Notícias


Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 19 de julho de 2022 às 10:36


Alta das vendas está associada com a base comparativa de junho do ano passado, período em que o comércio ainda sofria restrições por causa da covid.

As vendas no varejo em junho de 2022 cresceram 5,9%, descontada a inflação, em comparação com igual mês de 2021, aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, o indicador apresentou alta de 22,8%.

Segundo a Cielo (CIEL3), o aumento das vendas está associado com a base comparativa de junho do ano passado, período em que o comércio ainda sofria restrições por causa da covid-19. Os efeitos de calendário tiveram pouca interferência no resultado: embora tenha havido uma quinta-feira a mais (dia de comércio mais aquecido) e um terça-feira a menos (data em que as vendas costumam ser mais fracas) que em junho do ano passado, o impacto em volume de vendas devido ao feriado de Corpus Christi este ano foi maior, o que compensou o mix de dias.

Sem considerar esses efeitos, o varejo apresentou crescimento nominal de 22,9%. Na comparação deflacionada, o crescimento nas vendas foi de 5,9%.

De acordo com Diego Adorno, gerente de Produtos de Dados da Cielo, o comércio continua em recuperação. “Em junho, tivemos o oitavo mês consecutivo de crescimento de vendas. Esse resultado está ligado a menos lojas fechadas, em razão da pandemia da covid-19, que há um ano. O macrossetor de Serviços foi o que mais beneficiou as vendas, com destaque para Turismo & Transporte e Bares & Restaurantes. Contudo, eliminando os efeitos de aumento de preços no período, o varejo ainda se encontra abaixo do patamar observado em 2019, ano anterior ao do início da pandemia”.

Inflação
A empresa lembra que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, apontou alta de 11,89% no acumulado dos últimos 12 meses, com alta de 0,67% em junho. O preço no grupo Alimentos e Bebidas, que subiu 0,80%, foi o que mais impactou o índice.

Ao ponderar o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado foi de 16,00% em junho, acelerando em relação ao índice registrado no mês anterior.

Setores
Descontada a inflação e com o ajuste de calendário, os macrossetores de Bens Não Duráveis e de Serviços registraram um crescimento nas vendas em relação a junho de 2021. Já Bens Duráveis e Semiduráveis sofreu uma queda.

O destaque no macrossetor de Bens Não Duráveis foi Postos de Combustíveis. No macrossetor de Serviços, um dos segmentos que mais colaboraram para o crescimento foi Turismo e Transportes. Já o macrossetor de Bens Duráveis e semiduráveis, que apresentou queda, foi impactado negativamente pelo segmento de Materiais de Construção.

Regiões
De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, todas as regiões apresentaram crescimento em relação a junho do ano passado. A região Norte registrou alta de 11,8%, seguida da região Sul (+9,6%), Nordeste (+7,3%), Centro-Oeste (+5,3%) e Sudeste (+4,0%).

Segundo o ICVA nominal com ajuste de calendário na comparação com abril de 2021, as vendas na região Norte cresceram 24,3%, seguida da região Sul (+24,1%), Nordeste (+24,1%), Centro-Oeste (+20,3%) e Sudeste (+22,6%).

Fonte: Infomoney
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 12 de julho de 2022 às 10:01


Para a Abicalçados, os resultados indicam uma recuperação do período pré-pandemia.

As vendas de calçados produzidos no Brasil para o exterior atingiram 75 milhões de pares entre janeiro e junho deste ano, gerando US$ 651,6 milhões. Segundo os dados foram divulgados nesta segunda-feira (11) pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), houve incremento de 31,3% em volume e de 67,5% em receita no comparativo com o primeiro semestre de 2021.

O Rio Grande do Sul respondeu por 46% do total gerado pelas exportações de calçados, sendo o maior exportador do setor. No primeiro semestre, saíram das fábricas gaúchas 21,67 milhões de pares, que geraram US$ 299,4 milhões, altas de 54,3% em volume e de 79,5% em receita em relação aos primeiros seis meses de 2021.

Pegando os dados apenas de junho, as exportações nacionais somaram 10,7 milhões de pares e US$ 112,9 milhões, altas tanto em volume (+37,6%) quanto em receita (+72,5%) na relação com o mesmo mês do ano passado.

Para o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, os resultados indicam recuperação plena do período pré-pandemia, em 2019. “O semestre situou-se 35,6% e 30,9% acima do mesmo período de 2019, em valor e pares”.

Ferreira ressalta que as exportações estão sendo impulsionadas, principalmente, pelos Estados Unidos e por países vizinhos, caso do Chile. “Os Estados Unidos, o principal destino das exportações de calçados, já dobraram o volume importado. Já no caso do Chile, nossos embarques para lá já aumentaram quase 120% no semestre”.

Os Estados Unidos foi o principal destino dos calçados brasileiros no primeiro semestre, importando 11,94 milhões de pares. As vendas ao país geraram US$ 181,8 milhões, o que representou incremento de 88% em volume e 106,7% em receita na relação com o mesmo período do ano passado.

O segundo destino do calçado exportado foi a Argentina. No semestre, foram embarcados para lá 8,2 milhões de pares por US$ 90,67 milhões, incrementos de 61,2% em volume e 88,3% em receita na relação com o intervalo correspondente de 2021.

No terceiro posto aparece a França. Nos seis meses, os franceses importaram 4,6 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 36,8 milhões, altas de 36,8% e 31,6%, respectivamente, ante o ano passado.

A surpresa da lista de destinos é o Chile, que passou de 9º destino em 2021 para 4º destino no primeiro semestre deste ano. Nos seis meses, foram exportados para lá 1,4 milhão de pares, que geraram US$ 36,8 milhões, incrementos de 99,2% em volume e 119,7% em receita no comparativo com o mesmo período do ano passado.

Fonte: Jornal do Comércio