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Tecnologia & Inovação Postado em segunda-feira, 18 de março de 2024 às 11:11
 
À medida que modelos de linguagem como ChatGPT e Gemini inauguraram uma nova era de IA no Vale do Silício, as maiores empresas de tecnologia do mundo estão olhando para o futuro da biologia digital.
Desde 2021, US$ 7.7 bilhões foram investidos em startups de descoberta de medicamentos a partir de IA, segundo a Pitchbook.

Enquanto o CEO da Nvidia, Jensen Huang, observava a plateia na conferência de saúde do JPMorgan, o maior evento de tecnologia em saúde do ano, ele reconheceu que estava em um território desconhecido. “Vocês não são meu público normal”, disse durante um bate-papo com a Recursion, empresa de descoberta de medicamentos que recebeu US$ 50 milhões da Nvidia em 2023.

A audiência pode não ter sido parte de seu público-alvo principal, mas ele espera que isso mude. Repetidas vezes, Huang promoveu a biologia digital como a “próxima revolução incrível” da tecnologia.

Enquanto o boom da IA varreu o Vale do Silício, a Nvidia construiu um negócio de mais de US$ 60 bilhões por ano e, no verão passado, se tornou uma das poucas empresas com o valor de mercado na casa do trilhão. Na saúde e biotecnologia, ela vê mais oportunidades para impulsionar seu crescimento.

“Foi declarado que seremos o próximo negócio bilionário da Nvidia”, disse Kimberly Powell, vice-presidente de saúde da companhia, à Forbes. Ela afirmou que a empresa visa fornecer chips, infraestrutura em nuvem e outras ferramentas para mais empresas de biotecnologia.

Agora que modelos de linguagem como o ChatGPT, da OpenAI, e o Gemini, do Google, tornaram a IA generativa mais comum, várias das maiores empresas de tecnologia do mundo estão voltando sua atenção para a biotecnologia como a próxima fronteira em inteligência artificial.

Na Nvidia, a maior parte dos investimentos na divisão de Venture Capital foram em descoberta de medicamentos. Na DeepMind (laboratório de IA do Google), o modelo AlphaFold, ferramenta para prever estruturas de proteínas, tem sido usado por pesquisadores acadêmicos ao longo do último ano para desenvolver uma “seringa molecular” para injetar medicamentos diretamente nas células.

O interesse em biotecnologia é abrangente na indústria: Microsoft, Amazon e até Salesforce têm projetos de design de proteínas também.

Embora o uso da IA na descoberta de medicamentos não seja exatamente uma novidade — a DeepMind apresentou o AlphaFold pela primeira vez em 2018 — executivos da DeepMind e da Nvidia disseram à Forbes que este é um momento de avanço, graças à confluência de três coisas: a massa de dados em treinamento disponíveis, a explosão de recursos computacionais e avanços nos algoritmos. “Os três ingredientes estão aqui pela primeira vez”, disse Powell. “Isso não era possível há cinco anos.”


A importância da biotecnologia

A IA tem muito potencial na biotecnologia por causa de sua grande complexidade — basta ver o problema que o AlphaFold visa. As proteínas são a máquina básica do seu corpo, gerenciando uma ampla variedade de funções. Toda proteína é composta por uma sequência de aminoácidos, e as interações entre esses aminoácidos e o ambiente externo determinam como a proteína “dobra” — o que dita sua forma final. Ser capaz de prever a forma de uma proteína com base em suas sequências de aminoácidos é de suma importância para empresas de biotecnologia, que podem usar essas informações para projetar desde novos medicamentos até plásticos biodegradáveis.

Aqui é onde a aprendizagem profunda entra em jogo: treinar modelos de IA em centenas de milhões de sequências de proteínas diferentes e suas estruturas subjacentes ajuda esses modelos a descobrir padrões na biologia sem necessariamente precisar fazer os cálculos caros que eram necessários.

Simular proteínas requer recursos computacionais tão intensos que instituições projetaram e construíram supercomputadores especificamente para lidar com isso, como é o caso do Anton 2, feito pelo Pittsburgh Supercomputing Center.


