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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 29 de março de 2022 às 10:39


Veículos movidos a eletricidade ainda lidam com baixa autonomia das baterias e pouca oferta de recarga nos deslocamentos — sobretudo, no Brasil.

O reajuste de 19% na gasolina e de 25% no diesel anunciado pela Petrobras (PETR3;PETR4) assustou os brasileiros, que já estão pagando, em média, R$ 6,683 pelo litro do combustível.

Com o preço dos combustíveis neste patamar, uma pergunta vem sendo feita: o carro elétrico é uma opção possível para o bolso dos brasileiros —  já em 2022? Quem responde são os experts do setor.

Demanda

Os carros elétricos já representam 2,5% dos emplacamentos do país.
Nos primeiros 75 dias de 2022, as vendas de veículos eletrificados alcançaram a marca de 7,35 mil unidades, contra 3,65 mil no mesmo período do ano passado, aponta o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

A Anfavea, associação que representa as fabricantes, tem outro número: a quantidade de carros elétricos licenciados (34,9 mil unidades) subiu 77% em 2021 na comparação com o ano anterior.

Wagner de Camargo é um motorista de Corolla, da Toyota, do tipo híbrido desde 2021. As baterias do veículo são recarregadas por frenagem — nos carros convencionais, esta energia não é aproveitada. Camargo, conta ao InfoMoney que o consumo do veículo é atrativo. “Em torno de 18 km/l, o que me faz andar mais e com menos gasto no reabastecimento”.

Vanessa Netz é outra proprietária de híbrido. A família, diz ela, optou por um modelo da Volvo que roda apenas 40 km na opção elétrica, ideal para quem circula pequenas distâncias.

“Temos uma tomada elétrica em casa e ficou prático. Apesar do preço final do carro ter sido maior do que outras opções, achamos que a economia de combustível iria valer a pena. E realmente valeu a pena diante do cenário que vivemos”. E a família Netz já fez as contas: uma carga de, pelo menos 2h30, o suficiente para o veículo rodar os 40 km de autonomia da bateria, gera entre R$ 10 e R$ 12 de custo em energia.

Os modelos híbridos têm um motor a combustão, normalmente a gasolina. E um segundo, elétrico, que mantém o motor de combustão funcionando. A dupla de motores reduz o consumo de combustível fóssil e, consequentemente, a emissão de poluentes.


Potencial de mercado

Os carros elétricos estão na crista da onda para quem opera neste mercado.

Veja o exemplo da Beepbeep, empresa de aluguel de elétricos, com atuação na capital paulista e em cidades do interior do estado, como São José dos Campos, Campinas, Indaiatuba, Valinhos e Jacarei; além dos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, e Viracopos, em Campinas.

A empresa diz ter triplicado a receita bruta em 2021, na comparação com 2020. “Fechamos o ano passado com crescimento e forte tração mês após mês — aproximadamente 18% de crescimento médio ao mês”, conta o CEO, André Fauri.

A companhia ingressou neste mercado com 10 veículos 100% elétricos em julho de 2019. “Hoje são 125 veículos totalmente elétricos”, diz. Em três anos, a meta é ousada. “Queremos 1.000 veículos [do gênero]”.

A empresa opera por meio de estações em locais privados como shoppings, hotéis, supermercados e estabelecimentos comerciais, além do sistema “free float”, em São José dos Campos, que permite, em parceria com a prefeitura, que os veículos possam ser estacionados na “zona azul” da cidade em vagas públicas no perímetro definido no mapa do aplicativo.

Neste cenário, “o carro híbrido ou o 100% elétrico seria a melhor opção”, diz Milad Kalume Neto, diretor da consultoria automotiva Jato Dynamics. “Mas ele ainda está longe de ser realidade para todo mundo no Brasil”.

Outro entrave é a dinâmica global do setor automotivo, muito impactado, na pandemia de Covid-19, pela falta de peças. A guerra da Ucrânia, diz Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, só piorou a situação, uma vez que a região sob o conflito é uma importante produtora de semicondutores, por exemplo.

Por que o elétrico ainda não é para todo mundo?


