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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 06 de fevereiro de 2018 às 12:19
No primeiro mês do ano, o superávit da balança comercial alcançou US$ 2,8 bilhões, o segundo melhor resultado da série histórica, iniciada em 1989, para meses de janeiro. Os dados foram divulgados hoje pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). As exportações totalizaram US$ 16,968 bilhões, resultado recorde para o período e que representou um crescimento de 13,8% em relação a janeiro de 2017. As importações somaram US$ 14,199 bilhões, com um aumento de 16,4% na comparação o mesmo mês do ano passado.

As exportações tiveram crescimento tanto em relação aos preços (0,81%) quanto às quantidades (12,9%), em todas as categorias de produtos. Entretanto, o resultado positivo foi puxado especialmente pela venda de manufaturados, que no período registraram alta de 23,6%. “Esse aumento das quantidades exportadas está principalmente relacionado ao aquecimento da demanda mundial”, explica o diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações, Herlon Brandão. “O PIB mundial cresceu mais de 3% em 2017 e espera-se que ocorra crescimento nessa ordem em 2018”, acrescenta.

Houve crescimento nos embarques de aviões (474%), óleos combustíveis (323%), açúcar refinado (294%) e máquinas para terraplanagem (171%), entre outros produtos. “A economia mundial aquecida demanda produtos brasileiros. Por outro lado, o Brasil tem aumentado a sua produção, principalmente de bens agrícolas, de petróleo, de minério. O investimento nessas áreas faz com que o país tenha excedente para ser exportado”, afirma Brandão.

O mês de janeiro também apresentou resultado expressivo nas importações, que tiveram aumento, em volume, de cerca de 10%. Cresceram nesse período as compras de combustíveis e lubrificantes (96,3%), de bens de consumo (19,2%), de bens de capital (11,4%) e de bens intermediários (5,8%).

A expectativa é que as importações se mantenham aquecidas ao longo do ano.  “Esperamos que as importações cresçam a taxas superiores a das exportações em 2018. A expectativa de crescimento do PIB é de 3%, o que deve incentivar a importação de bens. Isso vai fazer com que o saldo anual diminua, mas ainda positivo e entre os maiores da história, na casa dos US$ 50 bilhões”, explica Brandão.

Destinos e origens

Os cinco principais compradores de produtos brasileiros foram China (US$ 3,366 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,247 bilhões), Argentina (US$ 1,205 bilhão), Países Baixos (US$ 871 milhões) e Chile (US$ 540 milhões). Os principais mercados fornecedores, em janeiro, foram China (US$ 2,844 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,390 bilhões), Alemanha (US$ 876 milhões), Argentina (US$ 727 milhões) e Coreia do Sul (US$ 540 milhões).

(*) Com informações do MDIC

Fonte: Comex do Brasil
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 30 de janeiro de 2018 às 12:49
Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o recente rebaixamento da nota de crédito do Brasil, feito pela Standard & Poor’s, não vai atrapalhar a evolução do cenário econômico do Brasil em 2018. “Apesar da certa fragilidade fiscal, as incertezas quanto à aprovação da Reforma da Previdência e os resultados das eleições presidenciais, temos alguns fatores favoráveis, como a perspectiva de uma inflação baixa e estável, redução dos juros, expansão do crédito, recuperação gradual do emprego e o recuo da inadimplência. Por isso, a previsão é de um crescimento entre 2,5% e 3,0% para a economia do país neste ano”, disse. 

Há 10 anos como o responsável pela área de Indicadores de Mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi é economista pela FEA-USP, mestre em estatística e doutor em economia também pela USP. Foi economista-chefe dos bancos BMC, Bicbanco e ex-diretor de fundos e incentivos fiscais do Ministério da Integração Nacional.

Fonte: Serasa Experian