Notícias


Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 28 de junho de 2022 às 10:13


Mascotes e personagens como Lu do Magalu e Tortuguita estão virando a cara das marcas nas redes sociais – e o sucesso é gigante.

Seriam os influenciadores virtuais o caminho para um novo tipo de engajamento? Vejamos, a Páscoa de 2022 teve um balanço positivo para a empresa de chocolate Arcor. Em relação ao ano anterior, a marca faturou 18% a mais. Ela explica que a maior contribuição para o resultado veio da sua campanha de comunicação feita pelo TikTok, que utiliza a Tortuguita como garota-propaganda. A influenciadora virtual da Arcor tem um canal na rede social, que hoje já conta com 249 mil seguidores e mais de 1.2 milhão de curtidas.

Com sua estreia no TikTok em 2021, a Tortuguita entra para o time dos influenciadores virtuais que andam movimentando a internet, como a Nat, da Natura, o Lek Trek, da Sadia, o CB, das Casas Bahia, e a Lu do Magalu (Magazine Luiza). Esta última, inclusive, foi eleito o avatar de marca mais seguido do mundo pelo levantamento The Most-Followed Virtual Influencers of 2022, feito pelo site Virtual Humans.

Influenciadores virtuais como embaixadores das marcas

O uso de personagens como embaixadores das marcas não é uma estratégia nova – o Lek Trek (Sadia), por exemplo, foi criado em 1971 – mas passa agora por uma nova “era de ouro”. Graças à cultura digital e ao engajamento que geram nas redes, deixaram de ser meras animações e se tornaram verdadeiros influencers, capazes de criar números expressivos baseados em uma personalidade cada vez mais bem construída.Por que curtimos influenciadores virtuais?

Eles usam e contam as vantagens dos produtos da marca, participam de desafios, estão engajados nas tendências e debates do momento, dão dicas diversas e mais. Os influenciadores virtuais de hoje se comportam como pessoas reais, com a vantagem de terem seus passos milimetricamente controlados e planejados pela empresa que representam.

“Uma das maiores vantagens é que o personagem virtual gera uma curiosidade no público e cria uma identificação inicial por não se parecer com um robô convencional. Além disso, como os recursos para esse tipo de criação ainda estão restritos a poucas marcas, o público admira a qualidade, os traços de personalidade e acompanha para entender como será feita a interação”, explica o jornalista e especialista em mídias sociais, Marcelo Bueno.

Essa personificação é a chave do sucesso desses avatares, que conseguem abrir uma nova porta na relação com os consumidores. Exemplo disso é o sucesso dos vídeos da Natura com a Nat, no TikTok: quando a influencer aparece, as visualizações batem fácil a casa dos milhões, com números muitas vezes maiores do que os registrados quando celebridades reais participam.

Marcelo Bueno comenta que personagens virtuais com características físicas e personalidades parecidas com os humanos geram mais engajamento. “Há muito tempo nos perguntamos se os humanos poderiam criar vínculos com as figuras dos robôs. Talvez o início desta resposta esteja no interesse de milhões de seguidores de acompanhar o dia a dia de um personagem virtual”.

Tão complexos e únicos como seres humanos podem ser, os influencers digitais exigem, portanto, um acompanhamento criterioso e constante sobre suas “vidas”. Em alguns casos, se tornam eles próprios a celebridade.


Lu do Magalu, case de sucesso entre influenciadores digitais

Com quase 31.2 milhões de seguidores ao somar todas as redes sociais, a Lu do Magalu frequentemente vira exemplo de sucesso entre os influenciadores virtuais. Criada em 2003, hoje ela é a cara e a porta-voz da Magazine Luiza em seus diversos canais e plataformas.

O gerente sênior de redes sociais do Magalu, Pedro Alvim, acredita que a relevância da Lu do Magalu foi construída por meio de uma boa estratégia. “Sempre digo que não basta apenas criar um avatar ou personagem para ter um influenciador. Existe a preocupação com a narrativa consistente e materialização dos valores e posicionamentos da marca. A coragem para liderar conversas importantes na sociedade e a evolução constante também foram fundamentais para a construção da comunidade de relevância da Lu”.


A Lu, da Magalu é o avatar de marca mais seguido do mundo

Além disso, para ele, a autenticidade da Lu do Magalu ajudou a construir empatia emocional com o público. “Ela é autêntica inclusive na consciência de que é virtual. Brincar com isso nas narrativas, tentando mimetizar a realidade humana, ajudou a construir uma identificação com que a acompanha”.

