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Economia & Atualidade Postado em quarta-feira, 08 de novembro de 2017 às 18:37
As participações do Brasil na produção e nas exportações de produtos manufaturados mostram que o país está perdendo importância na economia global. Em dez anos, a participação do Brasil caiu tanto na produção como nas exportações mundiais. A fatia das exportações brasileiras de produtos manufaturados no total mundial diminuiu 0,24 ponto percentual entre 2005 e 2015 e ficou em 0,58%. Enquanto isso, a participação da China aumentou 8,83 pontos percentuais e, a da Coreia do Sul, cresceu 0,55 ponto percentual informa o estudo Desempenho da Indústria no Mundo, feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em estatísticas da Organização Mundial do Comércio (OMC). 


Além disso, nos últimos dez anos a participação brasileira na produção mundial de manufaturados caiu 0,9 ponto percentual. Passou de 2,74% em 2006 para 1,84% em 2016.  No mesmo período, a fatia da indústria chinesa cresceu 11,80 pontos percentuais e, a da Coreia do Sul, 0,56 ponto percentual. "Os dois indicadores mostram que o Brasil está perdendo capacidade de competir no mercado mundial de produtos manufaturados", afirma o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. 

Ele explica que isso é resultado dos avanços pouco expressivos nas reformas micro e macroeconômicas que têm impacto nos custos de produção das empresas. "Os custos no Brasil cresceram mais do que a produtividade, e isso faz com que o país tenha alguma vantagem diante dos competidores externos quando o real se valoriza", avalia Castelo Branco.  O economista alerta que o câmbio não pode ser o único elemento de melhora da competitividade brasileira. "Temos que ganhar competitividade na produção, com custos mais adequados e aumento da produtividade", completa.

O estudo da CNI destaca que o ritmo de queda da participação da indústria brasileira no total da produção mundial se acentuou a partir de 2014, por causa do agravamento da crise econômica interna.  Com base nos dados da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido), a CNI informa que a participação da indústria brasileira na produção mundial caiu 0,24 ponto percentual entre 2015 e 2016, período em que a da China aumentou 0,9 ponto percentual. 

PARTICIPAÇÃO DO MÉXICO - O estudo da CNI observa que o Brasil não está perdendo espaço apenas para a China e a Coreia do Sul. O país também está atrás do México, um dos principais concorrentes na América Latina. "A participação mexicana nas exportações mundiais de manufaturados iniciou movimento de recuperação em 2012 e se mantém em crescimento", afirma o estudo.  Entre 2005 e 2015, a fatia do México nas exportações de produtos manufaturados aumentou 0,45 ponto percentual, enquanto a do Brasil encolheu 0,24 ponto percentual. 

A participação da indústria mexicana no total da produção mundial de manufaturados também caiu nos últimos dez anos, mas em ritmo menor do que a do Brasil. A fatia do México na produção de manufaturados do mundo diminuiu 0,2 ponto percentual entre 2006 e 2016. No mesmo período, a do Brasil encolheu 0,9 ponto percentual.

Fonte: CNI
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 31 de outubro de 2017 às 21:12
O Brasil registrou em setembro superávit de US$ 434 milhões na sua conta de transações correntes, acima do superávit de US$ 300 milhões projetado pelo Banco Central (BC) para o mês. 

No resultado acumulado do ano, de janeiro a setembro, o déficit em conta corrente somou US$ 2,706 bilhões, uma redução expressiva em relação aos US$ 13,590 bilhões apurados em período equivalente de 2016. 

Comparando os dados acumulados em 12 meses, houve redução do déficit. O resultado negativo apurado até setembro, por essa métrica, chegou a US$ 12,646 bilhões, o equivalente a 0,63% do PIB estimado pelo BC. Em período correspondente até agosto, o déficit em transações correntes totalizou US$ 13,584 bilhões, 0,69% do PIB.

A mais recente projeção do BC, divulgada em fins de setembro, indica continuidade de queda no déficit até o fim do ano. Sua estimativa é que o resultado feche o ano em US$ 16 bilhões, equivalentes a 0,77% do PIB. 

O resultado em conta corrente é um dos mais importantes indicadores da solvência externa do país. Ele engloba as principais transações do país com o resto do mundo, incluindo a balança comercial (exportações menos importações), que teve superávit de US$ 4,918 bilhões em setembro, os serviços (turismo internacional, fretes, aluguel de equipamentos, entre outros), com déficit de US$ 2,879 bilhões, as rendas primárias (juros, remessas de lucros e dividendos, entre outros), com saldo negativo de US$ 1,995 bilhão, e as rendas secundárias (transferências feitas por migrantes, entre outras), superavitária em US$ 390 milhões.

Fonte: Valor Econômico