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Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 15 de março de 2022 às 11:11


Eu sempre começo qualquer palestra perguntando quem é a pessoa mais importante de qualquer marca. Resposta: não é o Cliente. É o cara que está na frente do Cliente durante a experiência que ele tem na sua marca. O cara é de qualquer gênero, cor, religião, classe social. Normalmente, na maioria das empresas, o cara que ganha o menor ou um dos menores salários da empresa. Faz sentido pra você? Se sim ou não, siga em frente. Aqui tem informação que vai te ajudar a equacionar melhor esta verdade.

Uma discussão que nunca vai acabar no mercado é se o papel do vendedor de loja vai continuar a ser relevante com a evolução que o consumidor teve nos últimos tempos.

O digital dobrou na pandemia. Foi de 5 para 10% das vendas.
90% das vendas ainda são feitas através de uma loja.

E todas as vendas em algum momento no tempo vão ser feitas através de um processo híbrido que incorpora digital e físico.

Isso traz uma chamada para a realidade: temos que cuidar do cara da ponta. A pessoa que faz contato com a maioria dos nossos Clientes. Não interessa se sua marca é de varejo ou indústria. Quem mais vende seu produto é ele. E quem mais pode influenciar o Cliente idem.

Com o omnichannel virando realidade, aos poucos, claro – mas cada vez mais, incorporar o vendedor ao ecossistema da sua marca se torna uma necessidade.

Algumas questões surgem a partir dessa consciência.
O vendedor tem tempo para absorver esta nova função?
A de ser a interface mais importante entre a marca e o Cliente?

A resposta é sim. O vendedor tem um tempo ocioso que pode e deve ser aproveitado para que ele possa exercer ativamente essas novas atividades.

A segunda pergunta é: o vendedor tem competência para exercer esse novo papel – além de receber muito bem o Cliente – convidá-lo a entrar em contato com a marca? A resposta é sim, mas com alguma ajuda. O software de CRM da sua marca tem que funcionar e ser acrescentado às ferramentas que ajudam o vendedor a conhecer melhor os detalhes importantes sobre o Cliente que ele vai convidar ou receber.

Lembre-se de que o vendedor já é seu custo fixo. Você já o paga.
Garantir que ele tenha uma performance acima do esperado é lucro adicional. Na última linha.

Não falamos disso ainda, mas é condição fundamental que a liderança construa um ambiente aberto, justo. E muito exigente. Mas tão justo e aberto, que permita que o vendedor seja ele mesmo e possa falar o que pensa sempre que necessário. Em ambientes assim, qualquer nova ideia que tenhamos tem muito mais chances de ser implementada com muito mais sucesso. O muito exigente de que falamos é aquele em que o vendedor tem autonomia para fazer tudo o que se espera dele, e mais, sem que um chefe tenha que ficar vigiando ou cobrando. Autodisciplina é a contrapartida a um ambiente de alta autonomia.

Pra garantir, faça o teste da retenção que a Netflix faz para ter todos os vendedores muito bons. É assim: pra qual vendedor que me diga que quer sair eu faria o maior esforço pra ele ficar? Esse é o cara que eu quero no meu time. Quem não passar pelo teste ou tem que melhorar e se tornar muito necessário ou vai abrir caminho para novos vendedores que preencham todas as competências e atitudes para merecer fazer parte da equipe.

E então, está pronto para colocar o plano em prática?

Se estiver, você vai garantir que terá apenas voluntários influenciadores na equipe. Um time da melhor qualidade trabalhando para converter todos os Clientes em fãs da sua marca.

Paraíso? Quase. Experimente e você vai ver como isso facilita a vida, as relações e o resultado.

O Cliente vai adorar. Comprar, voltar, elogiar, recomendar.

E você vai acreditar no que eu falei no começo do texto. O cara da ponta é O CARA. Você o transformou em agente de relacionamento. E vai fazer parte das poucas marcas que já entenderam a importância disso e agiram para garantir o que tem que ser feito.

O resultado é a grande consequência. Um crescimento orgânico enorme, gerado pelo boca a boca que seu novo modelo de negócio vai fomentar.

Fonte: Ponto de Referência
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 15 de março de 2022 às 10:53


Em cenário pós-pandemia, varejistas investem em canais de atendimento omnichannel e apostam em atendimento personalizado para aumentar as vendas durante a Páscoa.

Se você foi ao mercado nas últimas semanas, provavelmente deve ter se deparado com centenas de ovos de Páscoa expostos nas parreiras pelos corredores da loja, em seus mais diversos formatos, tamanhos e sabores. Não é verdade?