O especialista em mídias sociais, Marcelo Bueno, também cita a avatar da Magazine Luiza como case a ser estudado, em especial no YouTube e TikTok, redes mais desafiadoras por dependerem de atualização constante e em vídeo. No entanto, ele ressalta que, mesmo diante do êxito consolidado, a empresa ainda busca equilibrar a comunicação dividindo o espaço com influenciadores reais, artistas e a própria fundadora da empresa.

“O que precisa ser evitado é o exagero. Emoções e causas 100% humanas podem não ser bem vistas quando simuladas por um personagem virtual”, complementa o jornalista.


Até quando vai a tendência dos influencers virtuais?

A presença dos influenciadores virtuais nas redes baseadas em vídeos, em especial o TikTok, demonstra uma tentativa de aproximação com o público mais jovem.

Enquanto alguns personagens são resgatados do passado em versões mais descoladas, como a Tortuguita e o Lek Trek, outros são construídos levando em consideração a geração Z. É o caso das Casas Bahia, que aposentou o mascote Baianinho, substituindo-o pelo CB, adolescente tiktoker e gamer.

Apesar disso, para o especialista Marcelo Bueno, a adoção de influenciadores virtuais não é uma tendência que deve passar em breve nem que fica restrita às gerações mais novas, merecendo, portanto, uma atenção das marcas. É preciso ter em vista principalmente o metaverso, que já traz influências para as empresas e consumidores.

“A evolução tecnológica tornou os personagens virtuais muito mais parecidos com humanos e isso quebra um pouco o estranhamento de se comunicar com alguém com a aparência de um robô. A tendência da criação de um universo virtual onde todos teremos o nosso próprio avatar com certeza colabora para que as barreiras entre o físico e virtual fiquem ainda menores”.

Neste cenário, a humanização e o vínculo emocional permanecem elementares. “Por isso, valores, personalidade, tom de voz, entre outros, devem ser considerados para uma marca mais humanizada. “Se a empresa ainda não consegue investir na criação e manutenção de um personagem virtual, por conta dos custos, deve aproveitar esses elementos que geram vínculos profundos com o público de outra maneira”, dá a dica o especialista.

Fonte: Consumidor Moderno
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 28 de junho de 2022 às 10:09


A rede social do momento se transforma de tempos em tempos, mas o que não muda é o grande potencial desse canal em gerar engajamento e determinar hábitos de consumo; o que atrai empresas ávidas por alcançar seus usuários.

Estar em uma rede social hoje em dia não é nada novo. Em quase todo o momento, checamos nossos perfis e vemos se há novos posts no Facebook, novas fotos no Instagram ou algum trending topic interessante no Twitter.

Na verdade, o que chama a atenção hoje é a participação massiva nesses canais e como eles promovem um engajamento tão forte de consumidores, que empresas de todos os tipos se veem obrigadas não só a participar, mas acompanhar cada mudança da rede social mais popular, o que é um cenário relativamente recente.


Redes sociais: como foram de comunidades online a vitrines digitais?

Se pegarmos como exemplo o Orkut, rede lançada em 2004 e encerrada dez anos depois, seu uso massivo pelos 300 milhões de participantes se limitava a interações em comunidades bem menores.

Porém, com a chegada do Facebook uma nova dinâmica se instaurou e ressignificou as redes. O que era interação entre pessoas passou também a ser um espaço para a publicidade – um tipo bem mais barato do que canais tradicionais, como propagandas de televisão.

Com isso, cada rede social passou a ser um pequeno universo, onde há regras e comportamentos específicos – da vida feliz no Instagram às discussões acaloradas no Twitter. Lugares onde é possível falar com amigos, acompanhar tendências e, claro, ver e comprar produtos, conforme cada uma permite.

Afinal, com a ascensão da tecnologia e a atuação em e-commerces, elas se tornaram a primeira vitrine para alcançar o consumidor, especialmente no período da pandemia.

Segundo a pesquisa O Impacto da pandemia de coronavírus nos Pequenos Negócios – 13ª edição, realizada pelo Sebrae e a FGV de novembro a dezembro de 2021, dos 17,4 milhões de pequenos negócios pesquisados, a média de empresas que vendem online por ferramentas digitais é 74%, número que em maio do mesmo ano era 67%.

