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Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 04 de maio de 2021 às 11:18


A Amazon tem e opera por uma lista própria de princípios de liderança da qual faz uso diário, enquanto discute ideias para novos projetos, decide a melhor abordagem para resolver um problema ou para contratar uma nova pessoa para o time.

Eu compartilho de forma contínua, a importância que uma cultura sólida tem para sustentar o crescimento de um negócio. Com uma boa liderança, um propósito claro e uma cultura consolidada, bons talentos abrem mão de trabalhar em uma corporação que pagará mais a eles, para trabalhar na sua empresa, pois acreditam no conceito que ela representa. O Alfredo, meu sócio no Gestão 4.0, também já falou por aqui sobre o tema e trouxe pontos que acredita, como os pilares de um bom líder. Não coincidentemente, há muito em comum com os princípios da Amazon. Mas voltando para o benchmark deste artigo, vamos nos ater à Amazon.

A empresa, em duas décadas, foi de uma vendedora de livros para um concorrente de todos os líderes do setor de varejo, publicação, logística, wireless, brinquedos, dispositivos, vestuário e computação em nuvem.

A Amazon possui uma cultura única de contratação e desenvolvimento de líderes com foco em 14 princípios de liderança, que orientaram e moldaram as decisões da empresa e sua cultura empresarial inovadora.

Os princípios de liderança da Amazon foram gravados e praticados repetidamente, até construir-se uma baita cultura, altamente baseada em execução. Todos os funcionários devem aderir a eles, e a organização testa todas as futuras contratações com base nos mesmos critérios.

Estabelecer valores corporativos não é algo novo. Há inúmeros negócios espalhados por todo o mundo que o fazem. É fácil reunir valores e exibi-los nas paredes do escritório, mas colocá-los em prática diariamente é uma tarefa complexa. Porém, no caso da empresa em questão, ter uma mentalidade centrada no cliente está no topo da lista, e a obsessão da empresa por clientes, frugalidade e tendência para a ação são evidentes. O que me faz pensar que a empresa de Bezos teve sucesso em aderir aos seus valores melhor do que muitas outras corporações, pois eles são facilmente notados.

Alguns dos princípios de liderança da Amazon podem não ser os mais adequados para o seu negócio, portanto, personalize-os de acordo com sua visão ou experimente-os. Eles estão disponíveis no site da Amazon e listei-os abaixo:


1. Obsessão pelo cliente
Os líderes começam com o cliente e trabalham vigorosamente para ganhar e manter a confiança dele. Embora os líderes da Amazon prestem atenção aos concorrentes, eles sempre possuem o cliente como figura central.

2. Senso de responsabilidade
Os líderes possuem senso de responsabilidade. Eles pensam a longo prazo e não sacrificam o valor de longo prazo por resultados de curto prazo. Como gestores, atuam em nome de toda a empresa, não apenas de sua própria equipe. Eles nunca dizem “isso não é meu trabalho”.

3. Inventar e simplificar
De acordo com os princípios da Amazon, os líderes esperam e exigem inovação e invenção de suas equipes e sempre encontram maneiras de simplificar. Eles estão externamente cientes, procuram novas ideias de todos os lugares. Ao fazerem coisas novas, aceitam que podem ser mal compreendidos por longos períodos de tempo.

4. Estão certos, e muito
Os líderes possuem um bom senso de negócios e bons instintos. Eles buscam por diferentes perspectivas e trabalham para desconstruir as suas crenças.Além disso, estudam e são curiosos, buscando de forma contínua o auto aprimoramento, também sendo curiosos em relação a novas possibilidades, agindo para explorá-las.

5. Contrate e desenvolva o melhor
Os líderes elevam o nível de desempenho a cada contratação e promoção. Eles reconhecem talentos excepcionais e os movem de boa vontade por toda a organização.
São líderes que desenvolvem outros líderes e levam a sério seu papel de treinar os outros, além de criar mecanismos de desenvolvimento, possibilitando que o subordinado tenha opções de carreira.

