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Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024 às 13:33


A Shopee anunciou nesta sexta-feira (23) uma expansão da sua malha logística no Brasil com a inauguração do seu 10º centro de distribuição (CD). Localizado na região metropolitana de Goiânia (GO), no Centro-Oeste do país, o novo espaço tem como objetivo reforçar a presença nacional da varejista. 


A nova unidade opera no modelo cross-docking, em que as mercadorias coletadas por meio de parceiros logísticos são reorganizadas e encaminhadas aos hubs de última milha,  da onde saem os produtos que chegam até a porta do consumidor final.  

A empresa afirma que o novo centro representa um “passo estratégico da Shopee para fortalecer sua infraestrutura logística”. “Vamos nos aproximando dos pontos de coleta do Distrito Federal e Goiás, além de permitir uma conexão de malha mais eficiente e com maior velocidade de entrega para os consumidores de toda a região”, explica Rafael Flores, head de expansão e malha logística na Shopee.
                   
Para ter uma ideia de comparação com outras concorrentes estrangeiras, a Shein possui cinco CDs, enquanto a Amazon tem dez e o Mercado Livre tem dez. Já o varejo nacional é mais penetrado: Casas Bahia possui 29 centros de distribuição, Magazine Luiza possui 22 e Americanas tem 15. 


Foco na experiência 

No comunicado de anúncio do CD, a Shopee afirma que intensificou seus esforços para “melhorar cada vez mais a experiência dos consumidores e dos vendedores brasileiros”, principalmente por meio da otimização de sua operação logística desde a coleta dos produtos até a entrega. 

Atualmente, o marketplace conta com outros 9 centros de distribuição localizados em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco, além de mais de 100 hubs logísticos de primeira e de última milha, todos exclusivos para produtos de lojistas brasileiros. Apesar do investimento, a empresa não revela o prazo de entrega de seus produtos – que varia a depender da região e do vendedor. 

A Shopee conta também com mais de 20 mil motoristas de parceiros logísticos e 1.800 pontos de coleta e entrega do marketplace, no chamado modelo PUDO (pick up / drop off), que permite que vendedores depositem seus produtos, e a Shopee se encarrega de levar até os consumidores.


Taxação de produtos

A Shopee foi uma das protagonistas de todo o imbróglio envolvendo a tributação de mercadorias de até US$ 50 no país, que começou em meados em abril do ano passado. A ideia inicial era cobrar impostos de varejistas estrangeiras, como Shopee, Shein e AliExpress, por exemplo, que vinham sendo acusadas de ganhar terreno sobre as concorrentes brasileiras ao supostamente fazer vendas como pessoa física e pagar menos tributos. Desde então, a empresa vem se esforçando para reforçar seu posicionamento como uma empresa que conta com parceiros nacionais, além de apostar em sua logística para otimizar as entregas. 

Fonte: Infomoney
Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024 às 10:26


O futuro da moeda é um assunto que abrange diversas questões, incluindo a evolução dos pagamentos digitais.

Moedas, como as conhecemos hoje, surgiram na Lídia, atual Turquia, no século VII A.C., sendo peças de metal representando valores. A cunhagem a martelo surgiu depois, destacando os signos monetários e valorizando a nobreza do ouro e da prata. Com o passar do tempo, as moedas passaram a apresentar figuras representativas da história, cultura e poder das sociedades.

Foi a necessidade de guardar as moedas em segurança que deu origem aos bancos. Segundo o livro “Casa da Moeda do Brasil: 290 anos de história, 1694-1984”, os negociantes de ouro e prata, por terem guardas e cofres à sua disposição, passaram a aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de seus clientes. A eles era dada uma nota escrita do valor guardado. Conhecidos como “goldsmith’s notes”, tais recibos passaram a servir como meio de pagamento por seus possuidores, por serem considerados mais seguros de portar do que o dinheiro vivo. “Assim surgiram as primeiras cédulas de “papel-moeda”, ou cédulas de banco, ao mesmo tempo em que a guarda dos valores em espécie dava origem a instituições bancárias”, explica a obra.

Os primeiros bancos reconhecidos oficialmente surgiram, em primeiro lugar, na Suécia, em 1656. Depois na Inglaterra, em 1694; em terceiro, na França (1700).

