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Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 22 de janeiro de 2024 às 10:22


Relatório da Vogue que será apresentado nesta semana aponta o consumidor brasileiro de luxo como extremamente exigente.

Citado como a categoria mais resiliente durante a pandemia de covid-19, o setor de luxo global começou a dar sinais de desaceleração em 2023. Diante da persistente inflação e das incertezas econômicas, os consumidores cortam gastos e diminuem a frequência de compra nos principais mercados europeus, Estados Unidos, China e Japão. Na contramão, Brasil, Coreia do Sul e Oriente Médio surgem como as principais oportunidades para as marcas de luxo investirem nos próximos anos, segundo o relatório Vogue Business Index, da Vogue, que será apresentado nesta semana e foi antecipado pela chefe de consultoria da Vogue Business, Anusha Couttigane, durante a NRF 2024, que aconteceu entre 14 e 16 de janeiro, em Nova York. A MERCADO&CONSUMO esteve presente no evento e fez uma cobertura especial do evento, acompanhando a delegação da Gouvêa Experience.

“As categorias que circulam nesses três mercados geram taxas de penetração mais elevadas, enquanto estão a desacelerar em um mercado mais maduro, onde muitas marcas já estão estabelecidas”, diz Anusha. O Brasil, por exemplo, tem uma taxa mais alta de venda de relógios e calçados de luxo do que a média global, enquanto a Coreia do Sul vende mais bolsas.

O estudo semestral analisou 160 dados das 60 principais marcas de luxo globais, em áreas-chave de desempenho, como a percepção do consumidor, ESG omnicanal digital, inovação e resultados financeiros.
“No Brasil há uma série de condições macroeconómicas que nos dão motivos para olhar mais de perto”, afirma Anusha.

Entre os impulsionadores das oportunidades para as marcas de luxo investirem no País está a reforma tributária aprovada em 2023, que será implementada entre 2026 e 2032.

“Qualquer pessoa que já tenha feito negócios no Brasil sabe que é um mercado complexo quando se trata do custo de fazer negócios, principalmente do ponto de vista da tributação e do investimento. Com as mudanças, o custo que atualmente é de 34,4% deve passar para 27%. Isso é encorajador”, diz.

Anusha destacou ainda que, após a aprovação da reforma tributária, a agência de classificação de risco S&P elevou a nota de crédito de longo prazo do Brasil de BB- para BB, além da previsão do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) de que a mudança tem potencial para aumentar o PIB em 2,35% nos próximos oito anos.


Consumo peculiar

O relatório da Vogue aponta o consumidor brasileiro de luxo como extremamente exigente e que prefere o relacionamento direto e a experiência física.

“Existe um contexto de consumo peculiar no Brasil. Embora seja mais acessível para os consumidores brasileiros fazerem compras no exterior, eles são mais propensos a comprar em seu mercado interno”, destaca Anusha.
Ao mesmo tempo, eles querem ter diferentes opções de atendimento: 65% dizem que é realmente importante que as marcas ofereçam compras online.


Sustentanbilidade

Diferentemente do consumidor comum que prioriza a sustentabilidade na ESG, o de luxo valoriza mais a questão social. Ele quer saber se as marcas de luxo pagam um salário digno para seus funcionários e se investem em diversidade e inclusão.
“Quando perguntamos a eles o que lhes interessa quando se trata de ESG, eles tendem a priorizar mais o impacto social do que o impacto ambiental”, diz Anusha.

Fonte: Mercado & Consumo
Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 22 de janeiro de 2024 às 10:15

As compras pela internet somaram 185,7 bilhões de reais no Brasil em 2023, segundo um levantamento exclusivo da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico.

A ABComm destaca que o valor gasto no e-commerce foi 10% maior que o registrado no ano anterior. Foram registrados cerca de 395,11 milhões de pedidos, com ticket médio de 470 por cliente.

Os segmentos de eletrodomésticos, eletrônicos, telefonia, casa e decoração, moda e acessórios foram os principais do setor.

Representando mais de 60% dos clientes, as mulheres lideram as compras on-line, segundo o levantamento. Além disso, mais de 55% das transações pela internet foram feitas na região Sudeste.

A associação projeta que o valor movimentado com o comércio eletrônico pode superar 205 bilhões de reais em 2024.

“O e-commerce ganhou força durante a pandemia e segue se fortalecendo. As pessoas se sentem cada vez mais confiantes em comprar no ambiente on-line, o que favorece a ascensão do mercado virtual. Quem compra em sites e tem uma boa experiência, sempre volta. Isso gera impacto positivo para diversos segmentos”, avalia o presidente da ABComm, Mauricio Salvador.

Fonte: Consumidor Moderno