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Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 22 de novembro de 2022 às 11:34


Primeira geração de nativos digitais, a Geração Z em breve será o maior grupo de consumidores online em todo o mundo e, para conquistá-los, as marcas precisam começar a estabelecer relações com eles desde já.

De acordo com um estudo do LinkedIn sobre o comportamento, hábitos de consumo e valores da Geração Z (nascidos entre 1997 – 2012), trazendo dados sobre como este público se relaciona com as marcas, esta é a audiência que apresenta o crescimento mais rápido na plataforma e será a maior geração de consumidores, respondendo por R$164 bilhões a R$812 bilhões em gastos diretos.

Mas, de acordo com a pesquisa da maior rede social corporativa do mundo, apenas 21% dos membros dessa geração ao redor do mundo se sentem representados nas publicidades e 36% afirmam que as empresas deveriam fazê-los se sentirem mais valorizados.


Afinal, o que quer a Geração Z

A pesquisa apontou que eles são ambiciosos e almejam crescer constantemente, e as marcas que entrarem como aliadas nesta trajetória de desenvolvimento terão vantagens perante às demais quando o assunto é captar atenção.

Entre as principais exigências que regem seus hábitos de consumo, a confiabilidade das marcas é destaque para mais da metade dos membros da Geração Z globalmente.

Além disso, 74% preferem economizar e esperar para comprar um produto de qualidade e 62% pagariam mais por um produto ambientalmente amigável.

Altruísta e consciente, este público quer ser o melhor que pode e, dessa forma, vai optar por empresas que correspondam a isso também. Valorizar a sustentabilidade, a responsabilidade social e os feedbacks dos consumidores são pontos cruciais nessa busca por produtos e serviços.

De acordo com Ana Moises, Diretora de Soluções de Marketing do LinkedIn para América Latina, as empresas precisam pensar sempre um passo à frente quanto às estratégias de marketing voltadas a esse público.

“Em breve, a Geração Z será o maior grupo de consumidores online em todo o mundo e, para conquistá-los, as marcas precisam começar a estabelecer relações com eles desde já, priorizando formas inovadoras e inteligentes de se posicionar. Não basta ter um discurso bonito, é preciso que existam ações efetivas tanto interna, quanto externamente”.


Consumo nas redes sociais

Considerada a primeira geração de nativos digitais, eles utilizam as redes sociais como o principal canal para a descoberta de novas marcas e analisam de forma criteriosa como elas se comunicam e qual tipo de conteúdo produzem e consomem em uma delas.

Os resultados da pesquisa mostram que os indivíduos nascidos entre 1997 e 2012 preferem conteúdos que contemplem histórias reais, dicas de ferramentas, guides, questões sobre diversidade, ideias e inspirações.

De acordo com o estudo, o número de likes e comentários positivos também são avaliados por eles no momento da compra, além de preferirem utilizar o botão “comprar” diretamente nas redes sociais.

“No LinkedIn, 80% dos membros da Geração Z consideram a plataforma confiável, o que se reflete não só no tempo de uso, mas também no consumo de publicidade dentro da rede. A segmentação é importante porque possibilita uma identificação que vai além da linguagem, passando por abordagem, interesse e, claro, valores e propósito”.

Ainda no LinkedIn, a pesquisa mostra que mais de 15 milhões de profissionais da Geração Z da América Latina têm um perfil na plataforma, sendo que 56% deles estão no Brasil.


Uma geração marcada pelo ceticismo

De acordo com o relatório Geração Z: O poder da disrupção – como a nova geração está ressignificando o que é poder, produzido pela ViacomCBS, para 74% do público da Geração Z no Brasil, as redes sociais são ferramentas que dão voz ao que importa para eles.

Ainda de acordo com o relatório, cerca de 78% dos brasileiros da Geração Z afirmaram seguir algumas pessoas e marcas nas redes sociais somente para se manter informados; enquanto 77% buscam por mais educação e informações do que têm acesso nas instituições de ensino e 71% procuram por conteúdos que reflitam opiniões diferentes das suas. Isso não significa, no entanto, total confiança neste mesmo conteúdo.

De acordo com o estudo, 35% dos jovens brasileiros não confiam nas fontes de informação atuais. A desconfiança é uma característica que essa geração leva para diversos setores da sociedade. Eles não se veem representados em instituições políticas, de poder e na comunicação de diversas marcas.

Já 50% dos entrevistados pontuam que a representação de pessoas como eles faz com que eles se sintam mais poderosos. E a desconfiança nas instituições também recai sobre grandes empresas: cerca de 60% dizem que o Facebook, a Amazon e o Google são grandes e poderosos demais.

