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Economia & Atualidade Postado em quinta-feira, 12 de outubro de 2017 às 18:33
Desde que assumi meu cargo na Eventbrite no Brasil, há pouco mais de um ano, percebi que o país possui uma diversidade de realidades e esconde diversas oportunidades e se souber procurar perceberá que muitas estão ao seu lado. Primeiro vi que um dos maiores problemas de lançar um negócio aqui é que existem muitos segmentos diferentes, em termos de demografia, necessidades do cliente, infraestrutura, etc. Não é possível olhar para o país como um mercado único, somos obrigados a ajustar a estratégia e o posicionamento dependendo de onde queremos entrar.

Podemos dizer que isso tem um lado positivo, já que é possível começar em uma praça e depois expandir a atuação para outra.

Algumas cidades que têm tamanho suficiente para alimentar um determinado negócio nos proporciona isso. Outro grande desafio aqui é a complexidade tributária, em particular quando o negócio começa a se expandir para diferentes Estados. Isso gera um custo para as empresas e um potencial risco para a sobrevivência de um negócio. Esses fatores podem desanimar quem está começando e não tem todo o respaldo necessário para seguir. Mas ao mesmo tempo percebo que a resiliência é uma característica muito forte nos empreendedores, não só no Brasil, mas em diversos países, e esses “testes” que encontramos pelo caminho conseguem nos mostrar quem realmente conseguirá ter sucesso na sua jornada. Afinal se acreditamos em algo não devemos desistir no primeiro problema que aparecer. Então é imprescindível saber lidar com esses pontos negativos e continuar focado na missão da empresa.

Outro fator importante, que não podemos deixar de lado, é a obsessão com o cliente, em particular com o conhecimento dos seus potenciais parceiros. É fácil focar nossa atenção no produto e esquecer que esse produto tem que ser vendido para alguém. E a única forma de saber como desenvolver um produto de qualidade é conversando com o máximo de potenciais prospects. Pois assim conseguimos perceber se teremos sucesso ou não naquilo que estamos apresentando para o mercado.

Pensando nesses desafios que citei, e que podem desanimar qualquer um que quer empreender, gostaria de deixar aqui algumas dicas para quem criar uma empresa bem-sucedida no Brasil. A primeira é procurar mentores que possam te ajudar a superar os obstáculos que encontrar. Empreender pode ser muito solitário e um bom mentor, que já passou por essa situação, vai ajudar não só no negócio, mas também pessoalmente.

A segunda dica é remover as possíveis distrações que possa encontrar no caminho. Quando começamos um novo empreendimento, todo mundo tenta dar conselho ou pedir algo diferente. Investidores pedem uma coisa, clientes solicitam algo específico e até mesmo alguns mentores recomendam ações diferentes. Como empreendedor, você deve absorver essa informação, mas ter sempre claro qual a sua visão e quais são as necessidades dos seus clientes, são eles que vão pagar pelo seu produto.

E para finalizar, seja muito cuidadoso com as primeiras contratações. As pessoas que você recruta podem criar um time incrível ou quebrar a empresa. É sua decisão saber contratar os profissionais corretos e eu sempre recomendo focar em qualidade em vez de velocidade de contratação.

Por isso, não desista de seus sonhos e tenha sempre ao seu lado pessoas que acreditem neles e entendam os desafios que terão pelo caminho.

Fonte: Administradores
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 10 de outubro de 2017 às 19:14
As exportações brasileiras de calçados avançaram 14,7% em setembro, comparado ao mesmo mês de 2016, para US$ 97,1 milhões. Em volume, a alta foi de 10%, para 11,5 milhões de pares. As informações são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, compiladas pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).

No acumulado de janeiro a setembro, as exportações avançaram 13,4% em valor, para US$ 796,6 milhões, e 1,7% em volume, para 88,4 milhões de pares.

Heitor Klein, presidente da Abicalçados, disse que as exportações podem ter aceleração a partir de dezembro, quando as indústrias começam a embarcar produtos negociados em setembro na feira Micam, de Milão, considerada uma das mais importantes para o setor de calçados globalmente. Ele disse que a feira gerou US$ 40 milhões em vendas para as indústrias brasileiras e ainda há negociações em andamento.

Para Klein, o desempenho das exportações até agora foi "bom, mas não ótimo". "Considerando o que temos até agora, vamos chegar a US$ 1,05 bilhão ou US$ 1,10 bilhão em exportações no ano. É melhor do que foi em 2016, mas não chega aos US$ 2 bilhões que já exportamos no passado", afirmou.

Se alcançar esse desempenho, o aumento das exportações no ano será de 5% a 10% sobre 2016. Em fevereiro, a Abicalçados previa um crescimento para o ano de 4% nos embarques do setor.

Fonte: Abicalçados