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Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 22 de julho de 2025 às 09:56


Pesquisa aponta que criadores de conteúdo concentram as interações nas redes e lideram engajamento; veja os formatos, plataformas, horários e perfis com maior impacto em 2025.

As redes sociais seguem como protagonistas no consumo online e ganham novas dinâmicas na América Latina e no Brasil, segundo o relatório “State of Social”, da Comscore, empresa de medição de audiência digital.

De acordo com o estudo, em abril de 2025, 72% da população digital global esteve exposta às redes sociais, um aumento de 4,4% em relação ao ano anterior. O documento também analisa as principais tendências de engajamento digital na região, destacando o protagonismo dos criadores de conteúdo, o domínio do formato em vídeo e o avanço de influenciadores virtuais.

Audiência conectada e consumo crescente

Em abril de 2025, 8,6 em cada 10 usuários latino-americanos acessaram redes sociais. A intensidade de uso também chama atenção: no Brasil, México e Argentina, a média mensal de tempo gasto por visitante foi de 44 horas. Sendo que no Brasil, o consumo ficou em 48 horas mensais.

O número de visitantes únicos na internet latino-americana chegou a 315 milhões em dezembro de 2024, com destaque para o crescimento do consumo de entretenimento (203 milhões) e games (174 milhões). O YouTube teve aumento médio de 16% no tempo de consumo via CTV (Connected TV).

“O estudo reforça que, para maximizar a efetividade em social media, as marcas devem priorizar conteúdo em vídeo, ajustar publicações aos horários de maior engajamento, ativar influenciadores com audiência comprovada e segmentar campanhas conforme perfis geracionais. Esses insights fornecem base sólida para decisões estratégicas que valorizem cada ponto de contato com o usuário”, avalia Ingrid Veronesi, Country Manager da Comscore para o Brasil.

Criadores e influenciadores geram 36% das interações globais

Criadores profissionais, incluindo influenciadores, marcas e veículos de comunicação, foram responsáveis por 36% de todas as interações nas redes sociais globalmente, considerando as plataformas Facebook, Instagram, X (antigo Twitter) e TikTok. Evidenciando a profissionalização do conteúdo e o papel central desses perfis.

No Brasil, o engajamento é liderado por figuras públicas e criadores como Camila Loures, Lucas Rangel, Virginia Fonseca, Loud Coringa e Caio “Loud Caiox” Rocha, que se destacam especialmente no TikTok e no YouTube. Já nas redes da Meta, além de Virgínia, nomes como Jair Bolsonaro, Brino e Neymar Jr. concentram as interações.

No X, rede social voltada majoritariamente ao acompanhamento de notícias e comentários sobre programas de TV, o protagonismo é de figuras políticas como Nikolas Ferreira (2,5 milhões de interações), Jair Bolsonaro (2,4 milhões) e Flávio Bolsonaro (1,9 milhões) – o que reforça o uso da plataforma como espaço de debate público.

Avanço dos influenciadores virtuais de IA

O uso de influenciadores gerados por Inteligência Artificial (IA) tem ganhado relevância como uma alternativa estratégica para marcas que buscam alcance ampliado, controle narrativo e inovação em suas campanhas. Entre os nomes em destaque, a Lu do Magalu, no Brasil, se consolidou como personagem ativa em campanhas de e-commerce, tecnologia, educação digital e entretenimento.

Também no Brasil, o caso de Marisa Maiô chamou atenção pela viralização de uma personagem fictícia que uniu lifestyle e humor em uma campanha que ultrapassou 1,2 milhões de visualizações nas redes sociais em uma ação crossover com a Magalu.

Outros exemplos são Aitana López, influenciadora espanhola, atua nos segmentos de moda, fitness e causas sociais; e Lil Miquela, dos Estados Unidos, que se tornou referência global em estilo e música. 

Engajamento liderado por vídeos

O vídeo segue sendo o formato mais viral nas redes sociais. De acordo com a Comscore, publicações em vídeo geram 55% das interações (shares) na América Latina, superando os posts com formatos estáticos (45%). Entre as plataformas sociais, o Instagram lidera com 29,1% do volume total de visualizações de vídeo, seguido por Youtube (25,02%), Facebook (23,57%) e Titktok (14,43%).

No Brasil, esse comportamento se traduz no aumento expressivo do uso dos Reels (+49% em engajamento entre 2023 e 2024) e na intensificação da produção no TikTok, com crescimento de 27% no volume de vídeos publicados de janeiro a maio de 2025.

