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Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 20 de maio de 2024 às 15:21


O estudo reuniu mais de 24 mil consumidores de 22 países.
O e-commerce no Brasil atingiu 10% do varejo total, e a quantidade de compradores pela internet cresceu três pontos percentuais, atingindo 68% da população nacional em 2023 em relação ao ano anterior, conforme concluiu o E-Shopper Barometer, pesquisa anual realizada pelo Grupo Geopost.

O estudo reuniu mais de 24 mil consumidores de 22 países, incluindo o Brasil, para identificar o comportamento do consumidor digital. Ele aponta que os compradores brasileiros receberam, em média, 3,8 encomendas por mês. Eles compraram mais roupas e outros itens de moda (48%), além de calçados, produtos de beleza ou de saúde, empatados com 43%.

O e-commerce continua sendo visto positivamente, como uma maneira de economizar tempo para 79% dos consumidores; para 65%, é uma opção de compra que reduz o estresse se comparado às compras em lojas físicas. É considerado muito conveniente para 53%, mesmo se houver necessidade de devolver alguma compra. Cinco em cada dez dos entrevistados acreditam que conseguem comprar pela internet perto de 100% dos produtos que precisam.


Preferências no recebimento da compra

Quando se trata da entrega das encomendas, 65% consideram importante saber qual a transportadora responsável pela entrega, pois isso traz mais segurança. Além disso, os e-shoppers querem, em ordem de preferência:
receber notificações em tempo real,
ter previsão da hora da entrega,
receber a entrega no mesmo dia,
receber onde ele estiver.
Na sequência vem a preferência por entrega no dia seguinte e por contar com várias opções de entrega, além da possibilidade de reagendar a data de recebimento.

Ser informado sobre o prazo exato de entrega no intervalo de uma hora e poder escolher o dia e horário específicos de recebimento são fatores importantes para 84% dos compradores brasileiros entrevistados.

Em relação à logística reversa, a pesquisa aponta que 7% dos consumidores devolveram sua última compra e, dentre eles, 49% consideraram o processo de devolução positivo, sem esforços. Grande parte das encomendas de volta, ou 74%, foi deixada em um ponto postal; 17% delas foram retiradas em casa por um serviço de courier, e 7%, deixadas em um ponto de movimentações de remessas.


Entregas sustentáveis

A oferta de opções de entregas ambientalmente sustentáveis se mostrou um atrativo para oito em cada dez dos respondentes, enquanto 68% afirmaram que a escolha por alternativas de entregas ecologicamente corretas é importante quando realizam compras online.

O uso de veículos de baixas emissões é a melhor opção para 41% dos consumidores, e 39% responderam que combinar vários produtos para que sejam entregues juntos também é uma opção relevante de entrega sustentável.


Millennials e aficionados

O E-Shopper Barometer também destacou a representatividade dos millennials, nascidos entre a década de 1980 e 1990, no e-commerce brasileiro. Ele constatou que 61% de todas as compras são realizadas por esse público, representando 10,9% de participação média no total de compras online entre todas as categorias de produtos. Os millennials recebem quase 4 encomendas por mês.

Já os aficionados, ou heavy buyers, realizam 54% do total de todas as compras online, o que representa 17,8% de participação média no total de compras entre todas as categorias. Eles receberam 7 encomendas por mês em 2023, de 8 categorias diferentes de produtos, principalmente de beleza e cuidados de saúde.

Fonte: Mercado & Consumo
Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 13 de maio de 2024 às 10:37


Últimas declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, instalaram uma certa incerteza no mercado, que agora aguarda um corte de 0,25 pontos percentuais.

Os mercados internacionais operam majoritariamente em alta nesta quarta-feira, 8. Na Europa, todos os principais índices sobem na abertura da sessão, impactados por balanços positivos. Nos Estados Unidos, os índices futuros operam mistos, em reação a mais uma fala de um presidente local do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) que, na contramão dos anteriores, afirmou que o país precisará manter as taxas de juros onde estão por um “período prolongado”.

Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única, com as principais recuando em meio a preocupações com balanços corporativos e ajustes técnicos. Por aqui, o Ibovespa futuro sobe em dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom).

Copom

Todo o foco do mercado hoje está voltado para o Copom. Desde agosto de 2023, o ritmo de corte da Selic, principal taxa básica de juros da economia brasileira, vem sendo de 0,50 p.p. (pontos percentuais). Entretanto, as últimas declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, instalaram uma certa incerteza no mercado.

Em meados de abril, o presidente foi claro em afirmar que as incertezas na economia do Brasil haviam aumentado. Segundo ele, a maior parte dessa incerteza, que afetou o preço dos ativos no Brasil, decorre da interpretação de que a queda de juros nos Estados Unidos deve ocorrer no fim do ano ou ficar para 2025. E, em menor parte, a piora do ambiente no Brasil decorre da mudança da meta fiscal. Por conta disso, agora, a maioria do mercado aguarda uma redução de 0,25 pontos percentuais.

Balanços


Agenda cheia na temporada de balanços. Após o fechamento da sessão, o mercado acompanha a divulgação de resultados do primeiro trimestre de 2024 de: 3R Petroleum (RRRP3), Banco do Brasil (BBAS3), Braskem (BRKM5), Cogna (COGN3), Copel (CPLE6), Dexco (DXCO3), Eletrobras (ELET3), Energisa (ENGI11), Minerva (BEEF3) e MRV (MRVE3). Além desses, destaques para as varejistas, que reportam hoje, em peso, seus números: Arezzo (ARZZ3), Casas Bahia (BHIA3), Grupo Soma (SOMA3) e Lojas Renner (LREN3).

Antes da abertura, Ambev (ABEV3) já reportou seus resultados. A companhia registrou crescimento no Brasil no volume de vendas consolidado no setor de bebidas não alcoólicas (+6,5%) e de cerveja (+3,6%), o que agradou investidores. Às 6h20 (horário de Brasília), a ação da empresa avançava 5% em Bruxelas. O aumento nas vendas fez a receita líquida de bebidas não alcoólicas subir 14%, enquanto a de cerveja teve crescimento de 4,5%.

Entretanto, a Ambev registrou lucro líquido consolidado de R$ 3,804 bilhões no primeiro trimestre de 2024, queda de 0,4% em relação ao mesmo período de 2023. O lucro líquido ajustado, de R$ 3,817 bilhões, também mostrou um recuo de 0,6% ante o mesmo período de 2023. O Lucro por Ação (LPA) se manteve estável em R$ 0,24, assim como o LPA ajustado em R$ 0,23. A receita líquida consolidada foi de R$ 20,27 bilhões, queda de 1,2% frente os R$ 20,53 bilhões do 1T23.

Volta do DPVAT e liberação de R$ 15,7 bi para o governo

No radar político, está prevista para esta quarta a votação no plenário do Senado para o projeto de lei que volta o seguro obrigatório para veículos terrestres, conhecido como DPVAT. A proposta implica na mudança do nome do tributo para SPVAT e estabelece sua cobrança dos proprietários de carros novos e usados, destinando os recursos para o pagamento de indenizações por acidentes. A cobrança do DPVAT foi extinta durante o mandato de Jair Bolsonaro em 2019.

Ontem, terça-feira, 7, o projeto recebeu aprovação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, com 15 votos a favor e 11 contrários. Embora estivesse prevista para votação no plenário no dia seguinte, a matéria foi adiada devido à decisão do Senado de dar prioridade à votação exclusiva do decreto legislativo de calamidade pública do Rio Grande do Sul (PDL 236/2024).

Dentro do projeto, foi incluída uma emenda que modifica o arcabouço fiscal aprovado pelo Congresso em 2023. Essa alteração permite que o governo adiante, do segundo para o primeiro bimestre de 2024, a autorização para o Executivo abrir crédito suplementar, conforme previsto na lei, em decorrência do aumento adicional da receita deste ano em comparação com o mesmo período de 2023. Na prática, o texto permite o aumento de despesa em 2024 no montante em torno deR$ 15,4 bilhões.

Fonte: Exame