1. Preço elevado do veículo

O carro elétrico é caro. “Toda nova tecnologia traz a reboque custos altos pela inovação, testes e amortização do investimento”, diz Antônio Martins, da FGV. “No caso dos elétricos, tem a instalação e o funcionamento da bateria, que hoje corresponde a cerca de 40% do valor do carro”.
Veja alguns modelos, com preços cotados:
Renault Zoe, por R$ 204.990
Fiat 500 e, por R$ 252.675
BMW i3, por R$ 304.950
Audi e-tron, por R$ 604.990
Jaguar I-Pace, por R$ 620.000

Hoje, os preços dos elétricos estão nas alturas, mas, no futuro, a perspectiva é de queda. Estudo da BloombergNEF (New Energy Finance) em parceria com a Federação Europeia para os Transportes e o Ambiente mostra que os carros elétricos serão mais baratos do que os movidos por combustíveis fósseis até 2027.

“O custo é um dos motivos da demanda no Brasil não ser alta. Poucas pessoas têm dinheiro para pagar um veículo elétrico ou mesmo híbrido”, diz Kalume Neto, da Jato Dynamics.

“Diante da pandemia, o poder de compra de um consumidor médio, no Brasil, não paga um carro elétrico com este patamar de preço. É diferente da relação de preço e renda que se vê na Europa, por exemplo, território em que a oferta já é bem maior”.


2. Autonomia e recarga da bateria

Outro desafio é a autonomia da bateria que, hoje, responde por uma autonomia de 400 km, segundo estudo do Escritório de Eficiência Energética e Energia Renovável, dos EUA, em 2021.

“Em centros urbanos, essa autonomia pode atender. Mas, no Brasil, um país de dimensões continentais, o motorista terá de parar mais para percorrer distâncias maiores”.
“E o tempo de carregamento ainda é muito lento. Melhorar a eficiência do carregamento vai ser crucial para que os elétricos sejam adotado em larga escala”.

O BMW i3, por exemplo, leva 3h30 para recarregar sua bateria em 220 V, se o motorista andar 200km em um dia. O Renault Zoe demora, em média, 3h, mas pode demorar bem mais tempo a depender da tensão elétrica que vai abastecê-lo.

Pensando na principal demanda dos elétricos, a StoreDot, startup israelense, quer recarregar carros elétricos em cinco minutos com a sua bateria de íon de lítio. “Esse tipo de produto funcionando no mercado deve ajudar no boom dos carros elétricos”, comenta o professor da FGV.

Um dos fornecedores do grupo Renault-Nissan-Mitsubishi anunciou que quer produzir baterias capazes de garantir 1.000 km de autonomia, a partir de 2023. “Se mais iniciativas como esta se tornarem realidade, poderemos ter uma reversão de cenário”, avalia o executivo da Jato Dynamics.

Além disso, Kalume Neto menciona que a autonomia da bateria pode variar entre os mercados. “A autonomia na Europa pode ser diferente da que teremos no Brasil. Temperaturas mais altas, que exigem ar-condicionado ligado por mais tempo; carro mais pesado, entre outros fatores, podem afetar a autonomia”.


3. Infraestrutura de carregamento


No rastro dos desafios da bateria, há outro desafio: onde carregar os carros elétricos?

Hoje, os poucos pontos de recarga encontrados no país ficam em shoppings e outlets de alto padrão, uma realidade da capital paulista, por exemplo. A casa do próprio motorista, como é o caso de Vanessa Netz, é outra opção.

“O primeiro passo que setor terá de dar é o da democratização do acesso aos postos de recarga”.
A montadora chinesa GWM anunciou, recentemente, investimento na ordem de R$ 10 bilhões para produzir veículos elétricos em Iracemápolis (SP). Em paralelo à fábrica, a companhia prevê implantar 100 pontos de recarga para veículos elétricos e híbridos em municípios paulistas.

Os equipamentos de recarga serão montados nos pontos de venda e serviços da GWM, onde o carregamento será gratuito e estará disponível para veículos eletrificados de qualquer modelo ou fabricante.

Ampliar a recarga para diferentes modelos de veículos é o caminho, completa Martins, da FGV. “Se você não é a Tesla, que está à frente e realmente tem vários postos próprios nos EUA, os custos não valem a pena [se a recarga for individualizada]”.

Para Martins, as parcerias no abastecimento dos elétricos serão um atalho para a popularização dos elétricos. O problema, ainda sem resposta, é: como os postos tradicionais farão a cobrança da energia fornecida aos veículos?

