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Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 12 de dezembro de 2017 às 20:57
Após um ano em seus empregos, quantos funcionários ainda têm aquela energia e entusiasmo incontroláveis do primeiro dia de trabalho? Quantos ainda acreditam que podem fazer diferença com seu tempo?

Rotinas improdutivas, burocracia corporativa e “administrivia” acabam com a ambição e sugam a energia de muitos funcionários. Além de desmotivá-los, tudo isso constitui um desperdício para as empresas, que precisam desesperadamente da energia e do comprometimento de todos.

A novidade de qualquer emprego recém-conseguido sempre passa, mas os funcionários poderão se manter empolgados e comprometidos se as empresas atacarem as verdadeiras causas das amarras organizacionais — todas as práticas, procedimentos e estruturas que desperdiçam tempo e limitam a produtividade — e não apenas os sintomas. Estes talvez sejam pequenos aborrecimentos e inconveniências e poderiam ser eliminados sem muita dificuldade — diversos processos, muitas reuniões, metas sem sentido e tempo desperdiçado em trabalhos com os quais nunca ninguém se importará.

No entanto, esses sintomas derivam de problemas estruturais. As empresas acabam se vendo às voltas com problemas e desperdiçam tempo, talento e energia de sua equipe. Quando perdem o foco, gastam dinheiro em algo que não faz a menor diferença nem para os funcionários, nem para o futuro da empresa e usam modelos operacionais que não funcionam corretamente.

Ao atacar a raiz da causa das amarras organizacionais, as empresas conseguem eliminar tarefas desnecessárias, revitalizar a força de trabalho e, ao mesmo tempo, colocar os negócios em um novo rumo. Isso pode ser feito seguindo os três “R”:

•   Rever as prioridades estratégicas

•   Rever os orçamentos

•   Refazer o modelo operacional

Essas três etapas, em conjunto, podem ajudar a arrumar a desorganização e acabar com a distração que geram as amarras.

Rever as prioridades estratégicas

O primeiro passo é rever a organização nas unidades mais importantes, segmentos de clientes e geografias nas quais a empresa tem uma fórmula de crescimento que se repete e, o “right to win” (vantagem adquirida com esforço e tática para alcançar algo). Dentro de cada unidade de negócios, os executivos devem eliminar quaisquer fontes improdutivas. Examine atentamente e verá que a maioria das empresas ampliou suas marcas e portfólio de produtos para clientes e mercados nos quais não são diferenciados e têm pouco lucro. A proliferação dessas operações leva à complexidade, que contribui para desacelerar o processo, assim como os custos, que desviam recursos de ideias potencialmente mais lucrativas.

Por exemplo, grandes empresas de biofármacos são concorrentes em muitas categorias e tendem a acumular uma vasta gama de seguidores. Porém, com isso, o retorno dos acionistas diminui. Uma análise recente, feita pela Bain & Company’s de Chicago, mostra que os maiores criadores de valor de uma empresa de biofármacos são líderes no segmento e, aqueles que aliam essa liderança ao foco nesse portfólio, têm um retorno anual para os acionistas duas vezes maior do que o de empresas que são seguidoras diversificadas. Essa é a razão para um crescente número de empresas de biofármacos estarem sendo vendidas, ou fazendo “spinning off” (desmembramento de uma unidade relevante, inovadora e com grande potencial de crescimento), como por exemplo, a venda da vacina contra influenza da Novarti’s para a CSL, ou a venda da divisão de diabetes da Bristol-Myers Squibb para a AstraZeneca e do “spin off” da Biogen na divisão da hemofilia.

Reduzir um portfólio que cria amarras organizacionais é muitas vezes um ato de coragem. É bem provável que a curva de crescimento sofra durante a transição, mas o resultado será um portfólio mais rentável e feito para crescer. As empresas geralmente são desmembradas para: eliminar cirurgicamente a desaceleração do crescimento de algumas áreas, ou das menos rentáveis, ou ainda de setores menos alinhados no negócio como um todo. Contudo, se antes de mais nada, as empresas não enfrentarem os motivos ocultos que as levaram a essa situação, seu desempenho ainda estará abaixo das expectativas internas e externas.

Rever o orçamento

A forma pela qual as empresas alocam a verba pode contribuir para a amarra organizacional, mantendo trabalhos desnecessários. No entanto, não é fácil tomar a decisão de parar de financiá-los.

Recomendamos o orçamento base zero e planejamento para as escolhas ficarem mais claras. Ao adotar o sistema, fica mais fácil superar o dilema enfrentado ao fazer cortes. É preciso eliminar o trabalho, e depois reduzir o orçamento alocado para aquela despesa ou reduzir o orçamento para acabar com o trabalho desnecessário? Embora a última abordagem seja mais amigável sob a perspectiva administrativa, tendemos a acreditar que leva a uma mudança progressiva. Por isso, consideramos a abordagem do orçamento base zero preferível — pois combinada a um processo de planejamento, usando metas flexíveis, desafia o pensamento convencional e traz à tona ideias mais definidas.