No Brasil, a primeira experiência bancária é datada de 1808. Na ocasião, o príncipe regente D. João criou o primeiro Banco do Brasil, como forma de financiar o império luso-brasileiro, após se instalar no Rio de Janeiro, fugindo de Lisboa.


Passado

De lá para cá muita coisa mudou. E a moeda também, claro. Réis, Cruzeiro, Cruzeiro Novo, Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro Real… O Brasil teve nove moedas desde a independência em 1822 até os dias atuais. Até 1994, com o advento do real, a inflação era bem elevada. Em outras palavras, havia sempre excesso de dinheiro em circulação no mercado, o que fazia com que a demanda subisse a todo momento, frente a oferta. 

Nesse ínterim, a hiperinflação no Brasil atingiu níveis alarmantes, acumulando quase 2.000% no final da década de 1980. Em contrapartida, o índice de preços ao consumidor atingiu o patamar de 6.821% em abril de 1990. Como resultado, a hiperinflaçãodeteriorava rapidamente o poder de compra das pessoas e, por consequência, a unidade monetária em circulação. O governo se via “forçado” a trocar a moeda.

Tal cenário só se estabilizou com a implementação do Plano Real, que trouxe estabilidade à flutuação dos preços de bens e serviços. Desde então o Brasil não enfrentou novos períodos de hiperinflação.


Presente

Hoje, vivemos em uma era de rápidas mudanças e avanços tecnológicos, o que inevitavelmente afeta todas as áreas de nossas vidas. No campo financeiro isso é evidente, com o surgimento de novas formas de pagamento e a crescente digitalização das transações. Dessa forma, destaque para os pagamentos por meio de celular.

A pesquisa “Carat Insights 2024 – Pix, Carteiras Digitais e Outras Tendências de Pagamentos” revelou o quanto diversificar os canais de compra vem sendo uma oportunidade para as empresas aprimorarem a jornada do consumidor. Consoante o estudo, as compras presenciais ainda são rotineiras, com 46% dos brasileiros comprando em lojas físicas pelo menos uma vez por semana. No entanto, a proporção de pessoas que compram em lojas físicas a cada duas semanas é menor em comparação às compras online e em lojas integradas, com percentuais de 54% e 43%, respectivamente.

Ademais, seis em cada dez pessoas têm utilizado as redes sociais para realizar transações de compra e venda de produtos, conforme a Carat Insights 2024. O Pix (89%) e o cartão de crédito (46%) se destacam como os meios mais utilizados para essas compras. “Inegavelmente, esses dados mostram como a integração do pagamento vem facilitando tanto para quem compra quanto para quem vende”, explica Giuliana Cestaro, Diretora de Produtos Software Express do Brasil na Fiserv. 


Segurança no celular

Portanto, para as empresas, aceitar pagamentos por meio do celular tem se tornado cada vez mais comum atualmente. E, por outro lado, os consumidores estão cada vez mais confiantes em utilizar o smartphone como uma forma segura e prática para realizar transações financeiras. A tendência é que essa prática se intensifique no futuro, à medida que as pessoas se acostumam e confiam cada vez mais nessa forma de transação.

Existem diversas opções para realizar pagamentos por meio do celular. Uma delas é utilizar aplicativos de carteira digital, que permitem cadastrar cartões de crédito ou débito e realizar pagamentos de forma rápida e conveniente. Esses aplicativos geralmente oferecem medidas de segurança, como a solicitação de uma senha ou o uso da autenticação biométrica, para garantir a proteção dos dados do usuário. Outra opção é realizar pagamentos por meio de aplicativos de bancos, que oferecem funcionalidades para transferências e pagamentos. Nesse caso, é necessário ter uma conta bancária vinculada ao aplicativo para realizar as transações. Além disso, existem também as maquininhas de cartão, que já são muito conhecidas pelos comerciantes. Com essas maquininhas, é possível realizar pagamentos por meio do celular, inserindo o cartão na maquininha ou utilizando a tecnologia de aproximação, como o NFC.

Vale ressaltar que as principais vantagens de utilizar o celular como forma de pagamento são a praticidade e a segurança. Tudo porque com o celular na palma da mão, é possível efetuar pagamentos a qualquer hora e em qualquer lugar, desde que haja uma conexão com a internet. Além disso, como os dados do cartão não ficam armazenados no celular, os riscos de fraude são reduzidos.