Fonte: Infomoney
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 22 de março de 2022 às 09:47


Com a divulgação dos balanços de Multiplan, Iguatemi e brMalls, avaliação é de que resultados foram positivos para o segmento.

Com a divulgação dos balanços de três das quatro maiores operadoras de shoppings listadas na bolsa de valores, a avaliação do mercado até agora é a de que os resultados do quarto trimestre de 2021 foram positivos para o setor.

Multiplan (MULT3), Iguatemi (IGTI11) e brMalls (BRML3) apresentaram resultados sólidos, segundo analistas. Aliansce Sonae (ALSO3) ainda não divulgou seus indicadores, o que deverá ocorrer em 29 de março.

As receitas das três empresas – Multiplan, Iguatemi e brMalls – cresceram no 4T21 no comparativo com o mesmo período de 2020. Os resultados, que variaram de aumentos de 39,9% (brMalls) até 71,1% (Iguatemi), foram impulsionados pelo maior fluxo de clientes com a flexibilização de medidas contra a Covid-19 e também a evolução do pagamento de aluguéis de lojistas.

Por outro lado, os lucros das operadoras de shoppings variaram. Enquanto a Multiplan apresentou alta de 45,5% do lucro líquido na comparação com o 4T20, Iguatemi obteve lucro praticamente estável (+1,1%) e a brMalls viu seu lucro diminuir 6,6%.


Balanço da brMalls (BRML3)

A brMalls registrou lucro líquido de R$ 186,2 milhões no quarto trimestre de 2021, beneficiada pelo crescimento de aluguéis, que sustentaram o resultado positivo no trimestre, de acordo com o Credit Suisse. O banco suíço afirmou que brMalls apresentou resultados gerais positivos, sustentados pela redução dos descontos nos aluguéis e pela expansão do volume de vendas.
Por outro lado, o banco destacou que brMalls ficou atrás de Multiplan e Iguatemi em relação aos aluguéis de mesmas lojas (SSR, na sigla em inglês), mas vem diminuindo a diferença no 1TRI22, atingindo 39% em fevereiro.

Além disso, a empresa registrou uma inadimplência líquida negativa, o que possibilitou a redução do seu provisionamento para devedores duvidosos. Apesar das tendências positivas do setor, os analistas do banco ainda preferem negociá-lo por meio de carteiras mais resilientes (IGTI11 e MULT3).

Para a XP, a brMalls apresentou resultados sólidos no 4TRI21, impulsionados pelo crescimento do aluguel mesmas lojas (vs. de 2019) crescendo 24% (vs. 10,5% no 3T21), levando a uma forte receita de locação atingindo R$ 273 milhões (+2% vs. 2019). Além disso, a empresa registrou crescimento nas vendas dos lojistas (+30% vs. 4T20) e quase estabilidade em relação aos níveis de 2019. Com isso, a inadimplência líquida foi afetada positivamente, atingindo níveis recordes de -1,8% no 4T21 vs. 4,8% no 3T21.


Multiplan (MULT3) resultados

Sobre a Multiplan, que divulgou lucro 45% maior no balanço do 4º trimestre, o Credit Suisse afirmou que a companhia “continua impressionando e comprovando a resiliência e o potencial de crescimento de seu portfólio”.

“A Multiplan assumiu a liderança na redução de descontos e no repasse da inflação a apropriar para os aluguéis, o que resultou em receita recorde de locação e, impressionantemente, não prejudicou o custo de ocupação”, destacou o banco suíço.

Para o Bradesco BBI, a Multiplan apresentou resultados muito bons no 4T21, o que deve ser um gatilho para revisões para cima dos lucros sobre a recuperação pós-pandemia mais forte do que o esperado e os resultados financeiros de cima para baixo.

Para a XP, a Multiplan reportou resultados fortes e bem acima das estimativas no 4T21. Do lado operacional, o portfólio da Multiplan operou cerca de 100% do horário normal no 4T21, impulsionando as vendas dos lojistas (+8,1% vs. níveis do 4T19).

A receita de locação aumentou (+35,4% vs. níveis do 4T19), principalmente devido ao efeito do reajuste do IGP-DI e redução dos descontos. A XP destacou a taxa de inadimplência líquida, que se manteve saudável, atingindo 4,6% no 4T21 vs. 3,9% no 3T21, mesmo com aluguel das mesmas lojas (SSR) mais forte que o esperado.


