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Estratégia & Marketing Postado em segunda-feira, 15 de abril de 2024 às 09:56
 
Para a Geração Z, as músicas representam um retorno a tempos mais simples, e a nostalgia pode impactar a curadoria de grandes festivais. 

Você já parou para pensar quanto tempo passa escutando música por dia? É provável que não. A relação da nossa sociedade com a música evoluiu bastante com o tempo. Antigamente, o acesso era limitado e, para ouvir uma canção, as pessoas se reuniam na casa de alguém, geralmente em volta de uma vitrola e depois de um rádio, para que pudessem desfrutar daquele momento juntos. A música era elitizada, principalmente pelo alto investimento em equipamentos de áudio ou nos próprios discos.

Hoje em dia, ouvir música é muito mais simples e rápido, não sendo necessário ter o CD físico e muito menos o álbum de vinil para colocar para tocar em algum aparelho de som. A música está a apenas um click no seu celular e até mesmo no computador. Com os streamings musicais, a vida de quem gosta de ouvir música diariamente tornou-se bem mais prática.

Streamings como Spotify serviram como grandes democratizadores da música, sem contar a potencialização de artistas fora do radar das grandes gravadoras que puderam ter seus trabalhos descobertos, mesmo sem que milhares de reais fossem investidos para isso. Esse processo ajuda a descentralizar o poder da indústria fonográfica e consequentemente seu monopólio.

A música move culturas e podemos perceber a sua grande influência na Geração Z, que são as pessoas entre 13 e 27 anos. Também é possível notar a mobilização que gera nas redes sociais com ‘eventos’ como o Spotify Wrapped (retrospectiva do Spotify), por exemplo, que virou uma sazonalidade importante, trazendo as músicas mais ouvidas por cada usuário do streaming do mundo todo.

Essa retrospectiva foi um grande acerto e surgiu diante do fato de que milhares de pessoas não passam um único dia sem ouvir pelo menos uma canção que gostam muito, a favorita do momento ou aquela ‘chiclete’ que não sai da cabeça por nada. Foi uma oportunidade de mostrar o que foi escutado ao longo do ano, o que é positivo. Inclusive, a GenZ é um dos nichos que consome muita música, de variados gêneros.

De acordo com dados do relatórioCulture Next, feito pelo Spotify, serviço de streaming de música mais popular e usado do mundo, a Geração Z foi a que teve um crescimento mais acelerado em número de streamings de músicas e podcasts mundialmente na plataforma. Foi um aumento de 76% no primeiro semestre de 2023 em relação a 2022 e a tendência é que 2024 supere esse número.


Nostalgia

No entanto, engana-se quem acredita que a GenZ ouve apenas os hits do momento, muito pelo contrário. Desde o ano de 2020, a tendência é uma onda de viralização de músicas nostálgicas entre os mais jovens, como por exemplo de artistas como a Madonna e a banda Green Day – ambos ganharam destaque nas principais trends do TikTok por um período. E por que será que isso acontece?

Uma forte característica da GenZ é conseguir resgatar coisas antigas, neste caso as músicas, e fazer com que fiquem em alta de novo. Esse movimento está diretamente ligado ao fenômeno da diferenciação, que funciona quando as pessoas querem a todo custo se diferenciar da comunidade em que estão inseridas e fazem isso por meio do que estão consumindo.

Essa diferenciação pode ser do seu grupo de amigos, da sua cultura local e do espaço que você ocupa. E para fazer isso com maestria é necessário buscar referências em outras épocas, que existiram antes de você. É uma espécie de processo de resgate, para poder dizer frases assim: “Eu não ouço o que está tocando na rádio agora, mas sim o que meus pais escutavam na época deles”.

Isso permite que a Geração Z forneça um novo sentido para a palavra ‘nostalgia’, pois enquanto os Millennials sentem saudade da época em que viveram, o pessoal da GenZ reinventa o sentimento, vendo a época passada sob uma ótica totalmente atual, em busca de inspirações para que possam mesclar o ‘antigo’ com o ‘novo’, assim criando algo diferente do padrão.

