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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 05 de setembro de 2023 às 10:47


Tudo indica que a China manterá sua posição dominante no cenário global do e-commerce. Afinal, com um crescimento de 9,9%, o mercado de comércio eletrônico chinês prevê um aumento de US$ 2,2 bilhões em 2023.
Estima-se que o e-commerce na China cresça a um CAGR de 11,6% entre 2023 e 2027, superando US$ 3 trilhões em 2027.

Essa estimativa é da pesquisadora GlobalData, que também afirma que as vendas online na China cresceram a um CAGR de 11,2% entre 2018 e 2022. Na ocasião, atingiu um valor de US$ 2,0 trilhões em 2022.


China representa um terço do mercado global de e-commerce

Em 2022, a China representou 33,9% de participação no mercado global de comércio eletrônico em termos de valor de pagamentos. No ano passado, o país foi seguido pelos EUA, com US$ 1,8 trilhão, e o Reino Unido, com US$ 287,4 bilhões. 
Diante dos números, a pesquisadora compreende ser pouco provável uma mudança de cenário em 2023, com a China se mantendo no topo.


Digitalização de pagamentos aceleram o e-commerce chinês

Soluções alternativas de pagamento, como Alipay e WeChat Pay, são responsáveis por acelerar a expansão das vendas online na China. Principalmente na pandemia, o mercado chinês de e-commerce evoluiu rapidamente. Os motivos, neste caso, foram: 

– rápida adoção de smartphones;
– penetração da Internet;
– aumento de compradores online;
– e disponibilidade de soluções alternativas de pagamento, como Alipay e WeChat Pay.


Otimização do e-commerce nas áreas rurais

Outro ponto importante para o crescimento do e-commerce na China foi otimização da cobertura digital nas zonas rurais. De acordo com o Ministério do Comércio da China, as vendas no varejo online nas áreas rurais aumentaram 12,5% durante o primeiro semestre de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022.

Live shopping na China é levada a sério

Como já mostramos aqui, somente em 2021 as compras compras ao vivo movimentaram cerca de US$ 157 bilhões globalmente, sendo 60% desse valor somente na China. Dentro desse contexto, a popularidade do comércio social está crescendo graças aos esforços de plataformas de mensagens como o WeChat. 

Isso porque, dentro do próprio WeChat, os usuários podem comprar de subaplicativos, sem a necessidade de baixar novos apps móveis ou ser redirecionados para outro site. E essa otimização de infraestrutura tem gerado bons frutos para o país: espera-se que o e-commerce cresça a um CAGR de 11,6% entre 2023 e 2027, superando US$ 3 trilhões em 2027.

Fonte: Ecommerce Brasil
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 29 de agosto de 2023 às 09:52


Pesquisa apresentada por IDV e IBPT mostra que carga tributária de produtos vendidos no Brasil varia de 67,95% a 142,98%.

A carga tributária efetiva incidente sobre produtos vendidos no Brasil varia de 67,95% a 142,98%, dependendo do segmento. Esses índices representam a soma dos tributos que são pagos em diversos momentos, da produção na indústria até a distribuição e a venda no varejo. Os dados constam de um estudo inédito divulgado nesta quarta-feira, 23, pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) em parceria com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).

Foram analisados, no total, dez segmentos: acessórios, alimentos, beleza, brinquedos, eletrônicos, eletrodomésticos, farmácia, material de construção, pet e vestuário/calçados. Dentre esses segmentos, o de alimentos é o que tem a menor carga e o de eletrônicos, a maior (confira na tabela abaixo).

O objetivo do estudo, que será levado ao conhecimento do Ministério da Fazenda, é mostrar o peso dos tributos para os empreendedores brasileiros e o consequente impacto da isenção do Imposto de Importação sobre compras internacionais de até US$ 50, que resulta, segundo o IDV, em desequilíbrio.

“A redução do imposto de importação a zero está causando um grande malefício à economia do País, tanto para a indústria nacional quanto para o varejo e a distribuição”, afirma o presidente do IDV, Jorge Gonçalves Filho. “Queremos mostrar a realidade corrente no País quanto à carga tributária. Assim, podemos dar subsídios ao governo para que seja feita uma mudança com relação à alíquota zero. Não é uma questão de proteger a indústria e o varejo nacional, mas de isonomia.”


Impacto além do vestuário

Para Gonçalves Filho, além dos itens de vestuário, muito vendidos por sites internacionais para consumidores brasileiros, as plataformas tendem a ampliar a comercialização de produtos de outras categorias, como decoração e brinquedos, por causa da vantagem da isenção. “Quando falamos de US$ 50, são cerca de R$ 250, o que é um ticket elevado para o varejo brasileiro. Cerca de 90% das vendas são, no máximo, nesse valor. ”

Ainda de acordo com ele, os pequenos e médios varejistas são os mais impactados. “Uma grande empresa até tem a condição de ter um armazém num país fronteiriço e começar a trazer produtos de fora. As pequenas, não. Alertamos para uma questão que tem a ver com o futuro, com o emprego.”

O estudo considerou todos os tributos sobre consumo (IPI/ICMS/PIS/Cofins), aqueles que compõem o custo do produto importado (Imposto de Importação, IPI, ICMS ST, Cofins – importação, AFRMM – Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante, etc.) e a tributação suportada nos elos da cadeia produtiva, de distribuição e varejo.

O presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, diz que o estudo “desnuda” uma realidade que é desconhecida por muitas pessoas. “O varejo é o elo da cadeia que faz a entrega para o consumidor. A alta tributação está impacta o consumidor, que por causa dela está pagando um preço mais alto pelos produtos”, exemplifica.

O Ministério da Fazenda tem se mostrado aberto a negociações envolvendo o tema, embora ainda não tenha definido um prazo para novas conversas. “Existe uma forte intenção do governo de resolver o assunto ainda neste ano”.

Fonte: Mercado e Varejo