Iguatemi (IGTI11) no 4º trimestre

Sobre Iguatemi, o Bank of America afirmou que a companhia reportou resultados no 4TRI21 em grande parte em linha com as projeções e ainda em uma tendência de recuperação, mas deixando os níveis pré-Covid muito para trás.

“Os aluguéis aumentaram 17% em relação a 2019, enquanto as vendas subiram 13%, indicando poder de barganha para reduzir descontos. Acreditamos que a forte receita apresentada neste trimestre pode desencadear revisões de estimativa para cima com aluguel (implícito) para 2022 10% acima de 2019”.

O Bradesco BBI avaliou que Iguatemi apresentou resultados decentes no 4T21, com fluxo de caixa operacional (FFO) principalmente em linha com as expectativas, mas um crescimento decente de dois dígitos em relação a 2019 e melhorias marginais nos principais dados operacionais, como inadimplência e taxas de ocupação, indicando uma tendência positiva.

Os analistas do banco gostaram das novas informações do I-Retail e do Iguatemi 365, que devem permitir que o mercado acompanhe seu ramp-up de receita para geração de Ebitda, que enxergam potencialmente empatar no futuro próximo.

Para o Itaú BBA, a Iguatemi teve um Ebitda decente no 4T21 e bom início de 2022. Segundo a casa, a combinação de maior crescimento de receita e melhores margens na divisão de varejo levou a uma boa batida do Ebitda no trimestre, embora o fluxo de caixa provenientes das operações (FFO, na sigla inglês) tenha sido prejudicado por um resultado financeiro mais pesado. A empresa também divulgou fortes números operacionais preliminares para o início do ano.

O Credit Suisse destacou que Iguatemi teve resultados fortes, mas que o “melhor ainda está por vir”. Para a instituição, a empresa apresentou forte resultado financeiro no 4TRI21, superando as estimativas e reforçando a qualidade de seu portfólio e alto poder de barganha junto aos lojistas. Analistas do banco enxergam a ação da Iguatemi descontada, negociando a um P/FFO 2023 de 9,5x, um desconto de 10% em relação à média dos pares, reforçando a visão positiva para a ação.


Recomendações das ações de shoppings

O Credit Suisse reiterou avaliação neutra para o papel de brMalls, com preço-alvo de R$ 10,50. Já a XP reiterou o rating de compra para brMalls, com preço-alvo de R$ 12,00/ação.

Para Multiplan, a recomendação do Credit Suisse em fevereiro, quando foi divulgado o balanço, foi de outperform para o papel, com preço-alvo de R$ 24. Já o Bradesco BBI reafirmou também o rating outperform para a posição MULT3 e o top pick entre as administradoras de shoppings, com um preço-alvo de R$ 32,00. A XP reiterou recomendação de compra para Multiplan, com preço-teto de R$ 28.

Sobre Iguatemi, o Bank of America recomenda a compra do ativo até o preço-alvo de R$ 28. O Bradesco BBI mantém avaliação outperform para Iguatemi, com preço-alvo de R$ 32,00. O Itaú BBA manteve a classificação market perform para Iguatemi, e preço-alvo de R$ 23,80. O Credit Suisse manteve classificação outperform para Iguatemi, e preço-alvo de R$ 26,60.


Multiplan tem maior variação de lucro no segmento

A Multiplan (MULT3) fechou o quarto trimestre de 2021 com um lucro líquido de R$ 213,610 milhões, representando uma alta de 45,5% sobre o mesmo período do ano passado.

Na comparação com o quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, a empresa elevou em 50,1% o lucro. Segundo a empresa foi beneficiada pelo crescimento da receita no trimestre e menor carga tributária, parcialmente compensados por maiores despesas financeiras.

Já a BrMalls (BRML3) registrou lucro líquido de R$ 186,2 milhões no quarto trimestre de 2021 (4T21), o que representa uma redução de 6,6% em relação ao mesmo trimestre de 2020.
A Iguatemi (IGTI11) somou lucro líquido de R$ 82,8 milhões no quarto trimestre de 2021, um crescimento de 1,1% contra mesma etapa de 2020.


Visão otimista para 2022

Nas teleconferências de resultados com analistas, as diretorias de Multiplan, Iguatemi e brMalls se mostraram positivas com as perspectivas para 2022.