O boom das startups de medicamentos a partir de IA

O boom da tecnologia para descoberta de medicamentos não está vindo apenas das gigantes do setor. Desde 2021, US$ 7.7 bilhões foram investidos em startups de descoberta de medicamentos a partir de IA, segundo a Pitchbook.

Em um relatório publicado no início deste mês, a empresa de análise de dados observou que ainda há um forte nível de entusiasmo “por empresas iniciantes que integram IA na descoberta e desenvolvimento de medicamentos”. O surgimento da IA generativa também despertou esse interesse crescente, disse David Baker, diretor do Instituto de Design de Proteínas da Universidade de Washington.

“Isso sempre foi uma espécie de coisa lunática, fora do mainstream”, disse Baker. Agora, ele disse, “todo mundo está falando sobre isso”. Desde a fundação do Instituto de Design de Proteínas em 2012, mais de 20 startups foram criadas a partir do programa, disse Baker. Dez delas, incluindo a Archon Biosciences, que desenvolve nanomateriais para medicina regenerativa e câncer, surgiram nos últimos anos.

Na DeepMind, a pandemia de Covid-19 fez com que os pesquisadores realmente entendessem as consequências de suas pesquisas. Eles trabalharam por quase 5 anos para desenvolver o AlphaFold, e enquanto estavam retratando o modelo para sua segunda geração, o mundo inteiro começou a se abrigar por causa de um vírus misterioso. “Isso trouxe para casa a importância do problema”, disse Pushmeet Kohli, vice-presidente de ciência da DeepMind, à Forbes.

Várias outras gigantes da tecnologia têm seus próprios esforços no campo de dobramento de proteínas.O resultado da pesquisa da DeepMind foi o AlphaFold 2, um modelo inovador que podia prever com tanta precisão as estruturas de proteínas que os organizadores do CASP, uma competição de pesquisa mundial para dobramento de proteínas, enviaram um e-mail perguntando se a empresa de alguma forma trapaceou, recordou Kohli, rindo.

O esforço foi tão promissor que Demis Hassabis, cofundador, criou uma empresa separada na Alphabet com base nos avanços do AlphaFold. Chamada Isomorphic Labs, a startup foca na descoberta de medicamentos e é liderada pelo próprio Hassabis. Apenas este ano, por exemplo, a Isomorphic Labs fechou acordos de pesquisa com a Lilly e a Novartis, coletivamente valendo quase US$ 3 bilhões se todos os marcos forem alcançados — e isso não inclui royalties de vendas de medicamentos potenciais.

Em 2022, a Nvidia lançou o BioNeMo, uma plataforma de IA generativa que ajuda os desenvolvedores a acelerar o treinamento, a implantação e a escalabilidade de grandes modelos de linguagem para descoberta de medicamentos. Na Nventures, a divisão de capital de risco da fabricante de chips, 7 dos 19 negócios da unidade são de startups de descoberta de medicamentos a partir de IA, incluindo Genesis Therapeutics, Terray e Generate Biosciences.

“A indústria de design assistido por computador criou a primeira empresa de chips de US$ 2 trilhões”, disse Powell, referindo-se à Nvidia e sua ascensão estratosférica ao longo do último ano. “A indústria de descoberta de medicamentos assistida por computador também pode construir a próxima empresa farmacêutica de trilhões de dólares. É por isso que estamos investindo da maneira que estamos”, acrescentou.

Várias outras gigantes da tecnologia têm seus próprios esforços no campo de dobramento de proteínas. No ano passado, a Salesforce estreou o ProGen, um modelo de IA para geração de proteínas, e a Microsoft lançou o EvoDiff, um modelo semelhante, mas de código aberto. A Amazon também lançou ferramentas de dobramento de proteínas para o SageMaker, sua plataforma de aprendizado de máquina da Amazon Web Service (AWS). Até mesmo a ByteDance, empresa-mãe do TikTok, parece estar recrutando equipes de ciência e design de medicamentos, relatou a Forbes em janeiro.


