Notícias


Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 13 de dezembro de 2022 às 10:58


Todos os dias colaboradores exaustos reiniciam a sua jornada de trabalho em empresas de todo o mundo, incluindo a sua. Veja o que pode ser feito para evitar que o cansaço no trabalho fique fora de controle na sua companhia.

Atualmente, o esgotamento dos funcionários tem se tornado um dos sintomas mais comuns dos locais de trabalhos modernos, seja por demandas cada vez mais rápidas, complexas e exigentes, seja por tecnologias que diminuíram a separação entre vida pessoal e profissional.

Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou oficialmente a síndrome do esgotamento profissional (ou síndrome de burnout) como um diagnóstico médico ocupacional, descrevendo-o como um estado de exaustão emocional e física provocada por longos períodos de estresse implacável e relacionado ao trabalho.

Fato é que cada vez mais pessoas estão se sentindo sobrecarregadas. Segundo a Gallup, 7 em cada 10 pessoas no mundo estão sofrendo com fadiga do Zoom, ansiedade, burnout, estresse, depressão e outros problemas psicológicos. Pior, tudo indica que a próxima crise global de saúde seja uma pandemia de saúde mental.

De fato, a pandemia expôs processos ineficientes que impedem a produtividade e introduziu novos desafios, como o home office e o quiet quitting.

Nesse sentido, de acordo com o relatório da Qualtrics, 2023 Employee Experience Report, estamos vivendo um conflito sem precedentes no ambiente e na cultura organizacional: colaboradores esgotados que desejam mais suporte versus companhias que desejam simplificar os orçamentos sem abrir mão da produtividade.

Uma pesquisa da Deloitte descobriu que quase 4 em cada 10 funcionários da geração do milênio e da geração Z não acreditam que seus empregadores estão criando iniciativas para apoiar seu bem-estar mental.

De acordo com a Clínica Mayo, a fadiga no trabalho pode ser definida como:

“Exaustão implacável que não é aliviada pelo descanso, um estado quase constante de cansaço que se desenvolve com o tempo, reduzindo sua energia, motivação e concentração”.

Um importante levantamento realizado pela Forbes mostra também que o impacto financeiro desse problema, se negligenciado, pode ser ainda maior:

Logo, estar atento à experiência do colaborador é fundamental para a sustentabilidade de um negócio. No entanto, a gestão de pessoas vai além do employee experience, sendo parte fundamental do sucesso de construção de um ambiente de trabalho mais saudável e agradável, a conscientização das lideranças sobre o impacto dessas medidas mais saudáveis na produtividade, eficiência e motivação dos seus times.

Como aliviar o cansaço no trabalho e recarregar as energias da equipe?O mundo do trabalho mudou para sempre por causa da pandemia de COVID-19. Como resultado, é crucial agir para eliminar ou, pelo menos diminuir, os casos de fadiga laboral e eventual esgotamento precoce.

Afinal, a exaustão afeta as habilidades, dificultando o bom senso e aumentando a probabilidade de se sofrer um acidente. Por isso, as dicas abaixo contribuem para a construção de um ambiente psicologicamente seguro e com maior engajamento.


#1 – Oriente seus liderados a construírem carreiras baseadas em propósitos

Muitos de nós decidimos uma carreira no início da vida, mas com o passar do tempo, as coisas mudam e essas mudanças influenciam a forma como encaramos as nossas próprias responsabilidades.

As pessoas querem ser orientadas por propósitos para encontrarem um significado e um senso de valor mais profundos, nos quais as suas contribuições ajudem a fazer a diferença no mundo.

Como líder, estimule esse reflexão e permita que seus colaboradores estejam vivendo alinhados com seus valores e crenças em uma vida dedicada à sua missão pessoal e evite que pessoas talentosas se sintam subaproveitadas ou entediadas na companhia. 

Na Microsoft, por exemplo, os líderes e gestores estabeleceram o “Discover Days”, um programa pensado em soluções para dar às pessoas acesso a um conjunto mais amplo de oportunidades de carreira e torná-las visíveis para a sua própria demanda interna de profissionais.

“É impossível ter uma ótima vida, a menos que seja uma vida significativa. E é muito difícil ter uma vida significativa sem trabalho significativo”.
Jim Collins – consultor de negócios, autor, professor e palestrante


#2 – Priorize o seu próprio bem-estar

Gerenciar seu bem-estar como líder é adotar uma abordagem holística e abrangente para melhorar os níveis de satisfação de toda a organização. Afinal, as lideranças de alta performance são referências seguidas em toda companhia.

Dados do The Wall Street Journal mostram que quase 96% dos líderes sêniores relataram sentir-se esgotados em algum grau, com um terço descrevendo seu esgotamento como extremo.

