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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 04 de abril de 2023 às 11:28


A reformulação é a mudança organizacional mais importante da Alibaba desde sua fundação há 24 anos.
As ações do Alibaba Group Holding subiram depois que o varejista chinês online informou a divisão em seis grupos empresariais.

A reestruturação terá novos grupos empresariais: Cloud Intelligence Group, Taobao Tmall Commerce Group, Local Services Group, Cainiao Smart Logistics, Global Digital Commerce Group, e Digital Media and Entertainment Group.

Os grupos irão arrecadar fundos de maneira independente e se tornar públicos quando chegar a hora certa, informou a Alibaba. Cada uma será administrada por seu próprio chefe executivo e conselho de administração.

A reformulação é a mudança organizacional mais importante da Alibaba desde sua fundação há 24 anos, “para enfrentar melhor a concorrência do mercado”, segundo o presidente e chefe-executivo, Daniel Zhang, em um e-mail aos funcionários.



Alibaba: uma holding

Após a reorganização radical, a Alibaba se tornará uma empresa holding. Zhang permanecerá em seus postos, enquanto também servirá como CEO do Cloud Intelligence Group, assumindo o comando da Alibaba Cloud, da plataforma de mensagens de espaço de trabalho DingTalk, e do negócio de inteligência artificial da empresa.

O Taobao Tmall Commerce Group será liderado por Trudy Dai, membro fundador da Alibaba e presidente de sua seção de negócios domésticos de comércio digital. Yu Yongfu supervisionará o Grupo de Serviços Locais, que inclui a plataforma de navegação Amap e o serviço de entrega de alimentos.

O Global Digital Commerce Group verá Jiang Fan como seu CEO, gerenciando plataformas internacionais de comércio eletrônico, como AliExpress e Lazada.

Wan Lin servirá como CEO da Cainiao Smart Logistics, enquanto Fan Luyuan dirigirá o Grupo de Mídia Digital e Entretenimento, englobando a plataforma de vídeo Youku e a produtora de filmes Alibaba Pictures Group.

Ao melhorar sua eficiência operacional e otimizar os custos, o lucro líquido da Alibaba não GAAP aumentou 12% para 49,9 bilhões de iuanes (US$ 7,2 bilhões) nos três meses encerrados em 31 de dezembro, de acordo com seu último relatório de ganhos. A receita cresceu 2% para 247,8 bilhões de iuanes (US$ 36 bilhões).

Fonte: Exame
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 28 de março de 2023 às 11:03


Mais brasileiros pretendem viajar este ano, graças ao crescimento da demanda de viajantes entre Geração Z e classes C, D e E.
O turismo do pós-pandemia no Brasil está em ritmo de expansão. Passadas as restrições dos últimos anos, grupos de pessoas que, até 2020, não tinham o hábito de viajar agora estão mais dispostos a fazer as malas: uma pesquisa da Offerwise encomendada pelo Google mostra que o número de pessoas que querem viajar cresceu 10% em relação ao período pré-pandemia. E os viajante de 2023 têm um novo perfil, majoritariamente das gerações Z e Baby Boomers, das classes C, D e E e, em sua maioria, moradoras das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte.

A pesquisa entrevistou 1 mil brasileiros a partir de 18 anos, que são viajantes habituais ou pretendem viajar neste ano. Além disso, a análise também recebeu o complemento de insights coletados a partir das pesquisas feitas por brasileiros na busca do Google no Brasil.


Mais jovens e mais diversos

O aumento do interesse em viagens é puxado por brasileiros que, há três anos, não tinham o hábito de viajar, mas alimentaram essa vontade durante a pandemia e, neste ano, planejam pegar a estrada (+14%). A maior parte desse público é composta pela Geração Z (28%), faixa etária que representa uma fração bem menor entre o grupo de viajantes habituais (15%). Os maiores de 65 anos — representados principalmente pela geração dos Baby Boomers, também se destacam: 7% dos novos viajantes são dessa faixa etária que, por outro lado, representa apenas 3% dos turistas recorrentes.

No recorte socioeconômico, o estudo revela a importância das classes C, D e E no reaquecimento do turismo brasileiro. Quatro em cada cinco novos viajantes (82%) pertencem a esses grupos. Entre os viajantes recorrentes, as pessoas com esse perfil socioeconômico compõem menos da metade (41%). Boa parte dos novos turistas são moradores das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte.


Menos mochileiros, mais destinos nacionais

Ao mesmo tempo em que um público de novos viajantes desponta no pós-pandemia, o número de mochileiros habituais que planejam viajar neste ano caiu 4% comparado a 2019. Essa queda, porém, é compensada por uma maior disposição entre os remanescentes desse grupo: 79% dos que pretendem viajar querem fazer com mais frequência do que antes da pandemia. A frequência das viagens em família também deve crescer, em especial aquelas compostas por crianças de até 12 anos.

Comparando os destinos de maior desejo pré e pós-pandemia, o estudo aponta uma tendência de interesse pelo Nordeste brasileiro, que teve um crescimento de 9 pontos percentuais em relação a 2019; resorts e hotéis fazendas, com um crescimentos de 6 pontos; cidades brasileiras com ecoturismo e países da Europa (+4 pontos percentuais), e Ásia, África ou Oceania, com uma alta de 3 pontos percentuais em relação ao último ano antes da pandemia da Covid-19.

“A perda de poder aquisitivo e o aumento de custos fez com que alguns viajantes habituais pré-pandemia deixassem de viajar daqui pra frente”, afirma Aline Prado, líder de insights para o segmento de Viagens no Google Brasil. “Por outro lado, a vontade de explorar novos lugares após o confinamento imposto pela pandemia criou uma nova oportunidade para empresas do setor, com uma demanda superior aos níveis pré-pandemia.”


Buscas por hospedagem disparam

O Google também apresentou outras tendências do turismo com base em dados de busca na plataforma. O brasileiro saiu da pandemia mais preocupado com a hospedagem. O número de consultas por hotéis no Google quase dobrou (+97%) no Brasil no período de janeiro e fevereiro de 2022 em relação ao mesmo período de 2019.

Neste contexto, as buscas apontam tendências como o maior cuidado com a localização – as pesquisas por ‘bem localizado’ já cresceram 238% neste ano em relação a 2022 – e decisões mais impulsivas – consultas por ‘hotéis perto de mim’ cresceram 412% no mesmo período. Na contramão, o interesse por aluguéis de alta temporada e Airbnb estão menores do que em 2019.

A análise dos dados de busca revela ainda que o brasileiro está à procura de viagens mais curtas e a distâncias menores. Nos primeiros meses de 2023, as consultas por viagens de 3 dias cresceram 130% em relação ao mesmo período de 2022. No mesmo período, também cresceram 156% as buscas por rotas de até 250 km — por outro lado, rotas com mais de 3.500 km caíram 77%.

Distâncias curtas levam a uma maior procura por transportes terrestres. Isso é comprovado pelo aumento das pesquisas por viagens de ônibus (+26%) e aluguéis de carros (+44%), na comparação com 2019. Por outro lado, as pesquisas por passagens aéreas, apesar de registrarem queda de 3% no período analisado, estão chegando aos mesmos patamares do período pré-pandemia pela primeira vez.

“As viagens terrestres são a bola da vez”, afirma Débora Bonazzi, head de negócios para o segmento de Viagens do Google Brasil. “Mais do que mostrar que a demanda por viagens está aquecida no Brasil, os dados deixam claro que há uma oportunidade de diversificação de negócios para as empresas do setor”, destaca.

Fonte: Novarejo