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Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 11 de dezembro de 2023 às 15:10
 
Bandeira de cartões registra aumento de mais de 10% nas transações online no Brasil durante a Black Friday.
Durante a semana da Black Friday, o comércio eletrônico registrou um salto de quase 25% nas transações de débito Visa no Brasil em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados da Visa Consulting & Analytics (VCA) destacam um notável aumento no uso do débito para compras online durante esse período de promoções.

O relatório da Visa também destaca um crescimento de 10% nas transações online realizada a durante a Black Friday de 2023 em comparação a 2022. Esse aumento reforça a preferência dos consumidores por compras digitais durante o evento. Além disso, as transações realizadas com Visa em lojas físicas e virtuais no Brasil aumentaram mais de 5% durante a semana da Black Friday de 2023 em relação ao ano anterior.

“A Visa e o setor de pagamentos no Brasil tem trabalhado para melhorar cada vez mais a segurança e a usabilidade do débito nas compras online e o crescimento registrado durante a Black Friday 2023 mostra que a evolução foi notada pelos consumidores, que entendem os benefícios de pagar no débito online” afirma Tiago Moherdaui, head da Visa Consulting & Analytics no Brasil.


Restaurantes e produtos digitais

Os setores que mais se destacaram no aumento das compras presenciais e online foram as categorias de restaurantes e de produtos digitais, como jogos e e-books. Esse crescimento sinaliza as preferências emergentes dos consumidores durante a Black Friday, evidenciando sua procura por esse tipo de produto e por experiências gastronômicas.

A análise detalhada da Visa, baseada nos dados da VisaNet, compreendeu o volume de transações e pagamentos dos consumidores durante a semana da Black Friday de 2022 (21 a 25 de novembro) em comparação com a semana da Black Friday de 2023 (20 a 24 de novembro), excluindo gastos e transações relacionadas ao Visa Direct. Todos os percentuais de crescimento estão relacionados ao volume de transações e pagamentos em moeda local.

Estas tendências de crescimento nas transações online e presenciais, juntamente com a expansão do uso do débito e as preferências de compra durante a Black Friday, oferecem insights valiosos sobre o comportamento do consumidor e as mudanças no cenário de compras no Brasil.


Débito nas compras online

Os cartões de débito são frequentemente utilizados como uma forma prática de pagamento, permitindo compras com fundos disponíveis em vez de crédito. Contudo, a segurança ao utilizá-los online é uma questão sensível. Os riscos de se tornar vítima de fraude com cartão de débito são preocupantes, considerando especialmente o aumento das violações de dados. Para garantir transações seguras e reduzir os riscos associados aos pagamentos digitais, é crucial entender como usar cartões de débito online de forma segura.

A vinculação direta desses cartões às contas bancárias dos usuários acentua os riscos associados ao uso de cartões de débito online. Em caso de comprometimento do cartão de débito, transações fraudulentas podem esgotar rapidamente os fundos da conta bancária, frequentemente sem que o titular perceba imediatamente o comprometimento dos dados do cartão.


Dicas para segurança

As transações online com cartão de débito são convenientes, mas a segurança é essencial. Considere estas estratégias para garantir a proteção de suas informações financeiras ao realizar compras ou transações pela internet:

Monitoramento regular: revise seus extratos bancários com frequência para identificar qualquer atividade suspeita. Essa prática permite uma resposta imediata as atividades não autorizadas.

Proteção da senha: mantenha seu número de senha confidencial, evitando compartilhá-lo ou anotá-lo em locais de fácil acesso. 
Consideração de cartões de crédito: em vez de cartões de débito, considere o uso de cartões de crédito online. Eles podem oferecer uma camada adicional de proteção e processamento mais lento em caso de fraude.

Cuidado com redes Wi-Fi públicas: evite realizar transações financeiras em redes Wi-Fi públicas, opte por redes protegidas por senha. Isso ajuda a reduzir o risco de captura de informações.

Relato imediato: notifique imediatamente seu banco sobre qualquer atividade suspeita ou transações não autorizadas para garantir uma resposta rápida.

Registro de boletim de ocorrência policial: em casos de roubo ou uso não autorizado do cartão, registre um boletim de ocorrência. Ele servirá como suporte adicional ao solicitar reembolsos do banco.

Perfil de segurança personalizado: reforce a segurança configurando uma senha robusta. Além disso, responda às perguntas de segurança de forma única e mantendo um backup do celular para suas transações.

Certificação de segurança dos sites: prefira sites com “https://” e símbolos de segurança, garantindo um nível mais elevado de proteção durante suas transações online.