Empresas com visão vão fazer essa mudança antes mesmo de o mercado ou algum investidor demandá-la. Um exemplo simples: antes de a 3G Capital usar o orçamento base zero para esclarecer funções e objetivos, eliminar etapas e padronizar processos na Kraft Heinz, um gerente contou que lutava para lidar com uma enxurrada de 300 e-mails e várias reuniões improdutivas em um dia típico de trabalho. Agora, recebe menos de 40 e-mails por dia e as reuniões são mais pontuais e eficientes. A base zero pode, além de zerar a estrutura de custo, impedir que se mantenham por um período longo.

Refazer o modelo operacional

Após reorganizar o portfólio e zerar os orçamentos, é importante redesenhar o modelo operacional — ou seja, a maneira pela qual a empresa está organizada para executar sua estratégia — para eliminar qualquer papel desnecessário ou processo disfuncional que atrapalhe o fluxo normal. Pensar com a cabeça do cliente, com a do vendedor que atende o cliente diretamente, coloca-nos lentes poderosas para enxergar onde eliminar trabalho desnecessário. Limite-se a perguntar: como essa atividade ajuda a atender melhor nosso cliente? As empresas podem até procurar ineficiências e complexidades escondidas nos encaixes da organização — pessoas de áreas, lugares e unidades diferentes, trabalhando por um mesmo objetivo, em que nenhum executivo ou equipe tem a menor responsabilidade. Toda organização tem suas emendas, e essas são áreas frutíferas para otimizar e redesenhar. As empresas devem considerar enxugar, centralizar ou terceirizar, nos pontos em que há ineficiência nos processos em andamento.

As organizações operam em processos formais e informais, e os executivos devem procurar complexidade e desperdício em ambos. Processos e sistemas formais consagram formas de trabalho, portanto, é mais fácil atacá-los sistematicamente. Porém, fatores informais e ocultos que criam uma organização amarrada, tendem a ser negligenciados e, geralmente são mais comportamentais, como por exemplo, a maneira pela qual a equipe administrativa toma decisões.

Consideremos a extraordinária guinada da Ford. Em 2006, o então CEO Alan Mulally e sua equipe sênior não só traçaram uma nova estratégia, como também fizeram uma revisão no modelo operacional da Ford. A empresa passou de um modelo regional de unidades para outro, funcional global, mudando para operações mais efetivas e eficientes, como por exemplo, reduzindo o número de plataformas de automóveis. A administração e o comportamento mudaram também, já que Mulally abriu o debate com honestidade, para saber onde os problemas estavam surgindo. Incentivou a equipe a simplificar as formas de trabalho, eliminando reuniões ineficazes, descartando, assim, numerosas horas improdutivas. Graças a essa nova estratégia e ao modelo operacional renovado, a Ford voltou a ser rentável, sem o socorro do contribuinte americano.

Seguir esses três passos, pode elevar o potencial de desempenho de uma empresa, criando uma atmosfera na qual a energia individual e a criatividade são convertidas em produtividade. Pode ser o início de um círculo virtuoso, no qual uma melhora do desempenho pode liberar tempo e capital para criar novas oportunidades de crescimento e recompensar talentos, destravando novos níveis de performance organizacional. Funcionários que trabalham nesse ambiente propício acreditarão que o espírito de “funcionário novo” pode se manter, e que o trabalho supre sua energia ao invés de destruí-la.

Fonte: HBRB
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 05 de dezembro de 2017 às 12:40
Construir bons relacionamentos hoje é essencial para qualquer empresa. As conexões pessoais e profissionais potencializam ao máximo as oportunidades de negócios e impulsionam a empresa exponencialmente. Seja online ou offline, o networking com o mercado pode gerar grande impacto e fazer a diferença para o seu negócio. Mas tudo depende da forma que ele é feito.

Para que isso seja possível, é preciso ter uma história interessante para contar, seja sobre a empresa seja sua trajetória à frente do negócio. Sendo a troca de informações a essência dessa construção, perguntas pertinentes sobre os envolvidos resultam em uma maior conexão com as pessoas com as quais se deseja fazer relacionamento, e dão abertura para novos assuntos.O importante é fazer com que as pessoas conheçam mais você e sua marca, e confiem em você.

Segundo estudo da InsideSales.com, 63% das pessoas lembram de uma história, mas apenas 5% se recordam de estatísticas. Isso porque as histórias são consideradas uma "via expressa" para o cérebro, já que destacam propósitos e motivam a agir, facilitando a identificação com uma marca. Por fornecerem um contexto sobre o negócio, são consideradas poderosas ferramentas de vendas, que podem ter sua força ampliada desde que os envolvidos saibam quem são as pessoas com quem estão interagindo, e abordem assuntos de interesse comum.

