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Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 13 de maio de 2024 às 10:24


Pesquisa da Serasa aponta que apenas 68% dos clientes com baixa pontuação relatam ter o mesmo cuidado com suas finanças.

O score é o termômetro do comportamento da vida financeira dos consumidores. Com uma variação de 0 a 1.000, é por meio desse indicador que empresas conseguem entender e avaliar o nível de risco da concessão crédito. A pesquisa inédita divulgada pela Serasa, constatou que o controle periódico das próprias finanças é um hábito consolidado entre os consumidores, alcançando a classificação “Excelente”, cuja pontuação de crédito vai de 701 a 1.000 pontos. O estudo foi realizado com 3.025 pessoas, divididas conforme a classificação: Baixa, Regular, Bom e Excelente.


De acordo com os dados, 90% dos consumidores que alcançaram a pontuação “Excelente” no Serasa Score afirmam manter uma vigilância constante sobre suas despesas. Essas pessoas têm o hábito de acompanhar de perto seus gastos, registrando e analisando seus custos regularmente. Além disso, elas levam em consideração sua renda mensal ao fazer compras e respeitam os limites de seu orçamento, evitando assim gastos excessivos que possam comprometer sua situação financeira.

Em contrapartida, entre os consumidores com pontuação baixa no score, apenas 68% relataram ter esse mesmo cuidado com suas finanças. Consumidores que não acompanham regularmente seus gastos e não se atentam aos limites de seu orçamento estão mais suscetíveis a enfrentar dificuldades financeiras e, consequentemente, a ter uma pontuação mais baixa no Serasa Score.

No entanto, a importância desses hábitos vai além de uma simples pontuação. Reflete-se diretamente na inadimplência. Segundo dados do Serasa, pelo menos 9 em cada 10 consumidores com Serasa Score “Baixo” ou “Regular” já se endividaram em algum momento, e muitos ainda enfrentam dificuldades para pagar suas contas. Esse cenário contrasta fortemente com aqueles que possuem uma pontuação “Excelente”. Entre eles, o índice de endividamento cai para 66%, com apenas 15% enfrentando dificuldades para quitar suas dívidas atualmente.

Como o consumidor controla suas contas?

O modo como as pessoas organizam suas finanças pode revelar muito sobre seus hábitos e, consequentemente, sobre sua saúde financeira. Entre os consumidores com pontuação “Baixa” ou “Regular” no Serasa Score, a preferência pelo uso de métodos tradicionais, como o papel, é evidente. De acordo com os dados levantados, 47% dos indivíduos com pontuação “Baixa” e 49% daqueles com pontuação “Regular” afirmam utilizar o papel como principal ferramenta de organização financeira.

Por outro lado, entre os consumidores com pontuação “Excelente” no Serasa Score, a uma forte inclinação para o uso de recursos digitais no controle das finanças. O acompanhamento online de extrato bancário foi citado por 47% dos entrevistados, enquanto 46% mencionaram verificar regularmente a fatura do cartão de crédito através de aplicativos ou sites bancários. Além disso, 43% dos consumidores com pontuação “Excelente” relataram utilizar planilhas eletrônicas para organizar suas finanças de forma mais detalhada e eficiente.

Contratempos no último ano

Para aqueles com um Serasa Score “Baixo”, as despesas inesperadas surgiram para 80% das pessoas. E 46% delas alegam ter vivido problemas ao emprestar o nome para despesas de terceiros. Entre consumidores com Serasa Score “Excelente”, 89% pagaram todas as contas em dia, mesmo 57% deles alegando ter lidado com despesas inesperadas.
Enquanto mais da metade dos que têm a pontuação “Baixa” ficaram desempregados (55%), apenas 16% dos que com o Serasa Score “Excelente” ficaram sem renda.

Fonte: Consumidor Moderno
Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 22 de abril de 2024 às 10:04


Em média, usuários gastaram cinco horas diárias nos dispositivos móveis, e um total de 43 bilhões de horas em apps de mídias sociais.

Os dispositivos móveis tornaram-se uma extensão essencial da vida cotidiana para bilhões de pessoas ao redor do globo. De smartphones a tablets e smartwatches, esses aparelhos mudaram a forma como nos comunicamos, trabalhamos, nos divertimos e até mesmo como consumimos informações e produtos. Com a crescente conectividade e a evolução tecnológica, o consumo de dispositivos móveis tem alcançado números impressionantes, o que resultou em uma mudança significativa nos hábitos de consumo e comportamentos dos usuários. Prova do quanto os dispositivos móveis estão presentes no cotidiano é que, apenas em 2023, os brasileiros passaram 265 bilhões de horas no celular.