Novamente citando um estudo do Spotify, foi confirmado que cerca de 69% da Geração Z no Brasil gosta de ouvir e ver conteúdo de décadas passadas porque lembra o tempo em que as coisas eram mais simples. Ou seja, aliado à vontade de mostrar que são autênticos, a GenZ também busca uma sensação de conforto e pertencimento, diante de tantas incertezas do mundo atual.

Além disso, o consumo dessas novas gerações é capaz de gerar uma grande influência na curadoria de atrações dos festivais de música. E quando algumas marcas conseguem entender isso, colocam a Geração Z em um lugar de protagonismo, possibilitando uma conexão maior com os consumidores. Aliás, a decisão de patrocinar festivais e entrar mais profundamente nesse universo faz com que o laço com a marca se fortaleça.

Diante deste comportamento, fica evidente como a música possui o poder de mover as narrativas e está presente em diferentes momentos da nossa jornada, sejam bons ou ruins. E com o aumento do acesso e também a democratização que foi trazida pelos streamings, esse movimento da Geração Z de se expressar por meio de música que ouve se intensificou ainda mais.

Fonte: Consumidor Moderno
Gestão & Liderança Postado em segunda-feira, 15 de abril de 2024 às 09:52


Para gerar maior satisfação no trabalho, iniciativas de companhias incluem pacotes de benefícios personalizados e apoio à saúde mental. 

Há quem diga que benefícios corporativos são sinônimo de felicidade. Não só porque o sentimento valida o direito à alimentação, uma das maiores conquistas dos trabalhadores brasileiros, mas também porque há uma ligação direta com família, relações sociais, almoço com colegas de trabalho em um restaurante mais descolado. Quem nunca se empolgou com a frase “o vale-refeição caiu”? 

É muito comum os profissionais de RH batalharem por benefícios com valores mais altos. Eles estão certos, pois sabem que esse é um dos itens do pacote de remuneração que mais geram satisfação e engajamento de colaboradores. 

A equação é bem interessante: quanto mais o negócio gera resultados, melhores são os pacotes de benefícios oferecidos aos profissionais; e quanto melhores forem os pacotes de benefícios oferecidos aos profissionais, maior o retorno no pacote de remuneração total.

“Vamos imaginar uma indústria que supera suas metas de vendas. Consequentemente, produz mais e melhor e gera mais lucro. Parte dos lucros são revertidos para melhorar o pacote de benefícios. Esse engajamento se traduz em vendas melhores, campanhas de marketing melhores, contratações ampliadas, novas posições na produção. Torna-se um ciclo de sucesso onde todos ganham”, afirma Luiz Louzada, Diretor Comercial Corporate da Pluxee no Brasil.

É claro que há uma expectativa, por parte dos trabalhadores, de que o pacote de benefícios oferecido pela empresa acompanhe as transformações do mercado e da sociedade. A satisfação dos funcionários nunca esteve tão evidenciada como nas últimas décadas. Muitas oportunidades, como flexibilidade de benefícios, mobilidade, pacotes para trabalhos híbridos, reconhecimento, entre outros, se tornaram pontos centrais de discussão e adaptação dentro das organizações.

“Entretanto, antes de definir o pacote de benefícios, é fundamental identificar o perfil do time e mapear as suas reais necessidades, que podem variar dependendo da força de trabalho. Um dos caminhos que abrem portas para solucionar quase tudo dentro de uma corporação é ouvir os colaboradores. Com as demandas em mente, o gestor tem mais facilidade para definir os benefícios ideais para o público interno”.


Como alcançar o engajamento de colaboradores     

De acordo com Luiz Louzada, o mercado de trabalho está em constante transformação, assim como os desejos dos colaboradores. Hoje, o olhar humanizado e o entendimento de que a vida profissional e pessoal não se separam já é algo muito disseminado entre as empresas e, cada vez mais, os trabalhadores querem ser vistos e valorizados como indivíduos.

