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Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 08 de agosto de 2023 às 09:51


Até 2025, as marcas deverão atender consumidores mais preocupados com a comunidade, com o tempo e com as conexões pessoais.

Para criar os melhores e mais eficientes produtos e serviços, as marcas precisam identificar desejos, expectativas, anseios e motivações de seus clientes. E qual será o perfil do consumidor do futuro? Segundo o relatório Consumidor do Futuro 2025 da consultoria WGSN, o cliente não terá um único conjunto de características, mas quatro.

O ano de 2025 já não é tão distante assim para que lideranças e executivos descubram o que seus consumidores esperam das marcas. Somente assim poderão impulsionar seus negócios, fidelizar clientes e se manterem competitivos em um mercado em turbulentas transformações.
Conheça abaixo os quatro perfis do consumidor do futuro.


Neo-niilistas

Os consumidores Neo-niilistas estão cansados dos problemas globais e não acreditam que governos e instituições são capazes de resolvê-los. Dentre eles, 57,3% estão preocupados com a inflação e, segundo a pesquisa do Young People’s Voices on Climate Anxiety, Government Betrayal and Moral Injury, 50% dos jovens entre 16 e 25 anos entrevistados sentem a chamada ecoansiedade.

No entanto, Neo-niilistas preferem renunciar à responsabilidade de se preocupar com as calamidades. São pessoas contemplativas, inconformadas e estão em constante busca por um propósito. Desejam criar suas próprias regras e métricas de sucesso.
São consumidores que buscam ideias especulativas, gêneros criativos alternativos e até o uso de substâncias psicodélicas como terapia. Para acessar esse grupo, a WSGN recomenda usar e abusar da honestidade, da autenticidade e do humor. Assim, marcas poderão ganhar a confiança destes consumidores desconfiados.


Redutores

A pandemia gerou uma imersão compulsória na vida digital, e os Redutores já não desejam mais as telas e a conexão virtual. Em vez disso, buscam a conexão com o mundo real, com aquilo que é tangível. Tanto seu crescimento financeiro quanto suas decisões de consumo são baseadas na priorização do ecossistema e da sociedade. 64% dos redutores entrevistados pela pesquisa compraram mais do comércio local para apoiar suas comunidades desde o início da pandemia.

São indivíduos focados em suas comunidades, com propósitos que os guiam em suas decisões e bastante ocupados. Para conquistá-los, é preciso valorizar as conexões na prestação do serviço e da narrativa. São consumidores que prezam por seus valores e buscam marcas que compartilham os mesmos.


Protetores do Tempo

O tempo é o recurso mais valioso para esses consumidores. Em vez de correrem contra ele, preferem adaptar seus cronogramas às suas realidades. Formam conexões e amizades de acordo com seus interesses em vez de faixas etárias. Segundo a pesquisa, 58,6% dos entrevistados da Geração X e dos Baby Boomers não percebem suas faixas etárias representadas de forma adequada no marketing da moda.

São consumidores equilibrados, hedonistas e que buscam o enriquecimento pessoal em vez do material. Priorizaram a qualidade, e não a quantidade. Buscam serviços que lhe concederão mais tempo livre, como modelos de locação. Para conquistar os Protetores do Tempo, as marcas devem oferecer liberdade, flexibilidade e valor agregado.


Pioneiros

São atraídos por novidades, inovações e produtos versáteis. Também não preferem o digital ou o mundo físico, muito pelo contrário: são motivados em construir a ponte entre as duas realidades. São pensadores, planejadores urbanos do mundo real e do metaverso. São empreendedores e intensos, pessoas que gostam de assumir riscos e estão em constante busca por inspiração.

Como consumidores, estão atrás de soluções que melhorem o mundo e facilitem a vida das pessoas. Não têm medo de produtos digitais: segundo a pesquisa, 19% dos entrevistados já compraram itens virtuais em oportunidade do metaverso, como roupas e skins em games.
Para conquistar os Pioneiros, as marcas devêm inspirá-los com novas ideias, designs inteligentes e produtos e serviços que buscam conectar os mundos físico e digital.


E depois?
Além da identificação dos consumidores, o estudo da WGSN oferece também quatro estratégias para atender às expectativas do cliente do futuro:

1. Reduza a pressão. As marcas devem ajudar o consumidor neste momento global de crises e transformações. Devem identificar como podem oferecer produtos e serviços que transmitam narrativas e sentimentos de calma, escapismo e bom humor.

2. Crie conexões e comunidades. As marcas podem incorporar um toque humano aos seus produtos e serviços, contribuindo para que o mundo parece menos e mais amigável. Devem garantir que suas empresas deixem marcas e impactos positivos na sociedade.

3. Priorize a qualidade, em vez da quantidade. Para se destacar, as marcas devem oferecer produtos com excelência, melhores que os disponíveis no mercado. Esses produtos devem agregar valor e enriquecer a vida dos consumidores.

4. Ajude pessoas a transitar entre diferentes realidades. As organizações têm a missão de ajudar as pessoas a alternar entre os mundos físico e digital. Devem proteger a privacidade e permitir que indivíduos expressem as diferentes versões de si.