Segundo levantamento do data.ai, nos dez principais mercados estudados, o tempo médio gasto diariamente ultrapassou as cinco horas em 2023, marcando um aumento de 6% em comparação com 2022 e alcançando um novo recorde. Na Indonésia, os usuários dedicaram mais de seis horas diárias, enquanto outros quatro mercados, como Tailândia, Argentina, Arábia Saudita e Brasil, registraram mais de cinco horas diárias em aplicativos móveis ao longo de 2023. Desde 2020, o aumento no tempo de uso foi mais acentuado no Japão, Austrália e Canadá, com incrementos de 18%, 16% e 16%, respectivamente.


Aplicativos preferidos dos brasileiros

Em 2023, os brasileiros passaram 43 bilhões de horas em aplicativos de mídias sociais e comunicação, enquanto nos aplicativos de entretenimento e compartilhamento de vídeo foram gastas um pouco mais que 40 bilhões de horas.

O estudo mostrou também que alguns aplicativos passaram por um crescimento ano a ano. O mais notável foi o do Uber Driver (123%), seguido pelo Clock by Google (63%), Instagram (51%), WhatsApp Business (40%) e Waze (38%). Ao mesmo tempo, alguns aplicativos apresentaram queda, como é o caso do YouTube (-11%) e do X, o antigo Twitter (-10%).

Ainda segundo o levantamento do data.ai, alguns aplicativos são mais usados pelo público feminino, como é o caso do WhatsApp, Instagram, TikTok, Shopee e Netflix. Já o público masculino tem preferência pelo Facebook, Facebook Messenger, Mercado Livre, Nubank e Kwai.

Gasto do consumidor

Após uma queda de 2% em 2022, os gastos globais dos consumidores se recuperaram em 2023, registrando um aumento de 3%. Países como Coreia do Sul, Brasil, México e Turquia destacaram-se com crescimentos anuais superiores a 25% nesse período. Nesse cenário, o Brasil ocupa o 11º lugar no ranking, com um total de gastos de US$ 1,7 bilhão. Por outro lado, o crescimento no número de downloads ficou praticamente estável, com um aumento de apenas 1% em relação ao ano anterior. Bangladesh se destacou como um dos mercados com maior crescimento nesse aspecto.

Em um cenário positivo para os profissionais de marketing, o celular manterá sua crescente participação no orçamento publicitário, impulsionado pelo aumento do tempo gasto em aplicativos. Em 2023, os gastos com anúncios móveis globais somaram US$ 362 bilhões. A expectativa é que, para 2024, o valor chegue a US$ 402 bilhões, com uma CAGR (Taxa de Crescimento Anual Composta) em cinco anos de 16,2% ao ano. Enquanto isso, apenas com aplicativos, consumidores de todo o mundo gastaram, em 2023, US$ 64 bilhões.


Varejo no celular

O tempo dedicado às compras por dispositivos móveis continua acima dos patamares pré-pandemia. As adversidades econômicas, somadas à desaceleração do rápido avanço no uso móvel visto no começo da pandemia, resultaram em uma leve redução na quantidade total de horas gastas em aplicativos de compras. Houve uma diminuição de 1% em comparação ao ano anterior de 2023, embora ainda apresente um aumento de mais de 25% em relação a 2020.

Enquanto grandes mercados de varejo, como China e Estados Unidos, registraram uma queda no ritmo de uso em 2023, outros mercados apresentaram um comportamento oposto. Os países com maior crescimento anual foram Brasil (+31%), Austrália (+13%) e México (+7%). No Brasil, só em 2023, as horas gastas em aplicativos de compras chegaram a um total de 3 bilhões, quando em 2022 foram usadas 2,3 bilhões de horas.

Quanto ao download de aplicativos, o cenário do varejo está em ascensão. Porém, entre os diversos aplicativos móveis, apenas o Threads registrou um aumento nas instalações em 2023 em relação ao ano anterior, superando o Temu. O aplicativo de comércio eletrônico da empresa chinesa PDD Holdings investiu significativamente em publicidade e tendências de preços competitivos para conquistar novos usuários, consolidando-se como um participante chave no mercado.

Além disso, os aplicativos de comércio eletrônico enfrentam a concorrência das lojas físicas, que estão aproveitando a retomada das compras presenciais para promover a integração com dispositivos móveis. Os segmentos de aplicativos de supermercado e loja de conveniência, assim como as lojas de varejo, apresentaram crescimentos de 9% e 7%, respectivamente, contrastando com a queda anual de 7% no setor de comércio eletrônico.

No Brasil, os mais baixados foram: Shein, Amazon, AliExpress, Magazine Luiza, Assaí Clientes, Mercado Livre, Alibaba.com, Representante Eudora, MadeiraMadeira e Nike App.

Fonte: Consumidor Moderno