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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 31 de janeiro de 2023 às 10:53


Medição envolve o volume e os tipos de produtos comprados pelos consumidores.

O consumo dos lares brasileiros deve desacelerar em 2023, segundo previsão divulgada nesta quinta-feira (26) pela Abras (associação de supermercados), que projeta uma expansão de 2,5% neste ano após alta de 3,89% em 2022.

A medição envolve o volume e tipos de produtos comprados em supermercados e guarda certa correlação com o faturamento dos varejistas.

A entidade havia começado 2022 esperando alta de 2,5% no consumo para o ano passado e reviu a projeção para 3,3% em meados do ano após o governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL) ter aprovado o aumento do Auxílio Brasil para 600 reais além de uma série de outros benefícios como o vale-gás em meio à campanha eleitoral.

Questionado se a desaceleração preocupa o setor, o vice-presidente institucional e administrativo da Abras, Marcio Milan, afirmou que o desempenho do ano passado foi acelerado no final de 2022, motivado ainda pelos eventos não recorrentes da Copa do Mundo e das eleições.

“Esses dois aspectos não teremos em 2023, mas as medidas que estão sendo tomadas pelo governo de manter os auxílios são muito importantes para o consumo”, disse Milan. “As projeções ainda apontam para crescimento”, acrescentou.

Em dezembro, o consumo cresceu 15,2% ante novembro e 6,2% sobre o mesmo mês de 2021, desempenho considerado como robusto pela entidade.

O setor inaugurou no ano passado 341 lojas das quais 167 no formato atacarejo, que vem ganhando espaço nos últimos anos diante do aperto na renda dos consumidores e do movimento de troca de marcas numa estratégia das famílias para manutenção do consumo. O investimento total do setor supermercadista foi de cerca de 15 bilhões de reais em 2022, afirmou Milan.

A Abras deve levar no final deste mês uma pauta de demandas junto ao governo federal que inclui temas importantes como permissão mais ampla para venda de medicamentos isentos de prescrição pelos supermercados, o que fará o setor rivalizar diretamente com o varejo farmacêutico.

“Queremos oferecer isso para o consumidor de forma mais ampla. O consumidor terá com isso um preço mais competitivo”, disse Milan. Além disso, a entidade também defende desoneração total de impostos federais e municipais sobre produtos da cesta básica, disse o executivo.

Fonte: Infomoney
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 24 de janeiro de 2023 às 13:57


Google, Microsoft, Goldman Sachs e Salesforce demitiram milhares de funcionários este mês, depois que mais de 125 mil perderam seus empregos em 2022.

Quase 60 mil funcionários perderam seus empregos em demissões em massa nos EUA até agora – o maior total mensal desde que a Forbes começou a rastrear demissões alimentadas por temores de recessão no ano passado – com Google, Microsoft, Amazon, Goldman Sachs e Salesforce demitindo milhares de funcionários.

O anúncio da empresa controladora do Google, Alphabet, na sexta-feira (20), de cortar cerca de 12 mil funcionários foi a maior demissão até agora em janeiro, elevando o número de funcionários afetados em grandes cortes em relação ao total de novembro passado (47.412 funcionários) – o maior em um determinado mês até então.

Em um comunicado à imprensa, o CEO da Alphabet, Sundar Pichai, disse que a demissão ocorre após dois anos de “crescimento dramático” e excesso de contratações para uma “realidade econômica diferente da que enfrentamos hoje” – ecoando um sentimento que os empregadores mostraram durante a maior parte de 2022, quando quase 125 mil pessoas foram demitidas em grandes rodadas de demissões nos EUA.

A Microsoft cortou 10 mil funcionários no início desta semana, quando a gigante do software anunciou que demitiria quase 5% de sua força de trabalho (sua segunda rodada de cortes nos últimos meses, depois de anunciar em outubro que demitiria mais 1% de aproximadamente 180 mil funcionários).

Também nesta semana, vários relatórios afirmaram que o gigante bancário Capital One reduziria seu quadro de funcionários em 1,1 mil, afetando principalmente os cargos de tecnologia, enquanto um porta-voz disse à Forbes que os funcionários demitidos poderiam se candidatar a outros cargos na empresa.

A empresa de software Salesforce, com sede em San Francisco, anunciou em 4 de janeiro que cortaria 7,9 mil funcionários em meio a um clima econômico “desafiador”. Mesma justificativa da rodada de demissões no Goldman Sachs, que poderia cortar até 3,2 mil posições.

As demissões variaram de empresas de tecnologia a bancos, incluindo a varejista de móveis on-line Wayfair, com sede em Boston, que disse que cortaria 10% de sua equipe global, bem como a empresa de empréstimos estudantis Nelnet (350 funcionários), a empresa de telemedicina Teladoc Health (300) e a empresa de gerenciamento de cadeia de suprimentos Flexport (estimada em 662 de seus 3,3 mil funcionários, com base em dados do PitchBook).

Várias grandes demissões neste mês afetaram os trabalhadores da área de criptomoedas, já que os empregadores temem que uma possível desaceleração no mercado criptográfico chamada de “inverno criptográfico”, bem como a especulação do mercado de investidores após o colapso da exchange FTX de Sam Bankman-Fried, possa prejudicar o mercado.

No início deste mês, a exchange de criptomoedas Coinbase anunciou que cortaria um quarto de sua equipe (950 funcionários) para “desacelerar o clima” no mercado de criptomoedas. Três dias depois, a Crypto.com revelou planos para cortar 20% de sua força de trabalho (500 funcionários), já que o CEO Kris Marszalek disse que está enfrentando “eventos imprevisíveis da indústria”, como o colapso da FTX, que “prejudicou significativamente a confiança no setor”.

As ações da Alphabet e da Wayfair, que anunciaram cortes na sexta-feira, subiram horas após a divulgação de seus planos, com as ações da Wayfair subindo cerca de 11%, para US$ 46,79, e as ações da Alphabet subindo quase 10%, para US$ 98,02. O analista da Wedbush, Daniel Ives, disse à Forbes que acredita que a alta nas ações da empresa continuará, já que os empregadores procuram reduzir custos em meio a temores de uma recessão.

Mais demissões devem vir por aí. A varejista de artigos para o lar Bed Bath & Beyond começou a cortar funcionários, segundo um memorando interno visto pela CNBC, embora o memorando não inclua vários cargos afetados. Também houve especulações de que a Apple, que não está em fase de cortes em meio às recentes demissões massivas de tecnologia, poderia evitá-las totalmente devido à prevenção de aumentos de contratação nos últimos dois anos. A maior rodada de demissões da Apple ocorreu há 25 anos, quando o ex-chefe Steve Jobs demitiu 4.100 funcionários.

Fonte: Forbes