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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 18 de fevereiro de 2025 às 10:11


O ano iniciou com as vendas do comércio brasileiro mostrando um crescimento de 2,8% em janeiro, segundo o Índice do Varejo Stone (IVS). No comparativo anual, a alta foi de 1,9%. O número é mais alto do que o visto em dezembro, época de festas, quando recuou 3,5%.

A alta mensal, segundo Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, pode ter ido influenciado por uma base de comparação baixa, após quedas seguidas em novembro e dezembro. No entanto, ele destaca que o número ainda é bom sinal para o setor que está pressionado por conta do cenário macroeconômico.

“Com o desemprego em 6,2% em dezembro, o mercado de trabalho segue aquecido, embora os dados do Caged indiquem desaceleração nos empregos formais. A inflação dos alimentos, acumulando 8,2% em 12 meses, agravam ainda mais a pressão sobre as famílias endividadas”.

Em relação ao comércio digital, o índice mostra uma queda mensal de 1,6%, ao passo em que o comércio físico registrou alta de 1,5%. No comparativo anual, os números eram os mesmo, 1,6% e 1,5%, respectivamente.

Entres os segmentos de destaque no mês de janeiro, estavam Tecidos, Vestuário e Calçados com alta de 4,8%, Artigos Farmacêuticos com 2,2% e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico 2%. Os outros cinco setores analisados na pesquisa, também reportaram alta no mês.

No comparativo anual, o segmento de Combustíveis e Lubrificantes teve o melhor desempenho com alta acumulada de 9,3%, seguido pelo setor de Artigos Farmacêuticos, que registrou crescimento de 3,9% e Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo teve alta anual de 2,3%.

Na outra ponta, o segmento de Móveis e Eletrodomésticos teve retração de 6,2%, seguido pelo setor de Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico, que apresentou uma leve queda de 0,1%.

Os dados também avaliam os destaques por região. Em janeiro, 19 dos 27 estados brasileiros tiveram alta nas vendas:
Roraima (9,3%)
Amazonas (6%)
Acre (4,6%)
Alagoas (4,3%)
Ceará (4,1%)
Amapá (3,9%)
Pará (3,2%)
Rio de Janeiro (2,9%)
São Paulo (2,8%),
Goiás e Minas Gerais (2,6%)
Espírito Santo (2,2%)
Tocantins e Maranhão (1,6%)
Rondônia (1,5%)
Pernambuco (1%)
Rio Grande do Norte (0,9%)
Bahia e Sergipe (0,8%)

Os outros sete, com resultados negativos, são:
Piauí, de 1,9%
Mato Grosso do Sul (1,4%)
Rio Grande do Sul (1,1%)
Santa Catarina (0,8%)
Mato Grosso (0,7%)
Paraíba (0,3%)
Paraná (0,2%)
O Distrito Federal (0,0%)

Fonte: Money Times
Economia & Atualidade Postado em quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025 às 18:04
O varejo brasileiro caiu 1,1% em janeiro, atingindo 109 pontos, no que diz respeito à confiança do empresariado. A informação é do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), elaborado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A baixa acontece após três meses de resultados positivos e traça um otimismo moderado do setor.

De acordo com a CNC, parte da visão negativa do setor se deve aos desafios econômicos do começo do ano. Os gastos típicos deste período, como IPTU, IPVA e custos escolares, atrapalharam os consumidores. O resultado é 0,1% menor ante mesmo período em 2024.

“O cenário é de cautela para o comércio, o que nos alerta para a necessidade de redobrarmos esforços em prol da retomada econômica. É um momento de maior pressão sobre os custos. Por outro lado, é animador ver que os investimentos continuam avançando, o que demonstra o comprometimento dos varejistas com a superação dos desafios”, explica José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac.

Em análise dos subindicadores, a maior contribuição negativa veio da Condição Atual da Economia e Expectativa da Economia, ambos 2,6% abaixo dos números do mês anterior. Apesar disso, as intenções de investimento cresceram 0,2% e 2,4%, no comparativo com dezembro e janeiro de 2024, respectivamente.

O foco tem sido o investimento em capital físico e o controle de estoques. Após as contratações temporárias de fim de ano, houve estabilidade no quadro de funcionários.


Categorias

A queda da confiança foi mais expressiva no setor de bens semiduráveis, como roupas, calçados, tecidos e acessórios, em que houve redução de 1,8%. Contudo, os segmentos de supermercados, farmácias e lojas de cosméticos (0,3%) e de eletroeletrônicos, móveis e decorações, materiais de construção e veículos (0,7%) apresentaram desempenho positivo.

“Essa retração no otimismo dos empresários de semiduráveis reflete o comportamento cauteloso do consumidor, típico do período pós festas, quando os orçamentos familiares estão mais pressionados pelas despesas sazonais. Mas é importante destacar que o momento exige estratégias assertivas, como promoções, flexibilização de prazos e maior controle dos estoques”, diz Felipe Tavares, economista chefe da CNC.


Investimentos por setor

A intenção de investimentos teve variação positiva em quase todos os segmentos, com destaque para eletroeletrônicos, móveis e decorações, materiais de construção e veículos (1,1%), apesar da alta da taxa Selic. O comércio de bens semiduráveis foi o único que reduziu sua perspectiva de investimentos, em 1,4%.

Ainda assim, a análise anual do quesito foi positiva para todos os setores, com eletroeletrônicos, móveis e decorações, materiais de construção e veículos também apresentando a maior alta, 4,3% superior ao primeiro mês de 2024.

Fonte: Ecommerce Brasil