Dois grandes fatores pesam para este cenário: a quase totalidade dos shoppings operando 100% (com o fim das restrições da Covid-19) e grande parte dos descontos dos aluguéis de lojistas já retirados, proporcionando mais receita para as administradoras dos empreendimentos.

Durante a pandemia, muitas empresas congelaram ou reduziram de forma temporária os repasses do IGPM nos contratos de aluguel como forma de amenizar as perdas durante a pandemia.


Ambiente competitivo

A Iguatemi (IGTI11) enxerga um “ambiente competitivo para M&A” (fusões e aquisições) “a seu favor neste momento”, segundo afirmou a CEO da empresa, Cristina Anne Betts. Com a melhora da receita no 4º trimestre e alavancagem baixa, a ideia é manter espaço para olhar oportunidades que estão aparecendo, apesar de o momento de taxa de juros não ser o melhor e a empresa ter que elevar a alavancagem para comprar algo interessante.

Dos 16 empreendimentos da Iguatemi, 14 já superaram em 2021 as vendas de 2019. “Tivemos melhora em todas as categorias, que registraram melhora expressiva em suas vendas. Continuamos apostando no nosso modelo omnichannel e na complementaridade desses canais com o nosso segmento físico”, destacou Cristina. Segundo ela, a companhia segue “muito otimista” para os próximos meses.

Inflexão com Covid
Já o CEO da brMalls, Ruy Kameyama, afirmou que os números de 2021 da empresa mostram que o ano foi um ponto de inflexão, onde os impactos da Covid-19 são águas passadas.

Segundo ele, os próximos três anos vão ser muito bons para o business tradicional da empresa e também para a aquisição e integração das novas companhias. “Novas soluções de negócios vão aumentar valor. O diferencial será não a quantidade de shoppings, mas a escala, qualidade e novas soluções”.

Após a aquisição da empresa Hello Mídia Brasil em setembro de 2021, a brMalls afirmou que já colhe os frutos da nova companhia e projeta uma avenida de crescimento importante para este segmento nos próximos anos. Eduardo Langoni, CFO da brMalls, afirmou em teleconferência que as receitas de mídia vêm ganhando relevância a cada trimestre, e “é uma avenida importante para a brMalls”.

Houve aumento de 29,7% de receita de mídia no 4TRI21, demonstrando a incorporação da Hello. Ela representou 6,5% da receita bruta total de brMalls. A expectativa é que ela corresponda a 20% da receita total da companhia.

A brMalls afirmou também que está aberta a propostas de M&A (fusões e aquisições), mas detalhou os motivos pelos quais a companhia rejeitou a proposta da Aliansce Sonae. O CEO Ruy Kameyama, destacou que vê mérito em fusões, mas que a proposta da Aliansce Sonae esbarra na “questão de preço e a relação de troca é essencial para se criar valor para os acionistas da brMalls”. Ele frisou que a proposta da Aliansce Sonae é de uma aquisição da brMalls e não de uma fusão.

Ruy destacou ainda que a brMalls é uma empresa que tem um ótimo portfólio, estratégia clara de evolução e trajetória crescente. “Existem outras conversas em curso que não são públicas”, afirmou. A companhia está em negociação, por exemplo, com a empresa de shoppings Ancar.

A Multiplan afirmou que em janeiro de 2022 as vendas já superaram os níveis de 2021 em 42,6% e janeiro de 2019 em 4,4%. “A Multiplan aguarda melhorias, que permitirão que as restrições ainda existentes sejam extintas e os shoppings da companhia possam voltar a oferecer todos os eventos pelos quais são conhecidos”, afirmou a companhia.

Receitas do Iguatemi cresceram mais de 71%
A receita líquida da Multiplan cresceu 47,8% no 4TRI21, a R$ 445,734 milhões (de R$ 301,609 milhões de um ano atrás).

A receita líquida de brMalls somou R$ 373,3 milhões entre outubro e dezembro do ano passado, alta de 39,9% na comparação com igual etapa de 2020, destaque para evolução do aluguel percentual que encerrou o trimestre em níveis superiores ao de 2019 e para prestação de serviços com início da incorporação dos resultados da adquirida Helloo.

Iguatemi reportou receita líquida de R$ 315,4 milhões entre outubro e dezembro do ano passado, alta de 71,1% na comparação com igual etapa de 2020.

Fonte: Infomoney