Quando os líderes “fazem o que falam”, eles também estão ajudando a reforçar as mensagens dos programas e iniciativas de bem-estar de suas empresas – uma necessidade crítica e urgente. É o mesmo conceito de uma máscara de oxigênio em um avião. Você deve colocar sua própria máscara de oxigênio antes de poder ajudar outras pessoas. 

“Cabe aos líderes da empresa conscientizar e agir sobre saúde mental. Ao falarem abertamente sobre saúde mental e produzirem ações significativas, os líderes podem desestigmatizar doenças mentais e sinalizar que as pessoas podem e devem acessar o apoio que a empresa fornece”.
Jonathan McBride, ex-chefe de diversidade e inclusão da BlackRock


#3 – Crie rituais em equipe para fortalecer os vínculos

Criar entrosamento na equipe é a chave para garantir que todos sejam corresponsáveis pela energia do time. Nesse sentido, equipes com alto senso de pertencimento são capazes de criar um ambiente em que os seus colaboradores desejam estar, seja remotamente ou pessoalmente, trazendo mais leveza e produtividade para a companhia. 

Mais que isso, trazem segurança para que os envolvidos peçam ajuda se necessário e possam ajudar uns aos outros quando alguém precisar se afastar do trabalho.
Então, como líder, crie rituais coletivos para fortalecer esses laços e construa oportunidades para novas conexões surgirem.


#4 – Troque a paranóia de produtividade por uma priorização útil

A paranoia da produtividade é um dos maiores problemas enfrentados na contemporaneidade. Estamos sempre tentando fazer mais, mais rápido e melhor, mas isso tende a agravar os sintomas de esgotamento e frustração.

Por isso, priorizar as tarefas é imprescindível. Identifique quais são as demandas mais importantes e foque nelas primeiro, concentrando-se nas tarefas que realmente importam e que vão ajudá-lo a alcançar seus objetivos.


#5 – Acompanhe a evolução dos seus times

Além de avaliação, o acompanhamento do comportamento dos seus colaboradores é extremamente importante para identificar rapidamente quaisquer alterações, por exemplo, dos níveis de estresse ou satisfação geral.

Apesar disso, uma pesquisa da Deloitte observou que só 22% dos gestores realmente receberam algum tipo de treinamento em saúde mental no trabalho, embora 49% tenham reconhecido a sua utilidade.

Ao menor sinal de alerta, intervenha imediatamente. Se necessário, incentive-os a tirar uma folga antes que precisem pedir. Tranquilize-os e tenha empatia para demonstrar que mostrar vulnerabilidade não irá prejudicar sua jornada profissional.

“Se não intervirmos no momento certo, qualquer coisa colocada posteriormente pode não funcionar, e o indivíduo se torna desengajado e privado de direitos”.
Steve Jeffers, CPO do The Esland Group


#6 – Tenha um forte programa de onboarding

Ter um processo de onboarding bem estruturado permite que os colaboradores não iniciem as suas funções já se sentindo sobrecarregados e, com o tempo, fiquem ainda mais estressados com as suas atividades e desempenho. Garanta que seus funcionários sejam bem treinados e estejam completamente preparados para qualquer desafio profissional.

Além disso, dados indicam que colaboradores que recebem integração efetiva atingem níveis satisfatórios de produtividade 60% mais rápido do que aqueles que não recebem. Portanto, ter um forte programa de onboarding inicia uma cascata de efeitos positivos em toda a organização.


#7 – Incentive novos hobbies

Uma das maneiras mais eficazes de manter altos níveis de felicidade dos funcionários é estimulando seus hobbies. Os hobbies ajudam de várias maneiras, inclusive na manutenção de um alto nível de resposta e atuação no ambiente organizacional.

Dito isso, atividades simples como ouvir música, pintar, desenhar, correr… podem ajudar a recuperar o equilíbrio e reenergizar a sua força de trabalho.

Logo, como exemplo, ter a possibilidade de tomar um banho no escritório para os funcionários que querem se refrescar depois de pedalar para a companhia é um ótimo começo.


É hora de cuidar para liberar todo o potencial humano inexplorado em seus times

Por todo o exposto, fica latente que as pessoas querem continuar trabalhando – mas não às custas de sua saúde e felicidade em geral.

Por isso, não há solução rápida para uma mudança de mentalidade tão profunda no cuidado como essa no contexto laboral, mas à medida que novas políticas forem implementadas a sua empresa, isso tende a ajudar os seus colaboradores a se tornarem a melhor versão de si mesmos, capacitando-os a desfrutarem de um equilíbrio saudável, seguro e de alta qualidade entre vida profissional e pessoal.

Segundo o artigo “We Need to Talk More About Mental Health at Work”, escrito por Morra Aarons-Mele na Harvard Business Review:

“$4 é devolvido à economia para cada $1 gasto cuidando de pessoas com problemas de saúde mental”.

Portanto, ter pessoas saudáveis e bem, vivendo o “propósito” de suas vidas, é capaz de gerar um movimento de contribuir mais, não só para suas famílias e seu trabalho, como para a economia em geral.

