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Estratégia & Marketing Postado em quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025 às 18:08


Uma pesquisa da Neogrid, em parceria com o Opinion Box, revela que 51,5% dos consumidores brasileiros acreditam que a inteligência artificial (IA) pode ajudar a criar preços mais justos nos supermercados. O levantamento, intitulado “Hábitos de Compra no Varejo Alimentar”, foi realizado com mais de 2 mil pessoas em todo o Brasil e destacou a insatisfação com os valores praticados: 79,4% dos entrevistados consideram os preços atuais “injustos”.

Além disso, a pesquisa indica que a transparência na composição dos preços é uma demanda latente. Segundo o levantamento, 95,8% dos consumidores afirmaram que ficariam mais satisfeitos se tivessem acesso a explicações claras sobre como os valores dos produtos são calculados.

IA pode reduzir preços e aumentar receitas

A tecnologia é apontada como uma solução eficiente para melhorar o planejamento entre indústrias, distribuidores e varejistas. Dados da Predify, uma ferramenta da Neogrid especializada em análise de preços baseada em IA, mostram que a tecnologia pode sugerir reduções de preços em até 15% dos produtos.

Por exemplo, uma redução de 1% no preço pode gerar impactos significativos: aumentos de 27% na receita, 25% na demanda e 18% no lucro, conforme apontado pela análise da Predify. Esses ajustes estratégicos são possíveis graças ao monitoramento contínuo do comportamento dos consumidores e à capacidade da IA de transformar dados em decisões eficientes.

Parcerias impulsionadas pela IA

Bruno Maia, head de Dados e IA da Neogrid, destaca que a colaboração entre indústria, varejo e distribuidores é fundamental. “Empresas que não colaboram com seus parceiros correm o risco de ficar para trás. A IA permite transformar dados precisos em decisões, nos ajudando a prever tendências. Com o compartilhamento de informações, todos se beneficiam: há melhoria no planejamento, otimização de estoques e entregas mais eficientes.”

Metodologia da pesquisa

O levantamento foi realizado online entre junho e julho de 2024, com consumidores acima de 16 anos, de todas as classes sociais, responsáveis ou parcialmente responsáveis pelas compras da casa. Os dados reforçam o potencial da IA não apenas para otimizar preços, mas também para aumentar a satisfação do consumidor e fortalecer a competitividade no varejo alimentar.

Fonte: Ecommerce Brasil
Estratégia & Marketing Postado em segunda-feira, 30 de setembro de 2024 às 10:59


Além da já representarem 25% da população mundial, a previsão é que a Geração Z seja responsável por US$ 12 trilhões dos gastos com consumo até 2030 na mesma escala. Os números altos assustam, mas também revelam a necessidade de “agradar” um consumidor cada vez mais cauteloso no digital e envolvido emocionalmente com marcas em sua jornada.

Em conversa na 4ª edição do webinar “Papo de Mercado ABIHPEC”, os pontos principais sobre a Geração Z e seu comportamento foram elucidados por André Khouri, diretor comercial da NielsenIQ, e Priscilla Seripieri, líder de Negócios e Operações Mindset da WGSN na América Latina.

O executivo começou trazendo informações sobre o consumidor latino-americano mais jovem, especificamente no Brasil. Segundo ele, há uma contradição no sentimento deste usuário em termos tecnológicos.

Ao mesmo tempo que 45% deles aceitam direcionamentos de assistentes empoderados por Inteligência Artificial (IA), só 9% são adeptos da compra por redes sociais. Por outro lado, 35% dos brasileiros da Geração Z já compraram um produto online após vê-lo online em algum jogo. De acordo com o especialista, isso reforça a tendência da gamificação como interface ideal para influenciar no consumo digital dos nascidos entre 1997 e 2012. O índice é superior à média internacional em 25%.


ESG e dilemas morais na Geração Z

Questões ligadas ao papel social e ações de sustentabilidade das empresas também são fatores importantes para a Geração Z hora de consumir. Ainda com dados da NielsenIQ, Khouri fala em 43% dos brasileiros deixando de comprar em certo lugar pela falta de movimentação em relação ao meio ambiente. Já do lado da WGSN, Seripieri mostra que marcas de cosméticos sustentáveis registraram alta de 65% na receita.

Além disso, a executiva também mostra como o comportamento deste consumidor é atravessado por cinco sentimentos principais: angústia moral, anseio, otimismo racional, pico de pessimismo e síndrome do mundo cruel.

Todos estes influenciam na vida de quatro perfis emergentes ligados à Geração Z. São eles:

Imparciais
Combatentes à desinformação;
Compromisso com a verdade e os fatos.

Autônomos
Desafiam a norma;
Fundam as próprias regras de vida e consumo;
Rejeitam o tradicional e linear.

Esperançosos
Firmam relacionamentos não-convencionais com as marcas;
Ideias tradicionais de produtividade não estão em seu escopo.

Sinérgicos
Buscam utilizar a tecnologia para ajudar humanidade e planeta;
Imaginam um mundo mais igualitário e acessível.

Fonte: Ecommerce Brasil