Notícias


Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 20 de fevereiro de 2018 às 13:20
Segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal), houve avanço de 0,4% no ritmo dos negócios em dezembro/17 na comparação com novembro/17, já efetuados os devidos ajustes sazonais. Com este resultado, a atividade econômica fechou o ano de 2017 com crescimento de 1,0% sobre o volume de negócios realizados em 2016.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, os recuos da inflação e da taxa de juros, as recuperações dos níveis de confiança de consumidores e empresários, aliados a uma melhor configuração da economia internacional, favoreceram a atividade econômica em 2017, superando dois anos consecutivos de recessão (quedas de 3,5% tanto em 2015 quanto em 2016).

Pelo lado da oferta agregada, o principal destaque da economia em 2017 foi o setor agropecuário. Por conta de uma excelente safra agrícola, o setor fechou com uma alta de 11,9% no ano de 2017. Também o setor de serviços reagiu, principalmente no segundo semestre do ano passado, e fechou o ano com uma alta de 0,5%. Apenas o setor industrial, apesar de também ter apresentado bons resultados na segunda metade do ano, fechou o ano com queda de -0,1%.

Pelo lado da demanda agregada, o setor externo exibiu melhor desempenho: as exportações fecharam o ano com um crescimento de 5,0%. Também as importações cresceram em 2017 (4,8% sobre o volume de 2016).

O ano de 2017 também foi marcado pela reação do consumo das famílias que, saindo do território negativo, fechou o ano de 2017 com alta de 0,8%. Por outro lado, os investimentos cravaram o quarto ano consecutivo de queda, retraindo-se 2,6% em 2017 após terem caído 4,2% (2014), 13,9% (2015) e 10,3% (2016). Finalmente, o consumo do governo também encerrou o ano de 2017 com queda de 0,9% sobre o ano de 2016.

Fonte: Serasa Experian
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 20 de fevereiro de 2018 às 12:32
O primeiro mês do ano não trouxe boas notícias para os exportadores brasileiros de calçados. Conforme dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), os embarques caíram 1,2% tanto em receita como em pares na relação com igual mês de 2017, encerrando o período com 11,24 milhões de pares exportados que geraram US$ 80,41 milhões.

O presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, lamenta, mas diz que a queda não é surpreendente. “Tivemos uma valorização muito relevante do real ante o dólar nos últimos meses de 2017, o que tornou o nosso produto menos competitivo no exterior”, avalia o executivo, ressaltando que o dólar americano na faixa de R$ 3,20, como chegou a ser registrado nos últimos meses do ano passado, prejudica, em muito, a competitividade, especialmente em mercados mais sensíveis ao preço, como os Estados Unidos. “Os norte-americanos, historicamente os principais consumidores de calçados brasileiros no exterior, diminuíram suas compras em função do valor médio do nosso produto”.

No primeiro mês do ano foram embarcados para os Estados Unidos 919,4 mil pares que geraram US$ 11,93 milhões, quedas de 29,3% e 25,4%, respectivamente, no comparativo com janeiro de 2017. “O câmbio, para um país com alto custo de produção como o nosso, acaba sendo um compensador para concorrer em pé de igualdade no exterior. Então qualquer oscilação acaba sendo fundamental e tem reflexo imediato nas vendas”, acrescenta.

A notícia positiva do primeiro mês foi a França, que ultrapassou a Argentina como segundo destino internacional do calçado verde-amarelo. No mês passado os franceses importaram 1,85 milhão de pares por US$ 11,51 milhões, altas de 27,3% e de 27,6%, respectivamente, em relação ao mês um de 2017.

Já a Argentina, historicamente o segundo maior mercado além-fronteiras, encolheu suas compras. Em janeiro, os hermanos importaram 340,26 mil pares que geraram US$ 5,72 milhões, quedas de 16,8% em volume e de 17,5% em receita em relação a janeiro de 2017. “Na Argentina, além da questão cambial, temos uma queda na demanda interna, o que também refletiu nos números”, avalia Klein.

Estados

Em janeiro, o Rio Grande do Sul foi o maior exportador brasileiro de calçados, embarcando 1,86 milhão de pares que geraram US$ 34,66 milhões, queda de 3,1% em volume e alta de 4,1% em receita no comparativo com o mesmo mês do ano passado.

O segundo exportador do período foi o Ceará, de onde partiram 5 milhões de pares que geraram US$ 24,18 milhões, incremento de 4,3% em pares e queda de 2,7% em dólares em relação a janeiro de 2017.

No terceiro posto, São Paulo também registrou queda tanto nos embarques como em receita gerada. Em janeiro, os paulistas exportaram 396,7 mil pares que geraram US$ 6,73 milhões, baixas de 43% e 21,5%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano passado.

Importações em alta

Se, por um lado houve queda nas exportações de calçados, a curva inversa foi registrada nas importações. Favorecidas pela desvalorização do dólar sobre a moeda brasileira, o que torna o produto estrangeiro mais barato no mercado interno, as importações chegaram a US$ 40 milhões (receita advinda de 2,9 milhões de pares), incrementos tanto em receita (11,8%) como em pares (12,3%) no comparativo com o mês de janeiro de 2017.

As principais origens foram os países asiáticos: Vietnã, que embarcou 1,35 milhão de pares para o Brasil, pelos quais foram pagos US$ 24 milhões, aumentos de 15,2% e 11,1%, respectivamente; Indonésia, com 401 mil pares e US$ 6,8 milhões, altas de 8,4% e 12%; e China, com 882,47 mil e US$ 3,5 milhões, incremento de 35,1% em volume e queda de 14,7% em dólares na relação com mesmo mês de 2017.

Em partes de calçados – cabedais, palmilhas, saltos, solas etc – as importações de janeiro também registraram aumento, chegando a US$ 7 milhões (33,7% mais do que em 2017). As principais origens foram China, Vietnã e Paraguai.

Fonte: Abicalçados