Fonte: Consumidor Moderno
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 08 de agosto de 2023 às 09:29


Essa é uma habilidade que os empreendedores precisam desenvolver e que se assemelha a uma arte:precificar produtos e serviços corretamente. Dominar isso é essencial para o sucesso de qualquer negócio. A precificação, afinal, além de impactar os lucros diretamente, determina a percepção dos clientes a respeito do seu empreendimento. 

Quem opta por deixar os preços lá embaixo, certamente dará a entender que se trata de um negócio mais popular — consequentemente, precisará registrar um bom volume de vendas para compensar uma margem de lucro menor e afastará a clientela que só tem olhos para produtos mais exclusivos.
Já os empreendedores que preferem manter os preços mais altos estão posicionando seus negócios de uma maneira completamente diferente. Tendem a vender menos em quantidade e a registrar margens de lucro mais expressivas. 

Foco no futuro do negócio

Independentemente da estratégia de preço adotada pelos empreendedores, descobrir exatamente quais são os custos do negócio e dar a devida atenção à Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) são atitudes fundamentais para o sucesso de qualquer negócio.

3 fatores para analisar antes de precificar o produto

Para dominar a arte de precificar produtos, conhecer os três principais fatores que a regem é o primeiro passo. O mais importante dos três é o lucro. Trata-se da diferença entre a receita total adquirida e os custos totais registrados. Diferença positiva, convém enfatizar, pois se faltar dinheiro nessa conta não estaremos mais falando de lucro, e sim de prejuízo.

O lucro reflete o ganho obtido após todos os gastos relacionados à produção, venda e operação do negócio serem meticulosamente deduzidos. E serve de norte para todas as decisões financeiras da sua empresa, seja ela grande ou pequena. Só com algum lucro expressivo os empreendedores deveriam pensar, por exemplo, em ampliar o negócio. 

 A receita é outro fator fundamental. É a soma de todos os valores arrecadados com as vendas de produtos ou serviços durante um determinado período. Cada produto vendido contribui com esse fator e cada centavo importa. Um erro comum na hora de registrar as receitas é arredondar os valores obtidos com as vendas.

 Já o custo representa todos os gastos associados à produção ou aquisição de produtos, ou serviços. Sim, envolve tanto a compra de matéria-prima quanto as despesas com mão de obra, embalagem e outras necessidades operacionais. Gastos que às vezes não são contabilizados — os que se referem ao transporte para a entrega de mercadorias, por exemplo, podem fazer muita diferença no cálculo final.


DRE o que é e qual a importância?

 Antes de precificar produtos, os empreendedores também devem se debruçar sobre a carga tributária que incide sobre o negócio. Conhecer as alíquotas de impostos como ICMS e IPI é vital para evitar surpresas desagradáveis. Eles podem consumir boa parte do lucro se não forem calculados com precisão. 

 Daí a importância de dar a devida atenção à Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). Trata-se de um relatório contábil que apresenta as receitas, custos e despesas de uma empresa durante um período específico, normalmente um trimestre ou um ano. Permite constatar, facilmente, se a empresa obteve lucro ou prejuízo a curto, médio ou longo prazo.


Qual a estrutura básica de uma DRE?


- Receita total: Soma de todas as receitas geradas no período.
- Custos dos produtos vendidos (CPV) ou custos dos serviços prestados (CSP): gastos diretos relacionados à produção dos produtos ou serviços.
- Despesas operacionais: gastos indiretos necessários para manter o funcionamento da empresa, como aluguel, salários administrativos, contas de consumo, marketing, entre outros.
- Lucro bruto: resultado obtido após subtrair o CPV ou CSP da receita total.
-  Lucro operacional: resultado obtido após subtrair as despesas operacionais do lucro bruto.
- Lucro líquido: é o lucro final obtido após considerar todos os impostos e despesas não operacionais.


Como fazer uma precificação correta?

O chamado Índice de Comercialização ajuda todo empreendedor a bater o martelo para precificar produtos. Como calcular esse dado? Descubra, antes de tudo, o quanto os custos fixos tomam, percentualmente, do faturamento mensal. Cerca de 39%? Subtraia então esse número de 100 e, em seguida, divida o resultado por 100. O resultado, no caso, é 0,61. Depois é só dividir o número 1 por esse valor. Nesse exemplo hipotético, o resultado final é 1,61. 

 Eis o Índice de Comercialização. O que fazer com ele? Use-o para descobrir o valor mínimo que você deve cobrar por cada produto. Se você gasta R$ 100 para produzir uma unidade, multiplique-a por 1,64. Dá 164, certo? Então você precisa cobrar no mínimo R$ 164 em cada venda para não sair no prejuízo.

 Por fim, convém lembrar que o valor de um produto não necessariamente tem a ver com o preço dele. Relaciona-se, afinal, à percepção que os clientes têm a respeito do que sua empresa está oferecendo. Quando algum tipo de valor é agregado ao produto — o que muitos empreendedores fazem quando apostam em qualidade e storytelling, por exemplo, o preço acaba tendo menos importância. É por isso que muitos clientes não se importam em pagar o que for preciso por determinado sapato ou bolsa. Mesmo que existam opções similares bem mais em conta.

Fonte: Exame