Neil Patel - guru do marketing digital famoso por potencializar os lucros de gigantes como Amazon, Google e GM- acredita que não importa o estágio atual da sua empresa, as bem-sucedidas serão aquelas que conseguirem criar bons relacionamentos com o seu público da forma correta. "Se você não puder criar vínculos com as pessoas mais importantes, terá dificuldade para fazer a sua empresa deslanchar. É preciso criar uma estratégia de networking sólida, as conexões que você cria podem trazer um 'mundo' de coisas boas", destaca ele.

Conheça 5 motivos para apostar no networking:

1. O networking faz você se destacar da concorrência

De modo geral, o mercado em si é muito competitivo. Uma boa porcentagem dos negócios fracassam exatamente porque não se comparam aos líderes do mercado, e essa é uma das principais razões para o fracasso das empresas. "É preciso sempre buscar o diferencial do seu negócio para se destacar entre os concorrentes, e o networking traz exposição para os elementos que o destacam", avalia Patel.

Para que isso seja possível, segundo ele, é preciso pensar: "Que problema do meu consumidor estou resolvendo? Como meu produto/serviço resolve esse problema? Por que sou melhor que meu concorrente?". Seja uma 'perturbação' no mercado, ou seja, pense fora da caixa e crie ações que possam trazer resultados positivos para os consumidores, que seus concorrentes não estejam fazendo. "Aproveite a aproximação que o networking proporciona para oferecer soluções pontuais e direcionadas. Suas conexões perceberão o tratamento exclusivo e reconhecerão isso como um diferencial da sua marca", destaca.

2. O networking amplia seu grupo de potenciais clientes

Existem três formas de fazer crescer o seu negócio: aumentando o número de consumidores, o valor médio de transações ou a frequência da compra. "Mesmo que o networking não foque nas vendas, ele é uma grande oportunidade para se tornar conhecido de potenciais clientes. Seus clientes poderão se tornar os primeiros e principais defensores da sua marca, tornando-se importantes na tomada de decisão de compra dos futuros clientes", exemplifica Patel.


3. O networking constrói sua marca pessoal

Para o guru, construir a marca do negócio é importante, mas atrelá-la com sua imagem pessoal é ainda mais crucial. "A marca pessoal amplifica o sucesso dos negócios de diversas maneiras. De acordo com pesquisa realizada pela Nielsen, 92% das pessoas confiam mais nas recomendações das pessoas que compram em uma determinada loja do que em marcas", explica ele.

Para isso, crie uma mensagem pessoal atraente, encontre um mentor que seja líder no segmento - busque sempre conexões de pessoas que possam te conectar com pessoas que estejam alguns passos à sua frente - e distribua conteúdos formadores de opinião em todas as suas redes. "Não há melhor forma de demonstrar sua expertise em uma área do que publicar conteúdos de qualidade.Isso fará com que você se torne um expert naquele tema, e sua marca irá crescer ainda mais atrelada a você. O marketing pessoal ajudará a aumentar a quantidade de conteúdos formadores de opinião e a sua marca também".

4. O networking ajuda a atrair talentos do mercado

Investir na relação com o mercado, seguindo as 3 dicas anteriores, será também muito útil na busca por talentos para integrarem sua equipe. "Isso porque você terá mais conexões e, com isso, mais pessoas interessantes para juntar-se ao seu time. Para isso, é interessante deixar sempre em evidência a cultura da sua empresa, use e abuse disso em todos os canais viáveis (sites, redes sociais entre outros canais), e busque sempre por pessoas que se identificam com a sua visão, entendam a sua proposta e queiram crescer junto com a empresa", recomenda Patel.

5. O networking tem impacto positivo sobre outros canais de marketing

Já ficou claro que o networking pode te dar ainda mais influência. Ela, por sua vez, pode de dar um leque de novas oportunidades e ainda mais poder em ações de marketing de forma estratégica. "A verdade é que, uma vez iniciado o seu networking de forma eficaz, as possibilidades irão surgir. Vale lembrar que a força e a longevidade com que você cria os contatos também dependem muito mais da qualidade das conexões estabelecidas do que da quantidade de pessoas", alerta.

Além disso, na visão do guru, o envolvimento pessoal é essencial. "No começo poderá ser um pouco cansativo ou frustrante, mas a ideia principal é criar conexões com as pessoas certas, ter conexões reais para ser influente. Estar presente em eventos do seu ecossistema, palestras, conferências e cursos que podem favorecer o seu networking poderá te ajudar. Você não conseguirá conectar-se com todos os seus seguidores, mas esse certamente é o melhor caminho", finaliza o especialista.

Fonte: Administradores