Será o fim do dinheiro?

Com o avanço da tecnologia, prescindir do dinheiro em espécie está se tornando cada vez mais comum, e a adoção do celular como meio de pagamento é uma tendência que veio para ficar. Quem comenta melhor é Alexandre Fontes, superintendente de operações e clientes da Veloe, serviço de tag veicular com a premissa de economizar tempo na fila de estacionamentos, shoppings e praças de pedágio, que acredita que a junção da Inteligência Artificial com os pagamentos digitais está sendo um casamento perfeito. “Prova disso está no setor de mobilidade. Afinal, a capacidade da IA de aprender e se adaptar em tempo real tem aprimorado consideravelmente a segurança das transações, reduzindo fraudes e proporcionando uma experiência mais fluída aos usuários. A IA traz benefícios que agregam valor aos meios de pagamento e certamente teremos ainda outros a serem descobertos e explorados”.

E isso ocorre porque a Inteligência Artificial é capaz de fornecer soluções inovadoras que simplificam e agilizam os processos de pagamento, tornando-os mais seguros e convenientes para todos: “Em síntese, a IA não apenas simplifica os processos de pagamento, mas personaliza de acordo com o comportamento do usuário. Sua capacidade de análise de dados em larga escala agiliza as transações e contribui para um sistema de pagamentos mais seguro, adaptando-se continuamente a padrões de comportamento e identificando possíveis anormalidades”.


Futuro

Sobre o futuro, ele pensa que, vez que a IA tem algo a contribuir em todas as áreas, com o dinheiro isso não será diferente. “A IA fornecerá insights valiosos em padrões de gastos e de consumo, mas o principal: contaremos com recomendações personalizadas para uma gestão financeira mais eficaz. Ou seja, ela ajudará cada vez mais os usuários a tomarem decisões mais assertivas e promover hábitos financeiros mais saudáveis, auxiliando além do processamento de pagamentos”.


Menos papel

Alexandre considera que a sociedade, impulsionada por soluções inovadoras de pagamento digital e, evidentemente, pela IA, caminhará para um mundo com menos dinheiro físico. Para ele, a personalização, segurança e conveniência serão as palavras-chave, “e tecnologias como blockchain e pagamentos biométricos têm o potencial de remodelar fundamentalmente a maneira como encaramos e utilizamos o dinheiro”.

Outro aspecto importante do futuro do dinheiro é a inclusão financeira. Com o avanço da tecnologia, mais pessoas em todo o mundo têm acesso a serviços financeiros básicos, como contas bancárias e empréstimos. Isso permite uma maior participação na economia e estimula o desenvolvimento de comunidades. No entanto, é importante ressaltar que, mesmo com todas essas mudanças, o dinheiro em si ainda terá um papel fundamental no futuro. O desafio está em encontrar o equilíbrio entre a digitalização e a preservação da privacidade e da segurança.


Inclusão

Em resumo, o futuro do dinheiro é cada vez mais digital e tecnológico. Criptomoedas, dispositivos móveis e aplicativos de pagamento estão moldando a forma de fazermos transações. A inclusão financeira também é uma prioridade, enquanto a segurança e a privacidade continuam sendo questões importantes. “É essencial preparar-se para se adaptar a essas mudanças e explorar as oportunidades que elas trarão, uma vez que estamos diante de uma transformação significativa no sistema financeiro. É uma revolução nos meios de pagamento. A facilidade do uso e a segurança que a IA oferece são qualidades que nos ajudam, ainda mais, a tornar a mobilidade fluida e segura. A perspectiva é essa maneira de pagar se torne cada vez mais comum, substituindo métodos tradicionais, principalmente em setores como o de mobilidade, em que a agilidade é crucial”, finaliza o especialista da Veloe.

Oevento IA + CX, que ocorrerá no dia 23 de abril de 2024, na Casa Traffô, localizada na Rua Gomes de Carvalho, 560, bairro Vila Olímpia, São Paulo/SP, trabalhará o tema “O futuro dos meios de pagamento sobre a ótica da IA”.

Fonte: Consumidor Moderno