6. Insista nos mais elevados padrões
Os gestores têm padrões altos, tão altos que muitas pessoas podem pensar que esses padrões são exagerados. Eles estão continuamente elevando o nível e direcionando suas equipes para fornecer produtos, serviços e processos de alta qualidade. Os líderes garantem que os problemas sejam corrigidos para que permaneçam corrigidos.

7. Pense Grande
Pensar pequeno é uma profecia que se autorealiza, segundo a Amazon. Além disso, como Jorge Paulo, fundador da AB Inbev, diz: “Pensar grande e pensar pequeno dá o mesmo trabalho”.
Assim, os líderes devem criar e comunicar uma direção ousada que inspira resultados. Eles pensam de forma diferente e procuram maneiras de atender os clientes.

8. Preconceito para a ação
A velocidade é importante nos negócios. Muitas decisões e ações são reversíveis e não requerem um estudo extensivo. Assim, a Amazon valoriza a tomada de riscos calculados.

9. Frugalidade
Basicamente, é a ideia de realizar mais com menos. A Amazon tenta não gastar dinheiro com coisas que não importam para os clientes. A frugalidade gera desenvoltura, autossuficiência e invenção. Não há pontos extras para número de funcionários, tamanho do orçamento ou despesas fixas.
A frugalidade impulsiona a inovação, assim como outras restrições fazem. “Uma das únicas maneiras de sair de uma caixa apertada é inventar sua saída. ”

10. Vocalmente autocrítico
Os líderes não acreditam que o odor corporal deles ou de sua equipe cheire a perfume. Os líderes apresentam problemas ou informações, mesmo quando isso é estranho ou embaraçoso. Eles avaliam a si mesmos e a suas equipes como os melhores.

11. Ganhe a confiança de outras pessoas
Líderes escutam atenciosamente, falam quando preciso e respeitam os outros. Como gestores, devem ter a mente aberta, ouvir genuinamente e estarem dispostos a examinar suas convicções mais fortes com humildade.

12. Mergulhe fundo
Os gestores operam em todos os níveis, permanecem conectados aos detalhes e auditam com frequência. Nenhuma tarefa está abaixo deles.

13. Ter opinião; Discordar e se comprometer
Os líderes são obrigados a desafiar as decisões respeitosamente quando discordam, mesmo quando isso for desconfortável ou exaustivo. Os líderes têm convicção e são tenazes. Eles não se comprometem em prol da coesão social. Uma vez que uma decisão é determinada, eles se comprometem totalmente.

14. Entregar Resultados
Os líderes concentram-se nos principais insumos para seus negócios e os entregam com a qualidade certa e em tempo hábil. Apesar dos contratempos, eles estão à altura da situação e nunca se acomodam.
Estes são os princípios de liderança da Amazon. Qual deles você considera relevante e por quê? Qual deles você mais gosta? Por favor, compartilhe suas opiniões na caixa de comentários abaixo, para que todos possamos aprender com sua experiência e visão.

Fonte: Gestão 4.0
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 04 de maio de 2021 às 10:58


Conheça a receita de sucesso da Adidas para operar no e-commerce global.

Passados 14 meses do início da pandemia, como seu negócio e estratégia online estão em comparação com o final de 2019? Você realmente compreende quais as expectativas do consumidor digital antes da tomada de decisão? Sua empresa já criou um mapa do que funciona para gerar vendas e resultados no e-commerce diante de um consumidor mais digital?

Essas são as perguntas que a maior parte dos executivos de varejo procuram nesse momento de intensa transformação digital e que serviram de base para Parag Parekh, VP de Vendas Digitais Globais Adidas em uma apresentação para o Retail Connected, evento on-line do varejo global, promovido pelo World Retail Congress esta semana.

Parag conta que a Adidas sempre acreditou nos canais digitais como forma de trazer experiências notáveis para a vida. Contudo, no início de 2020, o surgimento do vírus na China, fez os negócios serem paralisados de um momento para outro. E logo depois, com a doença se alastrando mundo afora, as lojas foram fechadas nos EUA e na Europa. O digital passou a ser a única forma de interação e venda da Adidas em praticamente todos os mercados em que atua.

