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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 08 de junho de 2021 às 13:44


A projeção, de acordo com consenso Refinitiv, era de alta de 0,1% na comparação com março e de alta de 19,8% na comparação com abril de 2020.

As vendas do comércio varejista subiram 1,8% em abril de 2021 ante março, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na maior alta para o mês desde 2000, após queda de 1,1% em março.

Na comparação com abril do ano passado, o volume de vendas no varejo cresceu 23,8%.

O resultado veio acima do esperado. A projeção, de acordo com consenso Refinitiv, era de alta de 0,1% na comparação com março e de alta de 19,8% na comparação com abril de 2020.

Na base mensal, o resultado positivo atingiu sete das oito atividades investigadas pela pesquisa. A maior alta foi a de Móveis e eletrodomésticos (24,8%). Outras variações positivas vieram dos setores de Tecidos, vestuário e calçados (13,8%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (10,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (3,8%), Combustíveis e lubrificantes (3,4%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,9%).

Já o setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,7%) foi o único a ter retração frente ao mês anterior. Essa queda fez com que o índice geral não fosse maior em abril, uma vez que o setor representa quase metade (49,2%) do volume de vendas pesquisado. “O consumo das famílias se modificou em termos de estrutura no começo da pandemia. O que tem acontecido é que, em alguns setores, o consumo tem se concentrado em momentos específicos do ano. Antigamente, esses momentos eram muito marcados, como a Black Friday e o Natal, agora o cenário mudou”, analisa o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades veículos, motos, partes e peças (20,3%) e de material de construção (10,4%), o aumento no volume de vendas foi de 3,8%. Ambas as atividades haviam recuado no mês anterior.


Comparação anual

Na comparação com abril do ano passado, a alta de 23,8% no volume de vendas no varejo foi a segunda taxa positiva consecutiva nesse indicador. O comércio varejista ampliado registrou 41,0% de aumento, segundo crescimento consecutivo e o maior da série no indicador que confronta o resultado do mês com igual mês do ano anterior. O aumento recorde é explicado pela base de comparação baixa.

“Em abril de 2020, foi o maior tombo do índice na série histórica da PMC. Então quando olhamos para essas grandes variações, precisamos lembrar que muitas dessas lojas declararam uma perda muito grande de receita. Por exemplo, se uma loja tinha um faturamento de R$ 100 mil e em abril ela só vendeu 10%, depois, se ela crescer 100%, ela passa de R$10 mil para R$20 mil. Ou seja, o patamar ainda está muito baixo em relação ao cenário que se tinha antes da pandemia”, explica Cristiano.

Nessa comparação, as atividades que tiveram maior impacto no total do varejo foram: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (104,4%), Tecidos, vestuário e calçados (301,2%), Móveis e eletrodomésticos (71,3%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (34,1%), Combustíveis e lubrificantes (19,9%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (47,1%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (95,9%).

Fonte: Infomoney
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 01 de junho de 2021 às 10:41


O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,2% no 1º trimestre de 2021, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, segundo divulgou nesta terça-feira (1) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,048 trilhões.

Os números do IBGE confirmaram que a economia brasileira iniciou o ano em expansão, mas com desaceleração no ritmo de recuperação, após avanço de 3,2% no 4º trimestre de 2020.

Frente ao mesmo trimestre de 2020, o PIB apresentou crescimento de 1% – a primeira alta após uma sequência de quatro quedas.


O resultado veio acima do esperado. A mediana das projeções de 55 instituições financeiras e consultorias procuradas pelo Valor Data era de alta de 0,7% na comparação com o 4º trimestre, e de 0,5% em relação ao 1º trimestre de 2020.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia."Com o resultado do primeiro trimestre, o PIB voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, mas ainda está 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, alcançado no primeiro trimestre de 2014", destacou o IBGE.

De acordo com a gerente de Contas Nacionais, Rebeca de La Roque Pallis, o patamar 3,1% abaixo do pico equivale ao ritmo da economia no final de 2012 e o começo de 2013.

PIB cresce 1,2% no 1º trimestre de 2021, segundo o IBGE. Em 12 meses, economia ainda tem queda.