Comportamento das gerações

O consumo digital varia por geração:
Geração Z (18–24 anos): 76% de reach no YouTube, 66% no Instagram e 58% no TikTok.
Millennials (25–34 anos): 91% no YouTube, 75% no Instagram, 69% no Facebook.
Geração X+ (35+): 89% no YouTube, 78% no Facebook e 78% no Instagram.

Esses dados apontam para a necessidade de equilibrar formatos longos e curtos, respeitando hábitos e expectativas de cada faixa etária.

Melhores horário para postar no Brasil

A Comscore também analisou os melhores horários para publicar nas redes sociais no Brasil, com base em dados de interações reais. Os períodos de maior engajamento variam por plataforma, mas, segundo mapa de calor de maio de 2025, os picos de engajamento nas redes brasileiras ocorrem das 11h às 14h e das 18h às 21h (horário de Brasília – UTC-3).

No X, destaque entre 12h e 15h e 18h às 21h nos dias úteis.
No Facebook, entre 10h e 14h e 19h a 22h, especialmente aos domingos.
No Instagram, o pico vai das 18h às 22h durante toda a semana.
Aos finais de semana, há aumento nas interações a partir das 10h.

Eventos ao vivo impulsionam picos de audiência e engajamento

Dois eventos recentes mostram o alcance das redes sociais e o papel dos influenciadores na ampliação desse impacto. O Mundial de Clubes da FIFA, em junho de 2025, gerou 1,2 bilhão de visualizações de vídeo e 163 milhões de interações, confirmando o potencial de eventos esportivos para mobilizar audiências em escala global.
Já o show de Lady Gaga em Copacabana, entre fevereiro e maio, acumulou 128,4 milhões de visualizações, 41,7 milhões de ações e mais de 1,5 milhão de interações impulsionadas por influenciadores, com destaque para o uso de hashtags oficiais do evento.

Fonte: Consumidor Moderno
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 22 de julho de 2025 às 09:43


Em um mercado digital cada vez mais competitivo, o branding vem se consolidando como um diferencial estratégico, e não apenas estético, para marcas que desejam crescer de forma sustentável. Segundo Pedro Assis, CEO da Walks Brand, muitas empresas brasileiras ainda tratam o e-commerce como um simples canal de venda, deixando a construção de marca de lado.

Ele afirma que ainda é comum ver marcas focadas apenas em performance. “Investem em tráfego, tentam vender a qualquer custo, mas esquecem do essencial: identidade, história e valor. Sem uma estratégia de branding bem definida, o que você tem é só um produto com embalagem genérica que ninguém lembra depois da compra”, comenta.

Copiar tendências mata a autenticidade

Para o especialista, um dos principais erros das marcas digitais é o medo de serem autênticas. Muitas seguem fórmulas prontas ou o que está “funcionando” em outras empresas. O resultado, segundo ele, são marcas sem alma, genéricas e esquecíveis.

Ele também destaca o equívoco de tratar o branding como aparência. “Uma logo bonita ou um site bem desenhado não bastam. Branding é sobre como a marca se comunica, ativa emoções e entrega valor real. Sem consistência nisso, a marca perde autoridade.”

Na hora de convencer empresas orientadas por resultados imediatos, é preciso ser direto. “Sem uma marca forte, você está apenas comprando tráfego para não vender mais. É o branding que transforma o cliente em defensor da marca”, salienta.

Autenticidade

Em meio a um mercado saturado, ele acredita que a diferenciação começa com autenticidade. Não se trata, portanto, de fazer algo inédito, mas de fazer de um jeito próprio, com propósito e consistência. Tentar agradar a todos faz com que a marca se torne “mais do mesmo”,

Diferenciação, segundo ele, é construída com uma comunicação clara, estratégias alinhadas e experiência de marca coerente.
Posicionamento
Pedro aponta três elementos indispensáveis para uma marca de e-commerce se tornar relevante no Brasil:
Identidade clara e autêntica;
Proposta de valor única;
Experiência de compra impecável.

Para Assis, o branding se manifesta em todos os pontos de contato com o consumidor: linguagem, site, entrega, publicidade. “A comunicação precisa ser real, o site precisa refletir a identidade da marca, a entrega deve encantar. Tudo importa.”

Fonte: Ecommerce Brasil