Fonte: Consumidor Moderno
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 05 de dezembro de 2023 às 09:45


Mesmo com os desafios dos varejistas e dos CPGs diante das mudanças nas margens de lucro e na dinâmica do varejo, há espaço para marcas insurgentes e inovadoras conquistarem sua fatia no mercado.

Até 2020, o cenário do varejo observava a rápida ascensão de ecossistemas e modelos disruptivos com sete das 20 maiores capitalizações de mercado compostas por empresas de tecnologia ou nativas digitais. Contudo, no último ano temos assistido à convergência entre varejistas tradicionais e empresas digitais nativas, uma vez que o aumento das compras online remodelou significativamente a demanda dos consumidores. 

Como resultado, as redes de varejo tradicionais precisaram se adaptar rapidamente para atender a essa nova realidade. Em contrapartida, muitas empresas nativas digitais foram surpreendidas pelo colapso de suas avaliações, uma vez que os mercados começaram a privilegiar a lucratividade em detrimento do crescimento não rentável. Esse redirecionamento das prioridades dos investidores aponta para uma mudança nas expectativas e uma ênfase na sustentabilidade no longo prazo das operações.

Por isso, é esperado que o mercado de varejo continue a crescer, porém com uma transformação significativa. As empresas nativas digitais e as fontes de receita “além do varejo” devem ganhar cada vez mais importância, o que implica em uma adaptação aos novos canais de distribuição que surgem com as plataformas digitais emergentes e a todo um leque de pontos de contato com os consumidores. 

Outro ponto que pode exercer pressões significativas sobre as marcas estabelecidas ao longo da próxima década é o aumento da conscientização ambiental e da busca por produtos de alta qualidade tem gerado uma procura crescente por materiais mais sustentáveis e embalagens ecologicamente corretas, que pode resultar em um aumento nos custos de matérias-primas. Para cumprir com essas demandas, os fabricantes terão de investir mais em suas cadeias de suprimentos, tornando-as mais flexíveis e adaptáveis.

Nesse contexto, uma das estratégias adotadas pelos varejistas para otimizar custos e margens de lucro é dar preferência a marcas próprias. Essa opção possibilita controlar a qualidade e os preços dos produtos que vendem, mas, ao mesmo tempo, pode levar à redução do espaço disponível para fabricantes de bens de consumo embalados (CPGs) tradicionais, que devem enfrentar a concorrência direta das marcas dos varejistas.

Mesmo com os desafios dos varejistas e dos CPGs diante das mudanças nas margens de lucro e na dinâmica do varejo, há espaço para marcas insurgentes e inovadoras conquistarem sua fatia no mercado. Com sua flexibilidade e capacidade de atender às necessidades fragmentadas e em constante evolução dos consumidores, elas podem adotar abordagens mais ágeis para desenvolver produtos sustentáveis e de alta qualidade, ganhando a lealdade dos consumidores em busca de novas alternativas.

Além dessas transformações, os varejistas ainda estão assistindo à evolução dos modelos Route-to-Market (RTM), que desempenham um papel fundamental na evolução do relacionamento entre marcas e consumidores. Tradicionalmente, as empresas ofereciam seus produtos ao consumidor final por meio de canais de distribuição físicos, como lojas de varejo, supermercados e atacadistas. No entanto, plataformas de comércio eletrônico, aplicativos e marketplaces online estão causando disrupções com uma uma ampla variedade de opções de compra online, o que altera profundamente a maneira como os consumidores escolhem e compram. Com isso, os varejistas precisam repensar suas estratégias de distribuição e investir em canais digitais para alcançar seus clientes de maneira eficaz.

Encontrar o equilíbrio certo entre canais tradicionais e digitais é crucial e envolve a integração de estratégias omnicanal para permitir que os consumidores possam escolher a forma de interagir e comprar produtos. Ao alavancar as vantagens da presença física e digital, as marcas podem oferecer conveniência, variedade e experiências de compra personalizadas que satisfaçam as expectativas dos consumidores.

Essa é uma transformação que as grandes empresas do setor têm a chance de liderar, mas é essencial focar em inovação, desenvolvendo produtos mais sustentáveis e adaptados às necessidades dos consumidores. Flexibilidade na cadeia de suprimentos e parcerias estratégias com startups e provedores de soluções digitais podem ser alternativas eficazes para se adaptar. As marcas que conseguirem se preparar para esse futuro desafiador têm a oportunidade de sair na frente e se destacar nesse mercado em constante evolução.

Fonte: Consumidor Moderno