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Estratégia & Marketing Postado em quarta-feira, 21 de junho de 2017 às 08:17
Empresários brincado com uma bola pula-pula enquanto recrutam seu primeiro colaborador. Essa foi a cena inesperada que Craig Silverstein encontrou ao ser entrevistado pelos recrutadores Larry Page e Sergey Brin, donos da então incipiente Google. Naquele momento, Silverstein não sabia, mas naquela garagem na Califórnia, nascia uma nova cultura empresarial. Uma cultura que jogava fora a sisudez habitual dos ambientes de trabalho e abria espaço para novo mindset. O mote era: quanto mais feliz o colaborador, mais criativo e produtivo ele se torna.

E a receita, aparentemente, deu certo. De sua fundação, em 1998, até a abertura de capital na bolsa de valores, em 2004, a empresa capitalizou US$ 23 bilhões; hoje o valor da Google já supera (e muito) essa cifra.

Além do tom descontraído no ambiente de trabalho, quais processos marcam as start-ups e como elas podem compartilhar os benefícios dessa cultura com outras empresas? Eis algumas dicas de especialistas:

1. Experimentação / Aprendizado: Dave McClure, empreendedor e investidor, define start-up como “uma empresa que está confusa em relação a qual é o seu produto e quem são seus consumidores”. Por se tratar de um negócio inovador, as respostas a estas dúvidas não estão dadas; elas precisam ser respondidas a partir de um processo contínuo de experimentação e aprendizado junto mercado. É a partir desse contato que surgem novas abordagens para resolver problemas já existentes e que, muitas vezes, nem os clientes sabiam.

2. Tolerância à falha: atuando em um ambiente de incertezas, há muitas falhas no processo antes dos acertos. Para as start-ups, a falha é parte integrante do processo de aprendizado junto ao mercado e, por isso, é vista como sinal de evolução.

3. Multidisciplinaridade: a construção de uma start-up exige uma série de competências do empreendedor, algo que dificilmente é encontrado em uma só pessoa. Os empreendedores precisam construir uma equipe capaz de colocar a primeira versão do produto de pé e de responder rapidamente aos aprendizados gerados junto aos clientes, algo que naturalmente exige um time multidisciplinar.

4. Colaboração: não existe um mapa para construir uma start-up, por isso é necessário contar com bastante apoio nesta jornada, e todos podem contribuir de alguma forma. A colaboração é uma característica bastante forte do “mundo das start-ups”.

5. Mentoria: é também bastante comum a cultura da mentoria, em que empreendedores bem-sucedidos voltam ao ecossistema para contribuir com sua experiência para empreendedores mais novos.

Fonte: HBRB