Notícias


Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 11 de abril de 2023 às 11:17


Projeções para 2023 são positivas, mas taxas de juros elevadas devem impedir um crescimento mais substancial do consumo das famílias.

O Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) indica que a movimentação financeira real das pequenas e médias empresas (PMEs) do comércio registrou um avanço de 5,5% em 2022, quando comparado com 2021. O IODE funciona como um termômetro econômico das companhias com faturamento de até R$50 milhões anuais.

Segundo Felipe Beraldi, gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem, as PMEs foram favorecidas em 2022 pelo controle da pandemia de Covid-19 e os consequentes efeitos moderados na economia, em comparação ao biênio 2020-2021. “Além disso, incentivos fiscais como a manutenção e ampliação do Auxílio Brasil foram determinantes na sustentação do consumo, em meio a um mercado de trabalho em recuperação e à trajetória de alta da taxa de juros para conter a inflação”.

No comércio, o crescimento foi puxado pelo avanço do setor varejista (+7,6%), enquanto o atacadista cresceu de forma mais modesta (+5,9%). Por outro lado, o segmento de ‘comércio e reparação de veículos’ encerrou o ano com retração (-6,7%).

No setor varejista, as categorias que tiveram melhor desempenho em 2022 foram:
Brinquedos e artigos recreativos
Tabacaria
Mercadorias em lojas de conveniência
Calçados
Produtos farmacêuticos (manipulação de fórmulas)
Mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios
Hortifrutigranjeiros
Artigos de cama, mesa e banho
Produtos farmacêuticos (sem manipulação de fórmulas)
Material elétrico

Para 2023, o IODE-PMEs prevê um cenário positivo para as pequenas e médias empresas do comércio - diante do avanço da massa de renda - mas considera que as taxas de juros elevadas devem impedir um crescimento no poder de compra das famílias, encarecendo a tomada de crédito, penalizando o consumo e os investimentos, com reflexos diretos sobre os negócios das PMEs.“É importante que a atual equipe econômica sinalize rapidamente ao mercado as novas regras para equilíbrio das contas públicas, evitando novos choques inflacionários e quedas da confiança dos consumidores e do empresariado na economia brasileira. Movimentos que teriam reflexos diretos sobre o consumo e, consequentemente, impactam negativamente a evolução das vendas no comércio.”


Sobre o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs)

Compreendendo a relevância das PMEs no desempenho econômico do nosso país, a Omie desenvolveu o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs), que acompanha as atividades econômicas das pequenas e médias empresas brasileiras. A pesquisa da scale-up Omie é um tipo de apuração inédita entre as empresas do segmento, atuando como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais, além de oferecer uma análise segmentada setorialmente do mercado de PMEs no Brasil. Para elaborar os índices, a Omie analisa dados agregados e anonimizados de movimentações financeiras de contas a receber de mais de 115 mil clientes, cobrindo 692 CNAEs (de 1.332 subclasses existentes) – considerando filtros de representatividade estatística.

Os dados são deflacionados com base nas aberturas do IGP-M (FGV), tendo como base o índice vigente no último mês de análise, com o objetivo de expurgar o efeito meramente inflacionário na série temporal, permitindo que se observe a evolução das movimentações financeiras em termos reais.

Fonte: Couro Moda
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 04 de abril de 2023 às 11:28


A reformulação é a mudança organizacional mais importante da Alibaba desde sua fundação há 24 anos.
As ações do Alibaba Group Holding subiram depois que o varejista chinês online informou a divisão em seis grupos empresariais.

A reestruturação terá novos grupos empresariais: Cloud Intelligence Group, Taobao Tmall Commerce Group, Local Services Group, Cainiao Smart Logistics, Global Digital Commerce Group, e Digital Media and Entertainment Group.

Os grupos irão arrecadar fundos de maneira independente e se tornar públicos quando chegar a hora certa, informou a Alibaba. Cada uma será administrada por seu próprio chefe executivo e conselho de administração.

A reformulação é a mudança organizacional mais importante da Alibaba desde sua fundação há 24 anos, “para enfrentar melhor a concorrência do mercado”, segundo o presidente e chefe-executivo, Daniel Zhang, em um e-mail aos funcionários.



Alibaba: uma holding

Após a reorganização radical, a Alibaba se tornará uma empresa holding. Zhang permanecerá em seus postos, enquanto também servirá como CEO do Cloud Intelligence Group, assumindo o comando da Alibaba Cloud, da plataforma de mensagens de espaço de trabalho DingTalk, e do negócio de inteligência artificial da empresa.

O Taobao Tmall Commerce Group será liderado por Trudy Dai, membro fundador da Alibaba e presidente de sua seção de negócios domésticos de comércio digital. Yu Yongfu supervisionará o Grupo de Serviços Locais, que inclui a plataforma de navegação Amap e o serviço de entrega de alimentos.

O Global Digital Commerce Group verá Jiang Fan como seu CEO, gerenciando plataformas internacionais de comércio eletrônico, como AliExpress e Lazada.

Wan Lin servirá como CEO da Cainiao Smart Logistics, enquanto Fan Luyuan dirigirá o Grupo de Mídia Digital e Entretenimento, englobando a plataforma de vídeo Youku e a produtora de filmes Alibaba Pictures Group.

Ao melhorar sua eficiência operacional e otimizar os custos, o lucro líquido da Alibaba não GAAP aumentou 12% para 49,9 bilhões de iuanes (US$ 7,2 bilhões) nos três meses encerrados em 31 de dezembro, de acordo com seu último relatório de ganhos. A receita cresceu 2% para 247,8 bilhões de iuanes (US$ 36 bilhões).

Fonte: Exame