca, negócio e comunicação.

Classificação em categorias

As 20 marcas mais lembradas pelos brasileiros foram classificadas em quatro categorias: supermercados, magazines, magazines de moda e e-commerce. Na categoria e-commerce, foram incluídas apenas as varejistas que operam exclusivamente online, sem lojas físicas. O domínio dos supermercados e magazines na mente dos consumidores é explicado pelo levantamento, que indica que produtos de consumo imediato são preferencialmente comprados em lojas físicas, enquanto itens de maior valor são adquiridos por meio de diferentes canais, como os sites das marcas.

“Varejistas que vendem produtos do dia a dia continuam sendo as marcas mais presentes na mente do consumidor. A Americanas, apesar dos problemas enfrentados nos últimos tempos, continua no imaginário dos brasileiros”, pontua Ana Couto, CEO da agência anacouto e da plataforma de conteúdo e aprendizagem LAJE.

Amazon, Mercado Livre e Shopee ocupam as 11ª, 12ª e 13ª posições, respectivamente, no ranking das marcas mais lembradas. Esses marketplaces digitais refletem uma mudança nos hábitos de consumo dos brasileiros e se destacam em termos de satisfação do cliente. Aproximadamente 90% dos entrevistados expressaram satisfação com os marketplaces, enquanto os índices para supermercados, magazines e varejistas de moda ficaram em torno de 80%.

“E-commerces, por oferecerem pacote de serviços e proximidade com os usuários, garantem alta fidelização e satisfação. Os marketplaces conseguem oferecer preços mais atrativos com alta conveniência, proporcionando compras através de um clique e entregas expressas no mesmo dia. Gamificação, personalização através de algoritmos e criação de comunidade também contribuem para esse resultado”, explica Ana.

O que influencia a decisão de compra?

Na segunda fase da pesquisa, que analisou em maior profundidade o comportamento do consumidor, ficou claro que o preço é o principal fator nas decisões de compra, seguido pela marca dos produtos. Embora existam semelhanças, as diferentes classes sociais atribuem pesos variados a esses fatores. Enquanto a classe A valoriza mais a marca, as classes C, D e E priorizam o preço.

“As condições de pagamento são menos importantes, provavelmente pelas principais opções estarem disponíveis em praticamente todos os comércios”, pontua a especialista.

Varejistas internacionais têm conquistado espaço no mercado brasileiro, com plataformas de e-commerce alcançando altos níveis de satisfação entre os consumidores. A Shopee se destaca por seu investimento em rituais de compra e comunicação estratégica, estabelecendo uma conexão diferenciada com o público brasileiro. Essa abordagem aumenta sua popularidade, inclusive entre as classes sociais mais altas, com 88% dos clientes expressando alta satisfação com a plataforma. A Shopee é bem avaliada por todas as faixas de renda. Já a Amazon, consolidada no Brasil, registra um índice de satisfação ainda maior, em torno de 91%.

Confiança no varejo e suas marcas

A pesquisa mostra ainda que a confiança do brasileiro nas marcas de varejo permanece forte. Cerca de 78% dos entrevistados acreditam que o setor varejista impulsiona o desenvolvimento econômico do Brasil, e 70% veem o setor como um motivo de orgulho para o país. No entanto, essa percepção é mais acentuada entre as classes sociais mais altas, indicando a necessidade de uma comunicação mais eficaz e maior engajamento com as classes mais baixas. Apesar do impacto regional positivo e da sólida conexão com o público, ainda há espaço para fortalecer a comunicação e aumentar o sentimento de orgulho nas classes D e E.

De modo geral, as marcas com lojas físicas são as mais lembradas espontaneamente pelos brasileiros, enquanto os e-commerces criam uma conexão emocional mais forte. Os supermercados têm alto reconhecimento, mas não alcançam o mesmo nível de recomendação que as plataformas exclusivamente virtuais, como a Shopee.

“Vivemos um período de transição, onde os consumidores buscam por praticidade, conexão com a marca e clareza de propósito. É um dos maiores insights do estudo”, finaliza Ana Couto.

Fonte: Consumidor Moderno