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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 12 de julho de 2022 às 09:57


Projeção era de recuperação em 2022, mas a falta de produtos e a crise econômica esfriaram as perspectivas.

Com a ativação do sinal 5G, iniciada na última semana em Brasília e prevista para outras capitais ainda neste semestre, as vendas de celulares compatíveis com a nova tecnologia devem dobrar, ajudando a salvar o mercado de smartphones, que vem em baixa.

De acordo com dados da consultoria IDC Brasil, foram vendidos 45,8 milhões de aparelhos em 2021, queda de 6,1% ante 2020. Para este ano, a projeção era de recuperação, mas a falta de produtos e a crise econômica esfriaram as perspectivas.

A IDC esperava para este ano uma alta de 4,5% a 5% nas vendas, mas revisou sua expectativa para 0%, com chance até mesmo de uma nova retração, segundo o gerente de pesquisa da IDC, Reinaldo Sakis.

Um dos problemas foi a falta de componentes que vêm da Ásia, onde a pandemia recrudesceu nos primeiros meses do ano, afetando a indústria local e as exportações.
“As varejistas brasileiras faziam pedidos, mas as fabricantes não estavam entregando”.

A situação está mais normalizada agora, mas a crise econômica atrapalhou os negócios no Brasil, tanto para quem vende os celulares, quanto para quem compra.
As varejistas reduziram o tamanho dos estoques para preservar o caixa. Já os consumidores foram afetados pela inflação e pela subida dos juros.  “O bolso do brasileiro está mais comprometido”.

Essa situação, somada ao preço dos smartphones, que vem que inibiu as vendas. Em 2021, o valor médio dos aparelhos vendidos foi de R$ 1.845, aumento de 19,5% ante 2020. No começo deste ano, atingiu o patamar de R$ 2.230, uma escalada de 21%, segundo a IDC.

O aumento no preço é explicado pela disparada nos custos dos componentes e também dos fretes, além da estratégia dos fabricantes em concentrar os lançamentos em produtos apresentados como “premium” (com tela maior, memória expandida, câmera de maior resolução e outros recursos).

Tendência de alta

Mesmo nesse contexto difícil, os smartphones com 5G estão se destacando. O consultor da IDC afirma que os celulares de alto padrão têm mantido níveis elevados de vendas.

“O que está caindo são os produtos de entrada e de menor valor, que se compra nas Casas Bahia. As vendas dos aparelhos de R$ 4 mil pra cima estão crescendo quase três dígitos. A população de maior poder aquisitivo, menos impactada economicamente pela crise, continua comprando celular”.

A ativação do 5G nas capitais será um estímulo extra para movimentar o mercado, podendo atrair de volta às compras pessoas que são entusiastas de novas tecnologias e também as que vinham postergando a troca do aparelho.

Os smartphones compatíveis com a nova geração de internet devem responder por 25% das vendas no fim de 2022, contra 10% no fim de 2021, segundo Sakis.

“Até o fim do ano, vai ter mais produtos 5G sendo vendidos, maior variedade no portfólio e mais lançamentos de produtos intermediários e até de entrada, então o preço médio neste segmento vai cair”, diz o analista da IDC.
Até o fim de 2021, o preço médio dos aparelhos 5G ficava em torno de R$ 5 mil, valor que caiu para R$ 3,9 mil no começo deste ano.

Atualmente, existem no Brasil 67 modelos de celulares capazes de rodar o 5G homologados pela Anatel. As líderes em variedade de portfólio são a Samsung (com 25 modelos), seguida de Motorola (14), Apple (9) e Xiaomi (6). Os preços partem de aproximadamente R$ 1,5 mil.

Fonte: Infomoney
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 21 de junho de 2022 às 11:28


Dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apontam que, entre janeiro e maio, as exportações de calçados somaram 64,24 milhões de pares, que geraram US$ 538,72 milhões, elevações de 30,3% em volume e de 66,5% em receita na relação com igual período do ano passado. Segregando apenas o mês de maio, os embarques somaram 10,5 milhões de pares, que geraram US$ 104 milhões, incrementos de 19,8% e de 59,5%, respectivamente, ante o mês cinco de 2021.

O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que o incremento das exportações para os Estados Unidos seguem sendo determinantes para a performance positiva. Entre janeiro e maio, os calçadistas brasileiros embarcaram, para lá, 10 milhões de pares, que geraram US$ 146,3 milhões, altas tanto em volume (+87,2%) quanto em receita (+108,6%) em relação ao mesmo período do ano passado. “As exportações e calçados para os Estados Unidos, em volume, já estão quase 80% superiores às realizadas no mesmo período de 2019, na pré-pandemia", conta.

Segundo o executivo, também influenciam positivamente as exportações para a América do Sul, que estão 30% acima dos níveis pré-pandêmicos. “Existem fatores macroeconômicos e até políticos que vêm influenciando nos resultados. No fator político, destaque para a guerra comercial entre Estados Unidos e China, que acabou por sobretaxar calçados chineses importados por compradores estadunidenses. No macroeconômico, destaque para o encarecimento dos fretes da Ásia, que tem feito com que compradores busquem fornecedores geograficamente mais próximos. Neste caso, como somos a maior indústria fora da Ásia, aparecemos como um player relevante”, avalia Ferreira.

O segundo destino do calçado brasileiro nos cinco primeiros meses do ano foi a Argentina, para onde foram embarcados 6,82 milhões de pares, que geraram US$ 74,62 milhões, incrementos de 64% e 93,7%, respectivamente, ante igual intervalo de 2021.

No terceiro posto aparece a França, que no período importou 4 milhões de pares por US$ 29,4 milhões, altas de 31% em volume e de 25,2% em receita em relação aos mesmos cinco meses do ano passado.


ESTADOS

O Rio Grande do Sul segue sendo o maior exportador de calçados no Brasil. Respondendo por mais de 45% do valor gerado pelos embarques, entre janeiro e maio as fábricas gaúchas embarcaram 18,17 milhões de pares, que geraram US$ 246 milhões, incrementos de 53,7% e de 80%, respectivamente, ante o mesmo intervalo de 2021.

O segundo maior exportador de 2022 é o Ceará, de onde partiram 19,67 milhões de pares por US$ 120,9 milhões, altas de 25,3% e 47,4%, respectivamente.

Na sequência apareceram São Paulo (4,13 milhões de pares e US$ 53,48 milhões, altas de 19,6% e 48,7%, respectivamente) e Paraíba (10,3 milhões de pares e US$ 34,67 milhões, queda de 1% em volume e incremento de 43% em receita).

Fonte: Abicalçados