As indústrias de chocolate já estão a todo vapor na produção das guloseimas da Páscoa e os setores varejista e atacadista também têm investido na comercialização dos ovos ainda no início do ano. Mas qual será o motivo dessa venda “precipitada”? E com relação ao varejo, como este segmento vem se preparando para a data que tradicionalmente movimenta o primeiro semestre?


Com a retomada da economia, vendas tendem a crescer durante a Páscoa

Essas e outras dúvidas foram apresentadas a um dos fundadores da empresa do segmento Plant Based, Vida Veg, Anderson Rodrigues, que deu um breve panorama sobre as expectativas e desafios do varejo neste período do ano. “Com a retomada da economia no pós-pandemia, esperamos ter um crescimento nas vendas de dois dígitos e para isso, nós – da Vida Veg – estamos buscando empresas para fazer um ovo de páscoa vegano com nosso leite”, inicia o administrador, que complementa: “os varejistas estão abrindo mais espaço para ovos saudáveis e veganos buscando atender a esse novo consumidor preocupado com saúde e sustentabilidade”.

Com o fechamento das lojas físicas em 2020 e o agravamento da pandemia nos últimos dois anos, o setor gastronômico precisou se reinventar e, assim como diversos segmentos brasileiros, sofreu com a crise econômica e com a queda no número de vendas.

De acordo com uma pesquisa realizada em 2021 pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas, houve uma expectativa de que cerca de 102,7 milhões de brasileiros fariam as compras para a Páscoa, o que representou uma queda de 10,5 milhões de consumidores se comparado ao ano de 2019.

A queda no consumo durante a data cristã, além de estar associada à pandemia e ao endurecimento das regras sanitárias, também pode ser explicada pelo aumento do valor do dólar e pela crise financeira, agravada pelo crescimento no número de desempregados no país.

Apesar dos desafios e problemas enfrentados pelos brasileiros, a vacinação em massa e a retomada gradual da economia parecem dar um fôlego para os negócios e, consequentemente, para a retomada das vendas de doces durante as comemorações religiosas.


Novos sabores, novas estratégias e muitas expectativas…

O coelhinho da Páscoa vem aí! Justamente por conta disso, muitos varejistas e produtores de ovos de Páscoa vêm investindo não só em novos formatos e sabores dos doces, como também em diferentes opções de venda, que vão desde os pontos físicos, como mercados, feiras e lojas especializadas, até os negócios virtuais, como sites e redes sociais, e o sistema delivery, onde o produto é entregue na casa do cliente.

Isso sem contar com o já tradicional investimento em brindes dos mais diferentes tipos para atrair a atenção das crianças, que continua sendo uma tática de sucesso. Os destaques são sempre os personagens licenciados. Nos últimos anos esses itens têm ganhado tanta importância, e volume, a ponto de deixar o chocolate em segundo plano.

Segundo o estudo feito pela CNDL em 2021, e que também deve ser válido para este ano, 58% das pessoas pretendem comprar os ovos de Páscoa em supermercados, enquanto que 45% optaram pelas lojas especializadas e 42% pelas lojas de grandes varejistas. Além disso, 70% afirmam que pretendem comprar os itens alimentícios em lojas físicas, enquanto que 65% pretendem comprar através da internet, sendo que 22% apontaram os sites como os favoritos para as compras e 20%, o WhatsApp.

O mercado virtual, inclusive, desponta como um dos principais meios encontrados pelos comerciantes para alavancar seus negócios nos últimos anos. Conforme uma análise feita pela Neotrust, empresa de inteligência de mercado, o comércio digital permitiu a venda de 340 mil ovos e conquistou R$ 45 milhões somente em 2021, o que representa um aumento de 79% quando comparado ao ano que marca o início da pandemia.

Além do consumidor omnichannel, a Páscoa em 2022 promete consolidar novas mudanças trazidas pela pandemia, como a criação de locais que não geram aglomeração em pontos físicos, tais como as gôndolas e as barracas ao ar livre.

O atendimento ao cliente e as melhorias na experiência do consumidor (CX) também chegaram para ficar no setor varejista e devem fazer parte das estratégias de marketing durante as vendas na Páscoa, assim como as ações promocionais e os cashbacks, que foram muito utilizados em 2021 por empresas como a Nestlé e a Garoto.

Por fim, a logística também deve ser priorizada pelo segmento alimentício durante esta data, já que o espaço para o armazenamento dos ovos de Páscoa deve ser relativamente maior do que o reservado para as mercadorias comuns, tendo em vista que tais alimentos são mais frágeis e suscetíveis a danos. Ademais, os armazéns precisam ser bem higienizados – principalmente por conta da pandemia – e climatizados, assim como os veículos para o transporte.

Fonte: Novarejo