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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 15 de abril de 2025 às 14:38


As exportações da China cresceram 12,4% em março, impulsionadas pela antecipação de embarques devido às tarifas de importação dos EUA, mas desafios persistem.

As exportações da China registraram um aumento significativo de 12,4% em março, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse crescimento reflete, em parte, a antecipação de embarques de produtos devido às tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos. A medida, anunciada pelo presidente Donald Trump, gerou um aumento inesperado nas exportações, superando a previsão dos analistas de uma alta de apenas 4,4%. Essa estratégia das fábricas chinesas, de enviar mercadorias antes da implementação das tarifas, evidenciou um movimento de preparação para as mudanças no cenário da guerra comercial EUA-China.

Impacto das Tarifas de Trump nas Exportações da China

O aumento das exportações da China em março foi impulsionado pela antecipação de embarques antes do aumento das tarifas de importação dos EUA. As novas taxas, que chegaram a 10% em fevereiro e foram elevadas em março, afetaram diretamente as transações comerciais entre os dois países. Especialistas afirmam que o aumento de 12,4% nas exportações da China pode não ser sustentável, devido às incertezas causadas pela guerra comercial EUA-China. Isso representa uma fuga temporária, antes que os efeitos das tarifas comerciais se tornem mais evidentes. Essa situação destaca o impacto das tarifas sobre a economia global, que continua a afetar o comércio internacional.

Exportações da China crescem, mas impacto nas importações é menor

Enquanto as exportações da China cresceram, as importações do país caíram 4,3% em março, evidenciando um enfraquecimento na demanda interna. A redução das importações, somada à guerra comercial EUA-China, gera um cenário econômico instável. Apesar do aumento nas exportações, analistas preveem que, nos próximos meses, as vendas externas da China podem cair à medida que os fabricantes e exportadores ajustam suas operações às novas tarifas de importação. A política comercial dos EUA e a intensificação da guerra comercial EUA-China colocam pressão sobre os setores econômicos chineses.

Superávit comercial e desafios futuros

Em março, a China registrou um superávit comercial de US$ 102,64 bilhões, acima das expectativas do mercado. O crescimento das exportações da China pode ser temporário, já que o aumento das tarifas de importação dos EUA deve prejudicar o desempenho do comércio exterior no futuro. Além disso, a disputa bilateral sobre o superávit comercial com os EUA continua a ser um ponto de tensão, com o governo de Trump focado em reduzir o déficit comercial com a China. As tensões sobre a política comercial dos EUA podem afetar ainda mais os investimentos no mercado internacional, que já estão sendo impactados pelas incertezas do comércio global.

Impactos das tarifas a longo prazo

A guerra comercial EUA-China continua a moldar a dinâmica do comércio global. Embora as exportações da China tenham experimentado uma aceleração temporária devido às tarifas comerciais, as perspectivas de longo prazo ainda são incertas. A intensificação das tarifas de importação e a política comercial dos EUA colocam desafios contínuos para a economia chinesa em crescimento e para os investimentos no mercado internacional. As próximas etapas dessa disputa terão grandes repercussões para a economia global, afetando acordos comerciais internacionais e o câmbio nas próximas semanas.

Fonte: Economic News Brasil
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 15 de abril de 2025 às 14:35


A Globo divulgou suas pesquisas mais recentes sobre o comportamento do consumidor nas principais ocasiões comemorativas do primeiro semestre: a Páscoa e o Dia das Mães. Ambas as datas têm enorme apelo emocional, mas também representam oportunidades comerciais relevantes, especialmente para o comércio eletrônico. O que está em jogo não são apenas chocolates e flores, mas o desejo de celebrar vínculos afetivos com mais propósito.

Significados que impulsionam escolhas

Neste ano, 83% dos brasileiros afirmam que vão celebrar a Páscoa, número bem acima do registrado em 2024. A data carrega uma forte conotação simbólica: 55% participam de rituais religiosos e 76% gostariam de ver mais marcas conectadas a esse aspecto. A reunião ao redor da mesa é outro ponto central – 73% enxergam o preparo da refeição como um momento especial de convívio. Receitas com bacalhau, lasanha e churrasco se destacam regionalmente, mostrando como a tradição se adapta a diferentes culturas locais.

No Dia das Mães, o caráter afetivo também predomina. Presentes com significado, embalagens cuidadosas e experiências personalizadas são valorizados. E mais: 75% dos consumidores declararam que centralizariam todas as compras em um só lugar – físico ou digital – se recebessem um bom benefício. Essa disposição por conveniência revela o quanto uma experiência de compra bem estruturada pode influenciar a decisão.

Consumo guiado pela emoção

No universo da Páscoa, a pesquisa aponta que 77% pretendem presentear alguém – com destaque para filhos, parceiros e sobrinhos. Apesar de o chocolate seguir como protagonista, há espaço para inovação. Ovos artesanais, bombons de lojas especializadas, kits temáticos e produtos criativos aparecem com força. E não é só isso: 36% dos brasileiros querem fazer seus próprios ovos, sobretudo entre jovens de 18 a 34 anos. Essa tendência une lazer, criatividade e conexão, e pode ser potencializada por conteúdos digitais e produtos voltados para o “faça você mesmo”.

Além dos presentes, a alimentação ganha destaque. Mais da metade dos entrevistados deve adquirir itens para preparar a refeição de Páscoa, reforçando a oportunidade para mercados, aplicativos e plataformas de delivery apostarem em soluções completas. Vale mencionar que 64% dizem querer reservar tempo para cozinhar com carinho, transformando esse momento em algo mais do que uma simples refeição.

Oportunidade para o e-commerce

Embora a preferência pelas lojas físicas ainda seja significativa, o ambiente online tem espaço para crescer, principalmente quando oferece praticidade. Marketplaces como Amazon, Shopee e Americanas estão entre os canais favoritos para quem vai comprar itens de decoração. Já no setor de alimentos, supermercados e atacarejos seguem liderando, mas há abertura para experiências digitais que entreguem mais conveniência.

No caso do Dia das Mães, o comportamento de compra é marcado pela urgência. Mais da metade dos consumidores escolhe o presente nos 15 dias que antecedem a data – muitos só decidem na última semana. Esse cenário exige agilidade por parte das marcas. Estratégias de retargeting, vitrines dinâmicas, entregas expressas e ações promocionais bem direcionadas, como “monte seu kit”, fazem a diferença.

Diversidade de perfis, comunicação mais inclusiva

A maternidade no Brasil é plural. Segundo os dados, 53% das mulheres se identificam como mães de pets, revelando uma realidade que vai além do modelo tradicional de família. Isso exige campanhas que contemplem diferentes formas de cuidado e afeto – mães solos, avós cuidadoras, madrastas e casais homoafetivos são parte dessa nova narrativa e devem se sentir representados.

Estratégia com significado

O mercado brasileiro é sensível ao preço, mas o fator decisivo nessas ocasiões é a qualidade – e, sobretudo, a capacidade das marcas de oferecer experiências que toquem o emocional. Como já destacou o pesquisador Dan Ariely, os contratos invisíveis criados pelas normas sociais têm poder sobre nossas decisões. Presentear, nesses contextos, ultrapassa o racional: é uma forma de expressar amor, gratidão e conexão.

Por isso, é fundamental que marcas e varejistas estejam preparados para entregar mais do que produtos. Personalização, curadoria relevante, conteúdo inspirador e soluções que reduzam fricções no processo de compra serão determinantes. Quem souber unir conveniência, empatia e criatividade terá vantagem competitiva nessas datas tão carregadas de emoção.

Fonte: Ecommerce Brasil