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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 06 de maio de 2025 às 15:26


Mesmo diante da dominância de gigantes como Walmart e Amazon, cinco empresas brasileiras conquistaram espaço entre as 250 maiores varejistas do mundo, segundo a edição mais recente do relatório Global Powers of Retailing, da Deloitte. O estudo, que classifica as 250 maiores varejistas do mundo com base na receita anual, destaca a atuação global e a resiliência de marcas brasileiras em um cenário competitivo e marcado por transformações no comportamento de consumo.

O levantamento analisou o desempenho de empresas de diversos segmentos do varejo, como supermercados, eletrônicos, vestuário e e-commerce. Entre os destaques do estudo, está a capacidade das companhias que integram o ranking em manter relevância mesmo diante de desafios econômicos globais, mudanças tecnológicas e novas exigências dos consumidores.

As brasileiras que integram o ranking são Assaí (92º lugar), Magazine Luiza (156º), Raia Drogasil (169º), Casas Bahia (205º) e Natura (214º). Todas adotaram estratégias voltadas a bens essenciais, digitalização de canais e competitividade nos preços — fatores considerados determinantes para o desempenho no período analisado.

Participação inédita e foco em eficiência

O Assaí aparece com a melhor colocação já alcançada por uma empresa brasileira no ranking, reflexo do modelo de atacarejo, da rápida expansão de lojas e do foco em preços acessíveis. Em 2024, a empresa reportou lucro líquido de R$ 769 milhões e receita de R$ 73 bilhões — avanços de 8,3% e 11%, respectivamente, na comparação com o ano anterior.

A Raia Drogasil também se destacou pelos resultados. A companhia registrou lucro ajustado de R$ 1,3 bilhão e receita de R$ 38 bilhões, com crescimentos de 16% e 14%. A estratégia baseada em capilaridade, conveniência e digitalização contribuiu para o bom desempenho.

No caso do Magalu, a presença no ranking é resultado de mais de uma década de investimentos em inovação. Desde a criação do Luiza Labs, em 2012, a companhia vem integrando tecnologia, logística, marketplace e serviços financeiros, com forte atuação via aplicativo e uso intensivo de dados para melhorar a jornada do consumidor.

A Casas Bahia retorna ao ranking mesmo após o pedido de recuperação judicial em 2023. A empresa iniciou um processo de reestruturação e conseguiu reduzir o prejuízo em 54,8% no último trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior, sinalizando um início de recuperação operacional.

Já a Natura se mantém entre as maiores varejistas do mundo com uma proposta de valor voltada à sustentabilidade e inovação. Mesmo enfrentando desafios nas operações internacionais da Avon, a companhia preserva seu posicionamento como marca de propósito, um diferencial relevante no cenário atual.

Varejo brasileiro amplia presença global

Segundo Paulo de Tarso, sócio da Deloitte, o aumento no número de representantes do Brasil — que no ano anterior era de apenas três empresas — reflete um movimento estratégico das companhias nacionais. “Essas empresas conseguiram aliar eficiência operacional com responsabilidade social e sustentabilidade, fatores cada vez mais valorizados globalmente”, afirmou.

O relatório aponta ainda que 65,5% da receita das 250 empresas listadas vieram de categorias consideradas essenciais, como alimentação, saúde e higiene. Embora América do Norte e Europa ainda concentrem 83% das companhias presentes no ranking, países como Brasil, Índia e Indonésia começam a ganhar espaço, sinalizando uma crescente diversificação geográfica na liderança do varejo global.

Fonte: Ecommerce Brasil
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 06 de maio de 2025 às 15:24
Mesmo com alta de 0,43% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) em abril, a prévia da inflação, o comércio eletrônico projeta crescimento nas vendas para o Dia das Mães. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o setor deve movimentar R$9,73 bilhões no período que antecede a data comemorativa, uma alta de 14,5% em relação aos R$8,48 bilhões registrados no mesmo intervalo de 2024.

A expectativa é que o e-commerce registre 16,7 milhões de pedidos, com um ticket médio estimado em R$579. No ano passado, o volume foi de 15,97 milhões de pedidos, com ticket médio de R$531,13. Considerando o índice inflacionário, o crescimento real projetado para o período é de 4,9%.

Consumo digital reforçado pela conveniência e estratégia antecipada

A data tem ganhado relevância no calendário do varejo digital e já se consolidou como uma das principais ocasiões para o aumento de vendas no comércio eletrônico. Moda, perfumaria, eletroportáteis, eletrônicos, flores e joias figuram entre os produtos mais procurados pelos consumidores.

Para o presidente da ABComm, Mauricio Salvador, a praticidade do ambiente digital, os prazos de entrega mais curtos e a possibilidade de comparação de preços seguem como fatores decisivos para a escolha do canal online. “O e-commerce se fortaleceu como canal de compras para presentes. A expectativa é positiva e mostra que o setor deve manter a trajetória de crescimento, mesmo em um cenário econômico desafiador”, afirma.

A ABComm também destaca a importância da antecipação das campanhas promocionais e do fortalecimento logístico como estratégias para impulsionar os resultados. A recomendação é que os lojistas se preparem com antecedência para atender à demanda de forma eficiente e garantir uma boa experiência de compra.

Mesmo com os valores pressionados pela inflação, a entidade mantém a previsão de crescimento do setor em 2025. Nos 12 meses encerrados em abril, o IPCA-15 acumulou alta de 5,49%, acima dos 5,26% registrados no mês anterior.

Fonte: Ecommerce Brasil