Os desafios no caminho

Apesar da promissora promessa de descoberta de medicamentos com a ajuda de inteligência artificial, existem contratempos. São necessários anos de pesquisa para que eles cheguem ao mercado.

Em alguns casos, as dificuldades associadas à descoberta de remédios fizeram com que grandes empresas de tecnologia abandonassem essa pesquisa. Em agosto passado, a Meta, empresa-mãe do Facebook, fechou sua equipe de dobramento de proteínas.

Um gargalo importante no qual as empresas de tecnologia precisarão se concentrar é ter dados de treinamento suficientes. Modelos fundamentais mais novos, como o GPT, dependem de aprendizado por reforço, um método em que os algoritmos podem processar informações não rotuladas por tentativa e erro. Isso os torna ainda mais dependentes de dados de alta qualidade, disse Anna Marie Wagner, chefe de IA da empresa de biologia sintética Ginkgo Bioworks à Forbes.

No verão passado, sua empresa entrou em uma parceria estratégica de cinco anos com o Google Cloud para combinar sua expertise em IA com a capacidade do Ginkgo de gerar rapidamente dados biológicos em seus laboratórios automatizados.

Fonte: Forbes
Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 18 de março de 2024 às 11:07


O comércio eletrônico não para de prosperar. Para se ter uma ideia, de acordo com uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, 70% dos consumidores pretendem continuar comprando pela internet. E não para por aí! Conforme divulgado pela Worldpay from FIS, no relatório Global Payments Report, as vendas do e-commerce no Brasil devem avançar 95% até 2025.

Fique por dentro de sete tendências que estão chegando para dominar o comércio eletrônico esse ano e saiba como preparar seu negócio para conquistar ainda mais consumidores.

Para surfar na onda sem perder as oportunidades que o e-commerce vem trazendo, é preciso ficar de olho nas tendências. Pensando em te ajudar nessa empreitada, reunimos neste conteúdo, algumas tendências que vão movimentar o e-commerce em 2024. Afinal, assim fica muito mais fácil criar um bom planejamento estratégico e alavancar seus resultados!


1. Pagamentos via Pix 

A praticidade é essencial quando o assunto é proporcionar boa experiência de compra, inclusive no que se diz respeito aos métodos de pagamento. Atualmente, o Pix vem sendo uma ótima opção para os consumidores e os e-commerces.

Só na Black Friday 2023, de acordo com levantamento da Confi.Neotrust, essa categoria de pagamento somou 30,7% das compras durante o evento. Tal sucesso se explica pela compensação imediata das transações por Pix, assim como ao uso da modalidade de pagamento como uma estratégia promocional pelos varejistas.


2. Omnichannel

Por mais que 46% dos consumidores preferiram fazer compras online, outros 36% não abrem mão da loja física pela virtual, de acordo com um relatório do Opinion Box. Nesse cenário, entra o ominichannel, unindo o melhor dos dois mundos. 

De modo resumido, o conceito de omnichannel nada mais é do que a integração de diferentes canais de venda e comunicação e, dessa forma, criar uma jornada de compra mais personalizada. O principal objetivo é garantir que a marca se faça presente em todos os canais que o seu público-alvo costuma acessar. Por esses e outros motivos, o varejo omnichannel é uma tendência que tem se consolidado ano após ano, principalmente no cenário pós-pandemia. 

Para entregar essa experiência mais prática e fluida entre o online e o offline, os comércios estão criando soluções como a prateleira infinita e a modalidade de entrega Click & Collect. Com essas opções, fica muito mais fácil oferecer mais flexibilidade para o consumidor e, consequentemente, driblar a perda de vendas.


3. Social commerce

Cada vez mais, as redes sociais, como Instagram e Facebook, exercem grande influência na decisão de compra dos consumidores. Prova disso é um estudo da Bornlogic que mostra que 65% das pessoas costumam pesquisar seus produtos de interesse nas redes sociais e 2que 6% usam esses mesmos canais para fazer compras. 