“O engajamento no trabalho também está ligado às questões pessoais, reforçando a importância do interesse genuíno das empresas nas reais necessidades de seus profissionais. Cabe a elas apoiá-los com seus objetivos, ajudá-los em seus desafios, celebrar suas conquistas e valorizar seu trabalho”, diz. “É fundamental que toda a liderança das organizações mantenha uma escuta ativa aos desejos de seus colaboradores, assim como dores e anseios. Só assim é possível entregar a melhor solução e manter os profissionais realizados e engajados”. 


Empresas e funcionários só tendem a ganhar

Colaboradores engajados produzem mais, vendem mais, são mais criativos em suas entregas, proativos para oferecer o melhor trabalho e solução, resilientes com as adversidades e até buscam investir em seus conhecimentos para aprimorá-los. Uma pesquisa da Harvard Business Review revelou que colaboradores satisfeitos são 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e 300% mais inovadores.

“O engajamento está diretamente ligado à satisfação no trabalho, o que aumenta a retenção de talentos e, inclusive, os torna defensores ou embaixadores da empresa, propagando-a positivamente e colaborando para a marca empregadora”.
E para os colaboradores, quais os pontos positivos? O engajamento do trabalhador pode levar ao crescimento profissional, a melhores resultados e aprendizados, atingimento rápido de metas e, por isso, maior visibilidade dentro da empresa.

Ademais, com esse aumento do rendimento, os lucros da organização podem ser revertidos em melhorias no pacote de benefícios e/ou remuneração, sendo um ciclo que favorece a todos. “Este engajamento também está diretamente relacionado à felicidade. Um colaborador feliz é um colaborador engajado e vice-versa”. 


Benefícios em constante evolução

O setor de benefícios é diretamente impactado pela evolução do mercado de trabalho. Basta avaliar os últimos anos, em que formatos de trabalho foram consolidados. 

Aliás, o cuidado com a saúde mental do profissional já se tornou um dos benefícios com maior aderência e que mais agregam vantagens tanto para o colaborador quanto para a empresa. Na última década houve uma aceleração na procura de serviços que proporcionassem aos colaboradores um complemento voltado à saúde mental. O trabalho e a vida pessoal estão totalmente interligados e exercem impactos positivos e negativos um sobre o outro.

Por exemplo, uma pessoa que passa por um problema financeiro na família. Mesmo que saiba lidar com isso, o tema pode afetar o seu desempenho profissional. 

“Quem nunca teve uma questão pessoal que interferiu no trabalho? Somos seres humanos e, em algum momento, vamos precisar de ajuda para equilibrar tudo. Os RHs já se atentaram a isso e passaram a buscar serviços que auxiliem seus profissionais ao mesmo tempo em que mantém o sigilo necessário para tratar o tema”.

E falando em isolamento social, a revolução nos modelos de trabalho, principalmente na adesão aos formatos híbrido e remoto, provocou mudanças rápidas e sólidas nos tipos de benefícios oferecidos aos colaboradores. Novas opções surgiram, como benefícios voltados a home office, mobilidade e premiações.

Uma recente pesquisa da Pluxee que apontou que 95% dos trabalhadores acreditam ser importante contar com um benefício de auxílio home office quando o trabalho é híbrido, totalmente home office e anywhere office. A constatação confirma que um bom pacote de benefícios tem mais valor percebido e real do que a remuneração propriamente dita, além de ser determinante na busca por novos desafios.  


Satisfação é sinônimo de produtividade     

Mais do que engajamento de colaboradores, muito se fala hoje sobre a felicidade no trabalho, advinda do bem-estar, da saúde e em valorizar o que realmente importa para os funcionários. 

Em um país que ocupa o quinto lugar no ranking mundial da depressão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o assunto está e deve ser cada vez mais disseminado e cabe às empresas tornar o conceito uma realidade.

Tão importante para a saúde do negócio quanto o engajamento é a felicidade do trabalhador. De acordo com o Wall Street Journal, colaboradores felizes tiram dez vezes menos dias de descanso por doenças. 
Já um outro estudo realizado pela Universidade de Oxford chegou à conclusão de que os trabalhadores são 13% mais produtivos quando estão felizes.

Fonte: Consumidor Moderno