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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 19 de dezembro de 2017 às 14:56
A economia brasileira crescerá 1,1% e a indústria terá uma expansão de 0,2% neste ano.  A expectativa, no entanto, é que 2018 será um pouco melhor. No ano que vem, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentará 2,6% e o PIB Industrial, 3%.  Essas estimativas estão na edição especial do Informe Conjuntural, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “A economia brasileira saiu da recessão mais profunda da sua história", conclui o estudo da CNI.



O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, alerta, entretanto, que a aceleração e a sustentação do crescimento dependem da volta dos investimentos. "É fundamental criar as condições para a reativação do investimento privado, o que exige o aprofundamento das reformas estruturais voltadas para a melhoria do ambiente de negócios e para a competitividade das empresas", afirma Robson Andrade, destacando como imprescindíveis as reformas tributária e da Previdência. "O futuro do Brasil depende da reforma da Previdência", ressalta. 

Conforme o Informe Conjuntural da CNI, o investimento fechará 2017 com retração de 2,1% - a quarta queda anual consecutiva. Para 2018, a previsão é que os investimentos aumentem 4%. Já o consumo das famílias crescerá 1,3% neste ano, impulsionado, especialmente, pela forte queda da inflação, que preservou a renda dos trabalhadores.  Em 2018, a previsão é que o consumo tenha uma expansão de 2,8%. "O consumo deve ser o objetivo final da sociedade, como resultado do aumento da produtividade e da competitividade da economia; não deve ser entendido como alavanca principal do crescimento. Esse foi o grande equívoco dos primeiros anos desta década", avalia a CNI. 

CRESCIMENTO MODERADO - O Informe Conjuntural da CNI estima que, no curto prazo, o ritmo de crescimento da economia será moderado. Haverá uma melhora gradual do emprego e o aumento da renda em um cenário de inflação baixa e juros reduzidos. "Crescer mais e para além de 2018 exigirá esforço adicional na agenda de modernização e competitividade", diz o estudo. 

No médio e no longo prazo, a economia será influenciada pelas eleições de 2018. "A consolidação da vitória de uma candidatura comprometida com a continuidade e aprofundamento das reformas deverá intensificar o processo de recuperação e pavimentar um novo ciclo de crescimento com base na expansão do investimento", destaca a CNI. 

As estimativas para o próximo ano indicam que o mercado de trabalho deve seguir em recuperação e a taxa média anual de desemprego, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cairá para 11,8%. A inflação fechará o ano em 4,4%, abaixo do centro da meta de 4,5%. A taxa básica de juros chegará ao fim de 2018 em 6,75% ao ano. O saldo da balança comercial deve alcançar US$ 54 bilhões, com exportações de US$ 228 bilhões e importações de US$ 174 milhões.

DEZ ANOS DEPOIS DA CRISE GLOBAL - O estudo também faz uma avaliação sobre o desempenho do Brasil depois da crise financeira que eclodiu com a falência do sistema de hipotecas subprime dos Estados Unidos, em julho de 2017. "O Brasil até saiu na frente na busca pela reabilitação econômica, mas lhe faltou combustível para sustentar o ritmo de aceleração", diz o Informe. “Com isso, o país acabou crescendo menos do que a média mundial.”

Conforme dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), entre 2010 e 2016, passado o momento mais agudo da crise, o PIB mundial cresceu 3,8% ao ano em média. No mesmo período, os países desenvolvidos cresceram 1,9% ao ano e os em desenvolvimento, 5,4% ao ano. O crescimento médio do Brasil foi de 1,4% ao ano.  Nos anos mais recentes, incluindo as previsões do FMI para 2017 e 2018, o quadro é ainda pior para o Brasil. De 2014 a 2018, a economia mundial deve crescer 3,5% ao ano, enquanto que a do Brasil terá uma queda média de 0,9% ao ano. Com isso, o país ficará no 183º lugar no ranking de 190 economias avaliadas pelo FMI. 

Na avaliação da CNI, o Brasil perdeu a corrida pelo crescimento porque apostou no consumo para estimular a economia, sem incentivar o aumento da produtividade e da competitividade. "Alguns anos após a crise, já era possível perceber sinais de desajuste neste modelo. A taxa de inflação gravitava acima do teto da meta, os déficits gêmeos (saldo negativo nas contas externas e resultado nominal negativo nas contas públicas) cresciam, o investimento era cada vez menor e a indústria não conseguia liderar o crescimento", observa o Informe Conjuntural da CNI.  

Fonte: CNI
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 19 de dezembro de 2017 às 14:53
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) aumentou 1,8 ponto de novembro para dezembro e alcançou 58,3 pontos. Foi a quinta alta consecutiva do indicador, que está 4,2 pontos acima da média histórica, e é o maior desde novembro de 2012, quando ficou em 58,4 pontos, informa a pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria. Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes.


"Empresários confiantes tendem a contratar e a fazer investimentos, o que é importante para a recuperação da economia e do emprego", afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo. Ele explica que a alta do ICEI é resultado da melhora da percepção dos industriais sobre as condições atuais dos negócios e as perspectivas sobre o desempenho das empresas e da economia nos próximos seis meses.

O indicador de condições atuais alcançou 52,9 pontos em dezembro, o maior nível desde fevereiro de 2011, quando ficou em 54,2 pontos. Em relação a dezembro de 2016, o indicador aumentou 12,2 pontos. Isso mostra que os empresários percebem uma melhora cada vez mais significativa nas condições atuais das empresas. O índice de expectativas também cresceu e alcançou 61 pontos, o maior patamar desde março de 2013, indicando que os empresários estão mais otimistas. 

Esta edição do ICEI deste mês foi feita entre 1º e 13 dezembro com 2.852 empresas em todo o país. Dessas, 1.118 são pequenas, 1.080 são médias e 654 são de grande porte.

Fonte: CNI