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Economia & Atualidade Postado em quarta-feira, 23 de agosto de 2023 às 15:19


Fundadores do KaBuM! pediram à Câmara de Comércio Brasil-Canadá a abertura de um processo de arbitragem contra o Magazine Luiza

O Magazine Luiza (MGLU3) anda em uma maré de azar: entre abril e junho deste ano, a varejista anunciou o prejuízo de R$ 198 milhões, marcando o sexto trimestre consecutivo que a empresa registra queda no lucro. Além disso, a companhia ainda tem um enrosco para resolver com a plataforma de e-commerce KaBuM!.

Segundo informações da coluna Painel S.A., da Folha de S. Paulo, os sócios da KaBuM!, Leandro e Thiago Ramo, querem a anulação do acordo com o Magalu. A justificativa dada pelo jornal é de que a varejista não teria honrado com o acordo de R$ 1 bilhão, mais 125 milhões de ações (equivalente a R$ 2,5 bilhões, na cotação da época) – no entanto, o real motivo é que Leandro e Thiago alegam que o Magalu foi favorecido no processo da compra.

Procurado pelo Money Times, o Magazine Luiza (e empresa-mãe do KaBuM!) contestou os dados divulgados pela Folha e informou que realizou todos os pagamentos. Em fato relevante publicado no ano passado, a empresa destaca que além da parcela à vista de R$ 1 bilhão, também foram pagos 75 milhões de ações ordinárias.

Vale lembrar que também está previsto em contrato o pagamento de até 50 milhões de ações, em janeiro de 2024, conforme o cumprimento de metas estabelecidas pelas companhias.


Entenda o problema entre KaBuM! e Magazine Luiza

No final do mês passado, os fundadores do KaBuM!, Leandro e Thiago Ramos, pediram à Câmara de Comércio Brasil-Canadá a abertura de um processo de arbitragem contra o Magazine Luiza.

Mais cedo neste ano, Leandro e Thiago solicitaram à Justiça a produção antecipada de provas contra o Itaú BBA, responsável pelo processo de venda do e-commerce. Eles acusam o banco e o executivo da área de fusões e aquisições que os assessorava, Ubiratan Machado, de terem favorecido o Magalu no processo.

No pedido à Câmara, a dupla apresentou opções que vão desde a anulação do acordo que firmou a venda do site até a indenização por parte do Magazine Luiza. A expectativa da dupla é conseguir garantir os valores inicialmente negociados, que giravam em torno de R$ 3,5 bilhões.

Questionado sobre o caso na época, o Itaú BBA afirmou que todas as acusações são inverídicas. “O Itaú BBA esclarece que a venda da empresa à varejista foi concluída após um processo competitivo, diligente e transparente, conduzido por um time de executivos ao longo de mais de 18 meses, e para o qual foram convidados mais de 20 potenciais compradores, nacionais e estrangeiros”, disse em nota.

A princípio, o descontentamento do Kabum! teria começado diante da queda expressiva no valor das ações do Magalu na Bolsa de Valores, devido a uma série de fatores macroeconômicos e problemas ligados ao setor de varejo.

Fonte: Money Times
Economia & Atualidade Postado em quarta-feira, 23 de agosto de 2023 às 14:22

A informação faz parte do ranking das 300 maiores varejistas em faturamento feito pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.


Os cinco maiores shopping centers virtuais em operação no País responderam por quase 80% das vendas do comércio online brasileiro em 2022. Juntos, Mercado Livre, Americanas, Magazine Luiza, Via e Amazon faturaram R$ 203,4 bilhões. A cifra, que inclui as vendas de produtos de estoque do próprio varejista e de terceiros, representou no ano passado 78% do faturamento do e-commerce nacional.

A informação faz parte do ranking das 300 maiores varejistas em faturamento feito pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). O estudo avaliou a fatia dos marketplaces em relação às vendas totais online apuradas pela consultoria NielsenIQ.

“O peso e a relevância das grandes plataformas explodiram na pandemia e não pararam de crescer, mesmo num ano no qual o e-commerce avançou menos do que o varejo”, observa Alberto Serrentino, vice-presidente da SBVC e responsável pelo estudo.


Estreantes

Esta é a 9.ª edição do levantamento e, pela primeira vez, o Mercado Livre, maior marketplace do varejo nacional, informou o seu volume de vendas. O marketplace, de origem argentina, que liderou a lista dos shoppings virtuais, faturou R$ 80,5 bilhões no Brasil em 2022.

Na sequência, vêm Americanas (R$ 44,3 bilhões), Magazine Luiza (R$ 43,3 bilhões), Via (R$ 20,5 bilhões) e Amazon (R$ 14,6 bilhões). Os números da Americanas são anteriores à crise que atingiu a empresa após a revelação de inconsistências contábeis em seus balanços, em janeiro deste ano.

Eduardo Terra, presidente da SBVC, ressalta também que, pela primeira vez, foi estimado um valor de quanto a Amazon vendeu no País. A projeção foi feita com base na venda de redes de segmento e perfil similares.

O estudo também traz o ranking das dez maiores varejistas online, considerando apenas o faturamento obtido com estoque próprio. Essa lista é liderada pelo Magazine Luiza, que vendeu no ano passado R$ 27,9 bilhões pela internet. Na sequência, vêm Americanas (R$ 18,7 bilhões), Via (R$ 15,2 bilhões), Amazon (R$ 9,4 bilhões) e a Shein (R$ 7 bilhões) – esta última também estreante no ranking.


Whatsapp

Serrentino destaca ainda a forte digitalização do varejo brasileiro. Das 300 maiores varejistas, 74% vendem online. Essa fatia sobe para 91% quando não se consideram as empresas que comercializam alimentos. Nos supermercados, esse índice está em 57%. “A pauta online está contaminada para baixo pelo varejo alimentar, porque tem empresa que não vende pela internet”, observa.

Outro ponto de destaque é a diversificação dos canais online. No geral, 39% das varejistas online vendem por meio do WhatsApp. Quando se exclui o comércio de alimentos, esse índice também sobe, a 57%.

No setor de materiais de construção, por exemplo, as vendas por meio do aplicativo de mensagens é uma realidade para 70% das varejistas desse segmento. “O legado da pandemia foi a multiplicação das vendas digitais, não só por meio do e-commerce”, diz Serrentino.

Fonte: Mercado & Consumo