Mesmo com três trimestres seguidos de recuperação, a economia ainda não eliminou, porém, o tombo recorde de 9,2% registrado no 2º trimestre de 2020. No acumulado em 12 meses, o PIB ainda registrou queda de 3,8%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores.



Principais destaques do PIB no 1º trimestre

Serviços: 0,4%
Indústria: 0,7%
Agropecuária: 5,7%
Consumo das famílias: -0,1%
Consumo do governo: -0,8%
Investimentos: 4,6%
Exportação: 3,7%
Importação: 11,6%
Construção civil: 2,1%

Agropecuária foi destaque entre os setores

Os 3 grandes setores da economia avançaram nos 3 primeiros meses do ano, contra o quarto trimestre de 2020. O maior crescimento foi da agropecuária (5,7%), seguida pela indústria (0,7%) e serviços (0,4%).

Entre as atividades industriais, o avanço foi puxado pelas Indústrias Extrativas (3,2%). Também registraram taxas positivas a Construção (2,1%) e a Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,9%). Somente a indústria de transformação teve retração (-0,5%).

Nos serviços, houve resultados positivos em Transporte, armazenagem e correio (3,6%), Intermediação financeira e seguros (1,7%), Informação e comunicação (1,4%), Comércio (1,2%), Atividades imobiliárias (1,0%) e Outros serviços (0,1%). A única queda foi na Administração, saúde e educação pública (-0,6%).


Investimento cresce e consumo das famílias recua

Pela ótica da despesa, os investimentos tiveram alta de 4,6%, enquanto o consumo das famílias (-0,1%) e o consumo do governo (-0,8%) tiveram queda em relação ao trimestre imediatamente anterior.

"A gente tem visto o governo com problemas orçamentários, não tem tido concursos e tem tido muita aposentadoria, e isso tudo afeta o consumo do governo", destacou a pesquisadora do IBGE.

O recuo no consumo das famílias – principal motor do PIB nos últimos anos – refletiu a redução do Auxílio Emergencial, o recrudescimento da pandemia, o aumento da inflação e o desemprego em patamar recorde. Na comparação com o 1º trimestre do ano passado, queda foi de 1,7%.

No setor externo, as exportações de bens e serviços tiveram crescimento de 3,7%, enquanto as importações cresceram 11,6% em relação ao quarto trimestre. Entre as exportações de bens, os setores que mais contribuíram para a alta foram: extração de minerais metálicos; produtos alimentícios; veículos automotores; e produtos de fumo.

A taxa de investimento avançou para 19,4% do PIB no 1º trimestre, contra 15,9% no mesmo período de 2020 e de 16,4% no consolidado de 2020.

Segundo a gerente da pesquisa, as principais influências para a alta da taxa de investimento foram "o Repetro, a alta da produção interna de bens de capital, aumento de desenvolvimento de softwares, que vem ganhando peso, além do melhor desempenho da construção civil em relação ao 4º trimestre". A taxa de poupança também aumentou, atingindo 20,6%, ante 13,4% no 1º trimestre do ano passado.


Perspectivas para o ano

Apesar da incerteza ainda elevada e das preocupações relacionadas à pandemia e ao ritmo da vacinação no país, indicadores econômicos têm surpreendido positivamente nos últimos meses, levando à revisões para cima na projeção de crescimento do PIB em 2021.

Na última semana, o mercado financeiro subiu a estimativa para o avanço da economia no consolidado no ano para 3,96%, com diversos analistas prevendo agora uma alta acima de 4%. A estimativa oficial do Ministério da Economia aponta para expansão de 3,5% do PIB em 2021, mas o ministro Paulo Guedes diz que o Brasil pode crescer em torno de 4,5% a 5%.

Já a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) manteve nesta segunda-feira a previsão de crescimento de 3,7% para o Brasil, mas apontou que o pais deverá crescer menos que média mundial.

Em 2020, no primeiro ano da pandemia, a economia brasileira tombou 4,1%, registrando a maior contração desde o início da série histórica atual do IBGE, iniciada em 1996, o que tirou o Brasil da lista das 10 maiores economias do mundo.

Fonte: G1