Se você, de alguma forma, enfrenta dificuldades para pensar no seu time ou estrategicamente no seu negócio, conheça a G4 Traction e aprenda a contratar as pessoas certas e geri-las, participando de 2 dias intensos para crescer e alcançar resultados ainda maiores.

Fonte: Gestão 4.0
Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 13 de dezembro de 2022 às 10:38


Mais do que acompanhar indicadores, é fundamental que eles estejam associados a objetivos e metas do negócio.

“O que pode ser medido, pode ser melhorado”. Tal afirmação, atribuída a Peter Drucker, pode ser aplicada a tudo no mundo dos negócios, inclusive à experiência do cliente. Mas como medir percepções que variam de acordo com o perfil do cliente? Não existem respostas simples para essa questão que, por natureza, já é complexa. Por isso, ao longo das décadas, indicadores surgiram e evoluíram, tornando mais precisa a análise de cada uma das etapas da jornada do cliente e do encantamento gerado pelas marcas e empresas.

Os principais exemplos são indicadores como Net Promoter Score (NPS); Taxa de churn; Tempo médio de atendimento; First Call Resolution (FCR); Tempo Médio de Espera; Customer Effort Score (CES) e Return on Experience (ROX), que mensuram desde a resolutividade até o esforço do cliente no relacionamento com a empresa.

“Esses indicadores funcionam com base em metodologias de mercado voltados para o levantamento e análise de dados e são fundamentais para acompanhar o andamento da esteira de atendimento e identificar gaps e extrair insights de negócios”, detalha Veronica Fabio, diretora de Planejamento da Atento. “As empresas que desejam se destacar no mercado e alavancar seus negócios precisam investir em métricas para experiência do cliente”. Essa necessidade foi intensificada pela ampliação do poder do consumidor e, é claro, da transformação digital.


Hoje, o encantamento do cliente precisa ser ágil e resolutivo, e os KPIs precisam corresponder a isso. Portanto, aspectos como agilidade, cordialidade, acessibilidade e recomendação devem ser considerados, além de outras métricas que estejam alinhadas com as metas de negócios, com os ideais de cada empresa, dentro de cada mercado específico.

Para alcançar resultados verdadeiros, é preciso que a empresa tenha consciência dos objetivos que busca, de forma estratégica. Além disso, é necessário investir em iniciativas que melhorem a jornada do cliente, acompanhando o desempenho dessas ações como um todo. Como explica a executiva, dessa forma é possível garantir que os padrões de qualidade estabelecidos sejam cumpridos.


Dos dados à tomada de decisão

Mais do que monitorar dados e informações, é preciso estruturá-los e disseminá-los pela empresa, para que eles orientem decisões de negócio. Verônica explica que alcançar esse patamar é uma missão complexa. Na relação com as empresas-clientes, a Atento considera que, para ter uma visão que vá além do operacional, é fundamental conhecer a fundo organização – desde as metas delas até as tendências da indústria em que está inserida. “É preciso estruturar um diagnostico detalhado, abordar melhorias e estar atento a novos insights”.

“Aqui na Atento, conhecemos nossos clientes, identificamos oportunidades com um olhar direcionado ao consumidor”, diz. “Com isso, conseguimos estruturar e propor a melhor jornada de relacionamento com o cliente do nosso cliente”. Esse trabalho é realizado por equipes altamente capacitadas de consultores de Customer Experience (CX), que realizam o mapeamento completo da jornada do cliente final e indicam os melhores processos para uma experiência melhor e mais otimizada da marca, maximizando retenção, resolutividade, conversão em vendas e uma visão completa dos consumidores.


Dos KPIs aos resultados

Veronica Fabio, diretora de Planejamento da Atento, explica como utilizar os dados para obter insights e orientar tomadas de decisão

1. Defina metas para cada indicador
Cada KPI deve estar orientado a objetivos da empresa. A partir disso, é possível traçar um plano de trabalho, que envolve diversas áreas da organização. Esse planejamento é importante para identificar oportunidades de melhoria e corrigir rotas com revisão de processos, capacitação, soluções etc.

2. Acompanhe a evolução do KPI
Mais do que criar um indicador, é fundamental acompanhar e controlar de perto a evolução dele. Dessa forma, é possível ampliar resultados e alcançar o objetivo estabelecido. “Acompanhar, entender e tratar os desvios são os passos chave para o sucesso”, afirma Veronica. “Os problemas nunca são os mesmos, por isso, é preciso haver acompanhamento”.

3. Domine a informação e corrija a rota
“É preciso ter em mente que quem tem o domínio da informação sai na frente”, defende Veronica. Em um cenário em que há muitas informações disponíveis, o desafio é transformá-los em conhecimento organizado e estruturado. Assim, torna-se possível corrigir a rota no tempo adequado e garantir agilidade na tomada de decisão.

Fonte: Consumidor Moderno