Com base nesse cenário, criou-se o social commerce, que tem como objetivo a formação de ambientes colaborativos, permitindo que esses usuários possam ter mais proximidade com a marca, compartilhar opiniões e avaliações e, claro, comprar com praticidade.


4. Compras diretas pelo celular ou mobile commerce

A facilidade de fazer compras pelo smartphone fez com que esse método se popularizasse. Para se ter uma ideia, de acordo com estimativa da Insider Intelligence, o mobile commerce tende a alcançar quase US$ 620,97 bilhões até este ano, o que corresponde a 42,9% de todas as vendas realizadas no comércio virtual.

Para se adaptar a essa tendência, a melhor alternativa é vender em lojas virtuais que tenham um design responsivo. Afinal, quem compra via smartphone precisa encontrar e comprar itens na loja virtual com a mesma rapidez e facilidade que o usuário de desktop.


5. Prazos de entrega cada vez menores

A busca por lojas e aplicativos que oferecem prazos de entrega cada vez menores está em alta pelos consumidores. Afinal, o prazo de entrega é um dos fatores decisivos para a compra online.

Para atender esses consumidores, a modalidade de entrega no mesmo dia está ainda mais em alta. Além de ser oferecida por grandes varejistas, como marketplaces e apps de delivery, a tendência é de que mais e mais e-commerces sejam adeptos da estratégia.


6. Marketplaces

Populares entre quem compra online, os marketplaces são tendências que ganham espaço no e-commerce. 

Essa é uma opção que funciona como um grande shopping virtual, apresentando-se como uma possibilidade de começar as vendas online com menor investimento inicial, público diversificado e maiores oportunidades de vendas.

Para se ter uma ideia, em pesquisa do Opinion Box, 90% dos entrevistados disseram fazer compras em marketplaces. Isso indica que a alta procura por produtos nos marketplaces tem aumentado a quantidade de empreendedores que buscam administrar ou vender nessas plataformas.


7. Cashback

O dinheiro de volta é a alegria dos consumidores. O cashback funciona como um sistema que devolve uma parte do valor da compra ao consumidor. A devolução pode ser feita em forma de créditos ou depósito em conta bancária.

Quem vende online pode oferecer o cashback em sua loja virtual por meio do Ame Digital, por exemplo, que é uma estratégia presente em grandes marketplaces. 


Fique de olho nas tendências de mercado

O melhor caminho para impulsionar os resultados do seu negócio, tanto no digital quanto no físico, é ficar sempre atento àquilo que movimenta o mercado para atender à demanda dos consumidores. Afinal, quanto mais rápido seu negócio se adapta, mais chances ele tem de alcançar novos clientes e continuar alcançando resultados positivos.

Um exemplo recente que movimentou vendas em todo o Brasil foi o lançamento do hidratante labial Carmed Fini. O sucesso no TikTok e no Instagram fez com que a linha esgotasse nos principais pontos de vendas. 

De acordo com Karla Felmanas, presidente da Cimed, o faturamento da empresa foi de R$ 400 milhões somente com os produtos Carmed, uma alta de 1.566% em relação aos R$ 24 milhões registrados no ano anterior!

Ou seja, quem investiu na venda desse produto, além de atender à expectativa dos consumidores que buscavam pelo item que era a sensação do momento, de quebra, pôde lucrar com a alta demanda. 

Por isso, se você quer ter sucesso no mundo do e-commerce, é essencial estar de olho nos produtos que mais vendem na internet e nas tendências do momento. Desde a pandemia, transformações intensas marcaram a história do varejo e os hábitos de consumo de toda uma sociedade, logo, tais mudanças continuarão influenciando diretamente nas compras online. 

Então, para empreendedores que desejam se destacar no mercado, o conselho é acompanhar as tendências do e-commerce e estarem sempre prontos para atender às necessidades do público. Afinal, essa é a melhor forma de manter o seu negócio relevante e impulsionar seus resultados.

Fonte: Ecommerce Brasil