“O desafio da empresa foi testar novas abordagens até então inéditas, embarcando e realocando talentos de outros canais para os canais digitais. Aliás, o e-commerce não era apenas mais um canal, era O canal”, comentou o executivo. A Adidas acelerou a prática da centralidade do consumidor, buscando melhorar a experiência em cada ponto de contato existente no universo digital, incluindo até mesmo a presença nos marketplaces como o TMall, na China.

Segundo Parag, a Adidas realmente começou a “liderar uma abordagem centrada no digital”, para criar oportunidades continuamente. Rapidamente, por exemplo, a empresa adaptou o sortimento para ampliar a oferta de chinelos – com os consumidores ficando e trabalhando em suas casas, roupas e calçados confortáveis se tornaram produtos indispensáveis. Essa não era uma tendência mapeada meses antes, evidentemente. Era necessário rever toda a estrutura de oferta, fornecedores e logística de entrega para uma nova tendência que se consolidava rapidamente.

Este foi um exemplo de como 2020 foi um ano de acelerar o futuro e trazê-lo para o presente, de constante aprendizado e que não terá ponto de retorno.


O que os consumidores querem de agora em diante?

“Pensem que nós mapeamos entre 65 e 300 pontos de contato distintos nas jornadas de clientes por nossos ambientes digitais. Ou seja, a jornada do cliente não é previsível na totalidade, os negócios precisam evoluir para acompanhar essas variações e devem estar atentos para defender a qualidade da experiência, oferecendo a melhor e experiência em cada ponto de contato”, defende Parag.

Ele acredita que as expectativas do cliente variam conforme o canal. Na loja da Adidas.com é necessário, por exemplo, motivar ou informar o consumidor sobre como ele praticar esportes da melhor forma possível, mostrando histórias de atletas, combinadas com ideias que os ajude a atingir seus objetivos. Talvez o cliente seja fã de um Messi ou de um Federer, e queira aprimorar algum ponto na sua performance esportiva pessoal. O que a marca pode oferecer nesses casos? Indicar o que é o correto para o cliente, fornecer recomendações qualificadas, uma interação simples, que não demanda esforço, criando diálogos para gerar o máximo de confiança antes de uma compra.

Percebam que a compra é consequência de uma sequência de etapas nas quais o cliente é progressivamente envolvido e impactado com informação relevante, ajustada para suas expectativas, criando motivação para uma transação. Parag Parekh faz uma provocação: “Seu negócio tem agilidade suficiente para acompanhar o ritmo das mudanças no comportamento do consumidor?”


TENDENCIAS 
O executivo afirma que há 3 tendências cruciais que moldam o comportamento do consumidor atualmente. São elas:

1. A relação entre o negócio e a marca deve permitir a entrega de real valor ao cliente

Quais são os valores que a marca defende? Eles são genuínos e atestam autenticidade, opiniões e políticas que criem conexões reais com os clientes, particularmente os millennials? Não importa qual a causa, defesa da sustentabilidade, do meio-ambiente, dos oceanos, ela precisa dialogar com as expectativas do público.

2. Marcas devem ser capazes de criar pontes, de se conectar com os clientes para reforçar a lealdade no longo prazo

Para isso, o executivo recomenda a criação de programas de fidelidade ou assinaturas com uma curadoria cuidadosa de histórias e conteúdos tanto para o consumidor individualmente quanto para a comunidade na qual ele se insere. Assim, é possível criar personalização da experiência e até mesmo de produtos.

3. Experiência fluida

“No fim do dia, é tudo sobre isso”, observa Parag. Toda empresa precisa se esmerar em entregar a promessa de uma experiência digital fluida, sem atritos ou fricções, para assegurar uma presença digital perene. O trabalho da Adidas e das melhores marcas procura criar ambientes digitais nos quais a compra seja consequência de uma jornada exaustivamente desenhada e constantemente aprimorada, para que tudo aconteça naturalmente.

Fonte: Novarejo