Fonte: Consumidor Moderno
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 08 de novembro de 2022 às 10:29



Varejo se reestrutura após período de intensa digitalização e especialistas consideram cenário otimista para seu futuro.

Após a intensificação da digitalização, acarretada pela pandemia, o e-commerce se transformou nos últimos dois anos. E continua em plena evolução, em rápida velocidade. Mas qual será o futuro do comércio online neste momento em que a normalidade da vida pós-covid ganha força?

Nick Tuzenko, co-fundador da Accel Club, Dirk Hoerig, CEO da commercetools, participaram nesta sexta-feira, 04, do painel The future of eCommerce beyound 2022, no Web Summit, e debateram a trajetória do setor, assim como as expectativas do que se esperar dele para o futuro.


A pandemia como ponto de partida

O mundo não é o mesmo desde 2020. A pandemia do novo coronavírus transformou a vida do seu formato conhecido. O que não foi diferente para o e-commerce. Para Tuzenko, uma das grandes alterações ocasionadas pelo período foi a forma com que os consumidores podem alcançar e se comunicar com as marcas.

“Vimos algumas mudanças em como as marcas passaram a trabalhar, e principalmente na forma como os consumidores alcançam as marcas. Com as plataformas, agora as marcas são globais, o que permite que haja cada vez mais interações”, avalia o co-fundador da Accel Club.

Da mesma forma, Dirk acredita que uma das grandes mudanças pode ser observado no comportamento do consumidor. Para o executivo, à medida que a penetração do e-commerce aumenta, o consumidor fica cada vez mais exigente. “As exigências dos consumidores mudaram significativamente”.


Da digitalização em diante

Outro aspecto importante a ser analisado foi como a aceleração do processo de digitalização, em todas as áreas, mas no e-commerce em especial, significou um ponto de inflexão.

Para Nick, um dos pontos é a experiência do cliente. “A covid-19 ajudou o e-commerce a trazer mais experiências para o cliente no online”. E em grande escala, vale dizer. A penetração do e-commerce aumentou significativamente. E aqui temos um dado interessante. Há cinco anos, 10% das vendas do varejo eram oriundas do comércio eletrônico. Para este ano, a expectativa é de que a porcentagem seja de 20,4%.

Não é questão de escolher estar no online ou no offline. É questão de entender que ambos ambientes precisam estar conectados .

É importante entender, no entanto, que o futuro não subentende um esforço unilateral para o digital. Muito pelo contrário, as empresas têm de buscar a omnicanalidade. “As marcas querem estar em todos os lugares. Tanto no físico, como no online. Temos de ser omnichannel”.

E mais importante que isso, afirma Dirk, é a unificação da informação. “Não é questão de escolher estar no online ou no offline. É questão de entender que ambos ambientes precisam estar conectados, com uma experiência unificada. E cada espaço tem o seu desafio. Para o físico, por exemplo, eu ressaltaria a necessidade de corrigir os erros de serviços. Já para o online, precisamos buscar a transparência de valor e as questões de logística e entrega”.


Os dados são os grandes aliados

E como as marcas podem trocar com os consumidores cada vez mais exigentes e menos leais? A mudança de comportamento não parece assustar os executivos. E a solução para a questão está em: dados.

Com a maior penetração do e-commerce e a intensificação da digitalização, o comércio eletrônico pode contar também com um aumento do número de informações e dados dos seus consumidores. “O consumidor está mais exigente, isso é inegável. Mas também nós estamos mais empoderados”, afirma Nick.


O futuro para o setor

Quando o assunto é o futuro do setor, as expectativas são otimistas. Mas isso não vem sem os seus desafios. Tuzenko acredita para uma melhora na logística e distribuição. “Vamos ter que assegurar que o produto vai ser entregue no menor tempo possível e em segurança. E, para isso, vamos precisar diversificar cada vez mais os fornecedores”.

Hoerig, por outro lado, aposta em dois grandes movimentos. A curto prazo, as marcas devem focar na hiperpersonalização. “Já conseguimos ver isso no streaming, por exemplo. Temos cada vez mais uma entrega de experiência única”.

Em 10 anos estaremos rodeados por dispositivos que vão transformar o e-commerce

Já para longo prazo, Dirk espera mudanças relacionadas à evolução do metaverso e realidade aumentada. “Se pensarmos no lançamento do iPhone, há alguns anos, e como isso teve um enorme impacto para nós, imagino que nós devamos passar por uma revolução parecida. Em 10 anos estaremos rodeados por dispositivos que vão transformar o e-commerce”.

Fonte: Consumidor Moderno