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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 08 de abril de 2025 às 15:13


O South Summit Brazil 2025, um dos principais eventos de inovação e negócios da América Latina, será realizado de 9 a 11 de abril no Cais Mauá, em Porto Alegre. Esta quarta edição reunirá líderes globais, investidores e especialistas de diversas áreas, consolidando-se como um ponto de encontro essencial para o ecossistema de inovação.

Temas Centrais e Estrutura do Evento

A programação deste ano está organizada em torno de cinco grandes temas: Sustentabilidade, Digitalização, Ecossistema, Mudança Social e The Edge. O evento ocupará quatro armazéns do Cais Mauá, totalizando uma área de 38 mil metros quadrados, com sete palcos simultâneos. São esperados mais de mil investidores e 150 fundos de investimento, reforçando a importância do South Summit Brazil no cenário internacional.

Palestrantes de Destaque

Entre os palestrantes confirmados, destaca-se Orkut Büyükkökten, criador da rede social Orkut, que apresentará a sessão “A Ascensão e Queda das Redes Sociais”. Nesta palestra, ele discutirá a evolução das plataformas digitais e seu impacto nas interações humanas.

Gisselle Ruiz Lanza, Diretora Geral da Intel para a América Latina, ministrará a palestra “PCs aprimorados por IA: Capacitando os usuários a trabalhar de forma mais inteligente”, abordando como a inteligência artificial está transformando a experiência do usuário e aumentando a produtividade.

Tonny Martins, presidente da IBM na América Latina, participará do painel “IA: Do Hype ao Impacto Real nos Negócios”, explorando o uso da inteligência artificial para impulsionar a inovação e a eficiência empresarial.

Alexandre Guerrero, CEO da Eletromidia, contribuirá com o debate “Construindo Cidades Vibrantes: Como as Empresas Moldam Ambientes Urbanos Acessíveis e Centrados no Ser Humano”, discutindo a contribuição das empresas para ambientes urbanos mais conectados.

Painéis e Discussões Relevantes

O painel “Principais Conclusões da COP 29: Preparando o Cenário para a COP 30” contará com a participação de Caroline Takita Levy, CEO da eAmazonia; Ana Luci Grizzi, fundadora da ALG Sustainability Consulting; Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa; e Gonzalo Muñoz, fundador do Sistema B. Eles discutirão os desafios e avanços das negociações climáticas.

A resiliência cibernética será tema da sessão “Prevenção de Fraudes e Golpes Financeiros”, com Marcia Neto, CEO da Silverguard, e Monica Leite, Chief Legal & Compliance Officer da Cora, abordando estratégias inovadoras para identificar e prevenir fraudes digitais.

Guilherme Horn, CEO do WhatsApp no Brasil, apresentará “Além da Mensagem: Como a Comunicação Está Redefinindo os Negócios e Conectando o Mundo”, analisando a evolução da plataforma no ambiente corporativo.

Ingressos e Informações Adicionais

Os ingressos para o South Summit Brazil 2025 estão disponíveis no site oficial do evento. Também há opções de lotes corporativos com descontos. Para mais detalhes sobre a programação e aquisição de ingressos, visite o site oficial do South Summit Brazil.

O South Summit Brazil 2025 promete ser uma oportunidade única para networking, aprendizado e troca de experiências, consolidando Porto Alegre como um hub de inovação e tecnologia na América Latina.

Fonte: Portal Novarejo
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 08 de abril de 2025 às 14:28


O Brasil se destaca como um dos maiores expoentes globais em Open Innovation, enquanto se prepara para o futuro impulsionado por IA.

No Brasil, a inovação aberta, ou Open Innovation, encontrou um terreno fértil. Segundo Bruno Rondani, CEO da 100 Open Startups, o Brasil se tornou um dos maiores expoentes globais dessa prática, embora, paradoxalmente, o país ainda não se destaque globalmente em inovação de forma geral.

“Atualmente, talvez tenhamos o maior número de empresas formalmente estruturadas para a prática de inovação aberta. No Brasil, porém, em nossa plataforma, temos cerca de 10 mil corporações, desde empresas médias até grandes empresas”, explica.

Ele destaca que o Open Innovation passou a ser vista como a principal ferramenta de inovação nas empresas brasileiras, com o número de corporações que adotam este modelo crescendo de forma significativa, principalmente entre as médias e grandes empresas.

De acordo com Bruno Rondani, o Brasil é o único país que mede de forma tão detalhada a evolução dessa prática, com cerca de 1 mil empresas dedicadas a fomentar a inovação aberta e mais de 3 mil executivos envolvidos diretamente nesse processo.

