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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 29 de agosto de 2023 às 09:52


Pesquisa apresentada por IDV e IBPT mostra que carga tributária de produtos vendidos no Brasil varia de 67,95% a 142,98%.

A carga tributária efetiva incidente sobre produtos vendidos no Brasil varia de 67,95% a 142,98%, dependendo do segmento. Esses índices representam a soma dos tributos que são pagos em diversos momentos, da produção na indústria até a distribuição e a venda no varejo. Os dados constam de um estudo inédito divulgado nesta quarta-feira, 23, pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) em parceria com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).

Foram analisados, no total, dez segmentos: acessórios, alimentos, beleza, brinquedos, eletrônicos, eletrodomésticos, farmácia, material de construção, pet e vestuário/calçados. Dentre esses segmentos, o de alimentos é o que tem a menor carga e o de eletrônicos, a maior (confira na tabela abaixo).

O objetivo do estudo, que será levado ao conhecimento do Ministério da Fazenda, é mostrar o peso dos tributos para os empreendedores brasileiros e o consequente impacto da isenção do Imposto de Importação sobre compras internacionais de até US$ 50, que resulta, segundo o IDV, em desequilíbrio.

“A redução do imposto de importação a zero está causando um grande malefício à economia do País, tanto para a indústria nacional quanto para o varejo e a distribuição”, afirma o presidente do IDV, Jorge Gonçalves Filho. “Queremos mostrar a realidade corrente no País quanto à carga tributária. Assim, podemos dar subsídios ao governo para que seja feita uma mudança com relação à alíquota zero. Não é uma questão de proteger a indústria e o varejo nacional, mas de isonomia.”


Impacto além do vestuário

Para Gonçalves Filho, além dos itens de vestuário, muito vendidos por sites internacionais para consumidores brasileiros, as plataformas tendem a ampliar a comercialização de produtos de outras categorias, como decoração e brinquedos, por causa da vantagem da isenção. “Quando falamos de US$ 50, são cerca de R$ 250, o que é um ticket elevado para o varejo brasileiro. Cerca de 90% das vendas são, no máximo, nesse valor. ”

Ainda de acordo com ele, os pequenos e médios varejistas são os mais impactados. “Uma grande empresa até tem a condição de ter um armazém num país fronteiriço e começar a trazer produtos de fora. As pequenas, não. Alertamos para uma questão que tem a ver com o futuro, com o emprego.”

O estudo considerou todos os tributos sobre consumo (IPI/ICMS/PIS/Cofins), aqueles que compõem o custo do produto importado (Imposto de Importação, IPI, ICMS ST, Cofins – importação, AFRMM – Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante, etc.) e a tributação suportada nos elos da cadeia produtiva, de distribuição e varejo.

O presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, diz que o estudo “desnuda” uma realidade que é desconhecida por muitas pessoas. “O varejo é o elo da cadeia que faz a entrega para o consumidor. A alta tributação está impacta o consumidor, que por causa dela está pagando um preço mais alto pelos produtos”, exemplifica.

O Ministério da Fazenda tem se mostrado aberto a negociações envolvendo o tema, embora ainda não tenha definido um prazo para novas conversas. “Existe uma forte intenção do governo de resolver o assunto ainda neste ano”.

Fonte: Mercado e Varejo
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 29 de agosto de 2023 às 09:45


Se um dia houve estranheza ou dúvida a respeito da compra online, é possível dizer que esses tempos estão próximos do fim. De acordo com uma pesquisa de Octadesk e Opinion Box, o e-commerce no Brasil é o mais utilizado por 58% dos brasileiros que lojas físicas. A taxa de quem utiliza ambos modelos é de 14%.

Conforme o levantamento das empresas, a força do e-commerce foi reforçada no país e cria, para o futuro, a expectativa de uma solidez maior para o setor.

Um dos dados representativos trazidos é de que 85% dos entrevistados compram ao menos uma vez por mês. A frequência, semanal também aumentou de 12% para 17% comprando no e-commerce pelo menos uma vez por semana.


Motivação

Além de pensar em frequência e escolha pelo online, o estudo também buscou compreender as razões para comprar no e-commerce e em lojas físicas.

Entre os principais pontos citados a favor do e-commerce, ficam preços mais baixos (58%), praticidade de não sair de casa (57%) e promoções somente encontradas no online (56%). 

Outros fatores como facilidade para comparar preços (49%), maior variedade de produtos (38%), acesso a produtos não encontrados na própria cidade (36%) e formas de pagamento preferidas (23%) também apareceram na lista.

Um ponto negativo apresentado na pesquisa é que 23% dos consumidores compram mais em lojas físicas pois acham mais seguro que o e-commerce.


Plataformas

Os sites e lojas virtuais são os canais mais procurados quando o assunto é compra online, atingindo 63% do público. Em seguida, marketplaces (60%) e aplicativos da própria rede (49%) também são as opções mais viáveis aos entrevistados.

A lista é completa por meios ainda considerados alternativos no país, mas que apresentam crescimento a cada dia. Entre eles, estão aplicativos agregadores (36%), redes sociais, sites de classificados (ambos com 12%) e WhatsApp (9).

O último têm crescido nos últimos meses, até mesmo pelo desenvolvimento de ferramentas, como o WhatsAppPay, visando facilitar o comércio eletrônico por meio da plataforma de mensagens instantâneas.

O E-commerce Trends 2024, conduzido por Octadesk e Opinion Box, pode ser acessado na íntegra.

Fonte: Ecommerce Brasil