Entretanto, sempre que surge uma nova rede que alcança sucesso, ou se torna a favorita de uma geração, essa dinâmica de vender online tende a mudar; já que as empresas precisam repensar seus orçamentos, a fim de saber se apostam ou não na nova tendência. Nesse sentido, muitas se perdem em estratégias para participar de tudo e descobrir qual é a rede que os seus consumidores mais usam.


Tik Tok, Instagram, Facebook… Qual rede social atrai melhor os consumidores?

Como os hábitos de consumo mudam com o tempo, as empresas precisam ficar atentas em tudo o que possa ajudá-las a criar engajamento. Para isso, como você viu, a rede social é um ótimo canal. Assim, só resta saber qual delas é a melhor.

Na pesquisa Digital 2022: April Global Statshot Report, realizada pela parceria da Hootsuite com a We Are Social, o panorama de uso das redes foi atualizado, oferecendo informações importantes para as empresas.

Para começar, as pessoas estão ainda mais conectadas. Atualmente, existem 5 bilhões de usuários na internet ou 63.0% da população mundial. Desses, 92.4 % acessam por celulares e 4.65 bilhões usam redes sociais; com uma média de 7.4 plataformas mensais no mundo e 8.6 no Brasil, a segunda na classificação.

Já entre pessoas de 16 a 64 anos, a média de conexão é de 6h 53m por dia, 2h 29 m só em redes sociais. No Brasil, os dados são ainda maiores. 81.3% da população usa internet, com uma média de 9h 56m diárias, sendo 03h 47 m em redes sociais.

Tendo isso em mente, podemos verificar o alcance das maiores plataformas. De forma resumida, as primeiras posições ficam da seguinte maneira, conforme seus números de usuários:
● Facebook com 2.912 bilhões;
● YouTube com 2.562 bilhões;
● WhatsApp com 2 bilhões;
● Instagram com 1.452 bilhões;
● We Chat com 1.268 bilhões;
● Tik Tok com 1 bilhão.

Levando em conta que algumas não são exatamente redes sociais, mas aplicativos de mensagens, podemos selecionar Facebook, YouTube, Instagram e Tik Tok como as maiores redes, nas quais as empresas podem se aproximar dos clientes, por perfis ou anúncios. Nesse caso cada uma tem suas particularidades.

Facebook
Devido à mudança de divulgação de dados da Meta, a pesquisa não incentiva a comparação com dados divulgados anteriormente. Ainda assim, os números atuais são expressivos:
● a rede é usada por 58.2% dos usuários de internet;
● 2.14 bilhões de pessoas podem ser alcançadas nos anúncios, segundo a Meta;
● o Brasil é o quarto mercado em audiência.

YouTubeEmbora seja uma plataforma de vídeos, com comunidades em nicho, conforme cada canal, e cada pessoa circulando por diferentes tipos de conteúdo, o YouTube tem um grande potencial para fidelizar consumidores com publicações e anúncios. Afinal, ele apresenta os seguintes dados:
● 2.09 bilhões de pessoas alcançadas pelos anúncios;
● o Brasil é o quarto mercado em audiência, com 70.5% da população acima de 13 anos podendo ser alcançada;
● o alcance de anúncios da plataforma aumentou 11.9% em comparação ao ano anterior.

Instagram
Pertencente ao mesmo grupo do Facebook, o Instagram o iguala em termos de favoritismo, ficando os dois atrás apenas do WhatsApp. Segundo os dados, 1.45 bilhões de pessoas podem ser alcançadas por anúncios, um crescimento estimado em 12.8%. Nessa rede, o Brasil é seu 3º mercado, com 69% da população acima de 13 anos podendo ser alcançada.

Tik Tok
Uma rede que rapidamente ganhou adeptos, o Tik Tok já é uma das maiores em termos de usuários e, com isso, é um atrativo para anunciantes. De fato, segundo o relatório, 970.2 milhões de pessoas acima de 18 anos podem ser alcançadas, ou seja, 19.4% de quem usa internet nessa faixa etária.
Nos últimos anos, vimos a ascensão de várias redes sociais, sendo o Tik Tok a mais recente a crescer tão rápido em número de usuários. Apesar disso, muitas das mais antigas continuam, já que cada uma tem seu próprio universo.

Dessa forma, os consumidores consomem até 8 redes sociais no Brasil, a segunda maior média do mundo, o que conclui que não é uma, mas várias redes que prendem a sua atenção. Por causa desses hábitos de consumo, as empresas precisam estar em diversas plataformas e trabalhar estratégias diferentes de marketing para que seus anúncios sejam alcançados e convertam em vendas.

Fonte: Consumidor Moderno