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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 17 de janeiro de 2023 às 11:04


Americanas tem passado por uma profunda crise financeira e de reputação.
No mercado de varejo digital, Mercado Livre é um dos principais concorrentes da Americanas.

Depois de divulgar um misterioso rombo de R$ 20 bilhões, a Americanas (AMER3) decidiu deixar a lista de patrocinadores do Big Brother Brasil 2023, da TV Globo. A saída da varejista abriu espaço para um de seus principais concorrentes, o Mercado Livre (MELI34), que agora assume a chamada cota Big, que tem valor estimado em R$ 100 milhões.

Segundo o Mercado Livre, o contrato do BBB inclui a participação em atividades e dinâmicas rotineiras do programa. “Será uma oportunidade de potencializar as conexões com o público consumidor e empreendedores de todo o país, comunicando benefícios e vantagens do nosso ecossistema”, disse o e-commerce.

Em nota, TV Globo afirmou que compreende a decisão da Americanas em focar na gestão dos negócios. A emissora também desejou boas-vindas ao Mercado Livre, salientando que ambas as varejistas são parceiras de longo prazo.

Todo esse imbróglio se desenrola três dias antes do início do principal reality show do país, que tem potencial para alcançar mais de 160 milhões, conforme estimativa dos organizadores. Programas anuais, como BBB e A Fazenda, têm feito parte do calendário de publicidade de diversas marcas, por ampliar a exposição delas tanto no ambiente online quanto no off-line.

No ano passado, por exemplo, a Americanas reportou um crescimento de 50% nos acessos ao seu site e aplicativo depois de patrocinar uma das dinâmicas do programa da Globo. Diante disso, patrocinadores que foram carta marcada nas últimas edições do reality show renovaram a presença para a edição deste ano, marcada para começar na próxima segunda-feira, dia 16 de janeiro.Dívidas da Americanas somam R$ 40 bilhões

Conforme revelou a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, o juiz da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Paulo Assed, concedeu uma medida de tutela de urgência cautelar a pedido da Americanas, após o anúncio da descoberta do rombo contábil de R$ 20 bilhões na última quarta-feira.

Essa medida teria a capacidade de suspender a possibilidade de um bloqueio, sequestro ou penhora de bens da empresa. Além disso, adiaria a obrigação da varejista de pagar suas dívidas até que um eventual pedido de recuperação judicial seja feito à Justiça, fazendo com que a companhia “ganhe tempo”.

Fonte: Infomoney
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 17 de janeiro de 2023 às 11:01


Essa é a primeira aquisição da marca desde o follow on que captou R$ 833 milhões em fevereiro de 2022 e faz parte da estratégia da companhia.

O Conselho de Administração da varejista Arezzo (ARZZ3) aprovou a aquisição de 60% das ações de emissão da Calçados Vicenza, pelo montante de R$ 103,8 milhões, podendo ser ajustado para mais ou para menos, de acordo com determinadas premissas definidas no contrato. Essa é mais uma aquisição da Arezzo & Co desde 2020, quando a companhia iniciou a estratégia de criação de uma ‘house of brands’  – e a primeira marca adquirida desde o follow on que captou R$ 833 milhões em fevereiro de 2022. Também é a primeira aquisição da história em que a Arezzo & Co adquire uma marca de sapatos, um mercado em que a Arezzo tem participação de 33%.

“Há muito tempo admiro a Vicenza e acompanho de perto tanto seu crescimento quanto a lealdade das suas clientes à marca”, diz Alexandre Birman, CEO da Arezzo & Co, em comunicado. “Assim como eu, a Rafaela nasceu e cresceu dentro da fábrica, e sapato está no DNA das nossas famílias. Fico entusiasmado com a entrada dela no grupo e com as inúmeras oportunidades de crescimento que a Vicenza terá se juntando ao nosso ecossistema”.

Fundada há trinta anos em Igrejinha, cidade gaúcha localizada no Vale dos Sinos, pelo empresário Ariovaldo Furlanetto, a Vicenza se consolidou como marca de alto crescimento no mercado de sapatos femininos premium, com produção própria de aproximadamente 1.800 unidades por dia e sólida atuação no e-commerce e lojas multimarcas, com presença em todos os Estados brasileiros e movimento de expansão de exportações.

Em 2022, a Vicenza teve receita operacional bruta de aproximadamente R$ 80 milhões, e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de aproximadamente R$ 13 milhões e vem crescendo num ritmo anual de 30% ao ano.

Hoje comandada por Rafaela Furlanetto, filha de Ariovaldo, a Vicenza está presente em mais de 700 lojas multimarcas no Brasil e em países como Itália, França, Portugal, Rússia, Costa Rica, Porto Rico, Bolívia, Equador, Estados Unidos e Líbano. Atualmente, parte da produção da Vicenza é destinada à exportação.

Entre as avenidas de crescimento da Vicenza estão a estruturação de um e-commerce robusto, a entrada em lojas multimarca que hoje já vendem produtos da Arezzo & Co -há mais de 1300 oportunidades de cross-sell já mapeadas-, o lançamento de outras linhas de produtos e a abertura de cerca de 10 lojas próprias “flagships” em pontos exclusivos como a Rua Oscar Freire. Na outra ponta, o acesso à estrutura de ‘sourcing’ da Arezzo & Co garantirá a segurança no fornecimento de material para apoiar o crescimento da marca.


Transação

Com a aquisição, a Vicenza foi avaliada em R$ 173 milhões, sendo que 60% do valor será pago em dinheiro e o restante em ações da Arezzo & Co. A transação avalia a Vicenza em 8,7 vezes seu Ebitda para 2023, um múltiplo que cai para cerca de 5 vezes usando a projeção para o Ebitda da marca para 2024.

As ações que remanescerem de titularidade dos vendedores após a aquisição, representativas de 40% do capital social total e votante da Vicenza, serão incorporadas pela companhia. Em virtude da incorporação de ações, o capital social da Arezzo será aumentado, com a emissão de 803.129 novas ações ordinárias, que serão subscritas pelos administradores da Vicenza.
O número de ações da companhia a serem emitidas no âmbito da incorporação de ações não será ajustado.

A efetivação da incorporação de ações dependerá das aprovações societárias pertinentes da companhia. Ressalta-se que a Aquisição e a Incorporação de Ações fazem parte de um negócio jurídico único, sendo premissa que cada uma dessas etapas somente será implementada caso a outra também seja. Assim, obtidas as aprovações societárias necessárias e atendidos os demais termos e condições do Contrato e do Protocolo, observadas as normas aplicáveis, a Aquisição e a Incorporação de Ações produzirão efeitos de forma sequencial, nessa ordem.

Se a incorporação de ações for aprovada, os acionistas da Arezzo dissidentes da aprovação da incorporação farão jus ao direito de retirada em relação às ações da companhia das quais forem titulares, ininterruptamente, entre esta terça-feira (17) e a data do efetivo exercício desse direito.

Fonte: Infomoney