Investimentos e crescimento acelerado

Nos últimos anos, os investimentos das corporações no ecossistema de startups demonstraram um crescimento exponencial. Há 10 anos, de acordo com o executivo, os investimentos eram inferiores a R$ 100 milhões. Em 2023, esse número ultrapassou os R$ 10 bilhões, e a expectativa é que chegue rapidamente a R$ 100 bilhões. Rondani comenta que a relação entre corporações e startups tem gerado resultados cada vez mais impressionantes, com muitas dessas startups atingindo o status de unicórnios e sendo adquiridas por grandes empresas, que buscam internalizar suas tecnologias e competências.

“Além disso, estamos promovendo uma reaproximação com universidades, agências governamentais e parques tecnológicos, que agora se redesenham para estimular o relacionamento entre corporações e startups. Esse movimento está gerando impactos muito positivos no ecossistema de inovação brasileiro”, destaca.

Impacto das novas tecnologias

Rondani também ressalta o impacto das novas tecnologias, especialmente a Inteligência Artificial (IA), no campo da inovação aberta. Ele aponta que, enquanto o foco de muitos ainda está na coleta de dados, a verdadeira revolução está em como a IA permite processar esses dados e gerar insights rápidos e precisos, acelerando o desenvolvimento de novas soluções.

“A IA é, sem dúvida, o maior avanço que vimos nos últimos tempos. Ela não só possibilita um processamento muito mais rápido de grandes volumes de dados, pois também é uma ferramenta essencial para melhorar a competitividade das empresas. No entanto, isso traz uma grande dúvida: qual é a velocidade necessária para acompanhar essas mudanças? Como as empresas podem se adaptar a essa transformação digital sem perder o ritmo?”, questiona.

Rondani observa que o mercado já está sentindo essa pressão. Enquanto algumas empresas dizem “Se eu não investir nisso agora, estou fora do jogo”, por outro lado, já há quem questione: “Será que não devemos esperar um pouco para essa tecnologia amadurecer?”. Além disso, existe ainda o surgimento de novas tecnologias em outros países, fora do domínio dos Estados Unidos.

Diante desse cenário, a grande dúvida é: como fazer essa transição, e com qual velocidade?
“Esse é um ponto crucial na competição. Afinal, o que a inovação busca? Ela busca uma posição monopolista, ainda que temporária. Quando trago um diferencial, quero uma vantagem competitiva única. Com isso, posso ganhar mercado, me tornar o único provedor daquela solução e, potencialmente, derrubar os concorrentes. Até que venha outra inovação é que o ciclo se repita. Se o Brasil não se estruturar para a IA, estaremos completamente fora do jogo. Essas apostas do ecossistema são fundamentais, e exigem cooperação”, reforça.

O futuro da inovação aberta

Olhando para o futuro, Rondani destaca algumas tendências que devem moldar a inovação aberta até 2030. Porém, elas variam de acordo com o foco dado à conversa. Para ele, uma mudança importante é a evolução do modelo de inovação aberta tradicional. Se antes as empresas apenas “abriam a porta” para as startups, oferecendo um espaço limitado para inovação, hoje, a prática precisa ser mais integrada, com gestores imersos no ecossistema de inovação.

“Hoje, todo gestor da empresa precisa estar imerso no ecossistema. Não sou mais competitivo em nenhuma função empresarial se não estiver integrado a um ecossistema”, aconselha. “A verdadeira competência está em criar uma rede, onde você tem uma turma com a qual você colabora, aprende e se prepara para se manter relevante no mercado. Essa distribuição de conhecimento e prática de Open Innovation deve estar presente em todos os departamentos da empresa, inclusive nas lideranças, para que ela possa capitalizar sobre o que está acontecendo no ecossistema”.

Outra tendência que ele vê é a crescente importância da IA ​​e do desenvolvimento de tecnologias digitais. “As inovações mais profundas, com base científica, estão voltando a ser tão relevantes quanto as que impulsionaram a indústria no passado. Passamos por um período muito frutífero de alto desempenho, com o desenvolvimento dos aplicativos móveis, mas agora precisamos retornar ao trabalho nas origens, no P&D, mas com um modelo aberto”.

Gestão de ecossistemas

Ainda de acordo com Bruno Rondani, o modelo de Open Innovation deve incluir startups de tecnologia, que surgem da academia ou de clusters de conhecimento, e que podem causar um impacto transformador nas corporações. “Saber lidar com isso será fundamental”, reforça.

Em resumo, será necessário distribuir as competências em gestão de ecossistemas ou promover startups para todas as áreas de negócio. Além disso, fazer com foco em IA é o caminho. Ainda segundo Rondani, há um longo caminho para fomentar o ecossistema, atraindo mais talentos internacionais. Isso pode ser feito com apoio de governos ou de projetos colaborativos.

“Se não formos líderes locais, perderemos espaço globalmente. O Brasil, para ser relevante globalmente, precisa ser um protagonista na América Latina. Se conseguirmos destacar nossas startups, elas naturalmente vão ganhar visibilidade no mercado latino-americano. Mas se não conseguirmos esse protagonismo, perderemos esse espaço”.

Fonte: Consumidor Moderno