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Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 23 de maio de 2017 às 15:39
Muitas pesquisas recentes têm mostrado que quando uma empresa tem algo maior e mais significativo do que o lucro como objetivo final, os resultados aparecem. E de forma superior às empresas que focam apenas no resultado para os acionistas.

A reflexão que está sendo trazida à tona será capaz de tirar o sono de muitos empresários. Um dos grandes questionamentos instigados pela Bittencourt é: o que as pessoas – sendo clientes, funcionários, franqueados e até mesmo o planeta – perderiam se sua empresa deixasse de existir amanhã? Qual é a razão pela qual seu negócio existe? Qual é o catalizador da sua motivação?
Falar sobre propósito é trazer de volta a inspiração e a motivação para os negócios. É resgatar a origem da marca, que muitas vezes se funde com o sonho do seu fundador. As histórias inspiradoras que surgem são capazes de gerar uma transformação de dentro para fora, e engajar as pessoas envolvidas na corporação por trazer um significado para o comprometimento e dedicação diária de cada steakholder no processo. Ou seja, traz de volta a conexão emocional, um sentido maior, que transcende a compensação financeira.
A MISSÃO É “O QUÊ”, A VISÃO É O “ONDE”. PORÉM O QUE RESPONDE NOSSO “POR QUÊ”?
É importante não confundir o Propósito com o tripé: Missão, Visão e Valores. O Propósito vai além.  Ele tem conexão direta com a alma da organização. Não é algo escrito para o mercado ver, mas sim, um compromisso diário com a sociedade, funcionários, clientes e franqueados, é um ponto de vista e a força propulsora por trás da execução de cada ação da companhia.
Já dizia Philip Kotler, “Uma vez descoberta a característica fundadora da empresa, ela revelará o caminho para a obtenção de uma força de trabalho comprometida, de produtos e serviços mais inovadores, de clientes mais fiéis, além de aumentos substanciais nos lucros e impacto positivo na sociedade”
O propósito não se cria como um produto ou serviço, propósito é essência, ele existe antes da materialização do negócio e não deve ser confundido com a “adoção de uma causa” – não é uma ação pontual, não é definido em uma mesa de reunião como intenção de marquetear a marca.
Segundo Joey Reiman, autor que explorou de forma bastante elucidativa o tema, “Propósito é uma maneira única que a empresa escolhe para organizar sua contribuição para o mundo”.
Para conhecer o Propósito das franqueadoras e o que as tornam autênticas e diferenciadas das demais empresas no mundo, a Bittencourt irá premiar no 8º Fórum Internacional de Gestão de Redes de Franquias e Negócios as 25 redes que melhor traduzem o propósito do negócio na ponta.
Para essa premiação, uma análise prévia das franqueadoras está sendo realizada. Por meio de um questionário on-line, os franqueadores estão sendo convidados a refletir sobre temas como motivação para começar o negócio, diferenciais, forma de atuação no mercado e seus impactos tanto na vida dos colaboradores, franqueados e até mesmo no país. Após essa fase inicial, 50 das empresas pré-selecionadas terão 1 franqueado e 1 colaborador entrevistado pela consultoria. Todo esse processo vai conduzir a seleção das TOP 25 do Franchising Brasileiro de 2017.
O Fórum de Franquias será realizado no mês de setembro em São Paulo. Para participar da premiação, as redes de franquias devem acessar o site e seguir as instruções da 4º edição do Top 25 do Franchising Brasileiro – O Propósito que Engaja de Fato.
Fonte: Carolina Bittencourt
Estratégia & Marketing Postado em quarta-feira, 17 de maio de 2017 às 13:15
Nos últimos 4 anos nosso cotidiano foi embalado por seis grandes acontecimentos: Copa do Mundo, crise econômica, operação Lava Jato, eleição de 2014, processo de impeachment e Olimpíada. O volume de informação gerado por estes acontecimentos ocupou boa parte da nossa atenção, as suas consequências limitaram a nossa capacidade de olhar para a frente e ir além.
A sequência destes acontecimentos acabou nos deixando num compasso de espera e expectativa. Quantas e quantas decisões foram proteladas em função ou aguardando o desenrolar desses acontecimentos? E de repente passaram-se quatro anos, enquanto o mundo seguia em frente.
#1 “Voltar a Perceber”
Precisamos deixar de perceber somente o que acontece ao nosso redor e voltarmos a perceber o que ocorre ao redor do mundo.
Passamos pelo primeiro trimestre de 2017 e o contexto parece não ser muito diferente, alguns desses acontecimentos ainda roubam boa parte da nossa atenção no dia a dia, mas já observamos três tendências na atitude empresarial. A primeira, que chamo de “Voltar a Perceber”, vem mostrando que precisamos deixar de perceber somente o que acontece ao nosso redor e voltarmos a perceber o que ocorre ao redor do mundo.
Nos últimos quatro anos, enquanto ocupamos boa parte da nossa mente acompanhando as notícias locais, empresas como a Airbus desenvolviam projetos de carros voadores, Elon Musk colocava em prática seus planos de conquista espacial, o Japão apresentava a Erica, uma humanoide dotada de recursos sofisticados de Inteligência Artificial, o Facebook superou a marca de 1.8 bilhão de usuários no mundo e engenheiros da Coreia do Sul trouxeram para a realidade robôs que antes faziam parte da ficção do filme Avatar.
Estes são apenas alguns exemplos. Aqui no Brasil, muitos de nós, executivos, empresários e empreendedores perdemos a visão do mundo e ficamos presos na gestão de problemas. Para sairmos deste ciclo vicioso, o ponto central é mudar a nossa postura em relação à informação. Precisamos racionalizar o uso dos meios de comunicação e racionar o tempo que dedicamos ao noticiário do cotidiano.
Uma dica é escolher poucas e boas fontes de informação, restringir o noticiário durante a manhã e parte da tarde e dedicar o período noturno para absorver novos conhecimentos, seja por meio de cursos e livros ou sites, blogs e canais digitais do Brasil e do exterior.
Busque as boas referências em visionários e inovadores dos mais diversos segmentos pelo mundo. Lembre-se que a inovação não surge apenas de um conhecimento específico e sim da capacidade de conectar diversos conhecimentos para a solução de problemas. E como forma de reduzir a ansiedade, pense nos seus problemas durante o dia e dedique as noites para imaginar as soluções ou simplesmente se divertir e relaxar.
#2: “Olhar o amanhã, mas planejar o hoje”
Plano de ação baseado em visão de longo prazo, mas com estratégias de curto prazo executadas em pequenos ciclos
Voltar a perceber o que ocorre ao redor do mundo nos abre infinitas oportunidades que só poderão ser aproveitadas com a segunda tendência que é o “Olhar o amanhã, mas planejar o hoje”. Com os aprendizados dos últimos anos e vivendo um contexto de incertezas, surge um novo método de planejar que prioriza as pequenas estratégias em vez dos grandes planos.
As tomadas de decisão precisam ser mais ágeis, a instabilidade de mercado só será domada com planos de ação baseados em visões de longo prazo, mas com estratégias de curto prazo que são realizadas em pequenos ciclos que envolvem etapas de preparação, ação, mensuração, avaliação e correção. Nesta modalidade, temos diversos exemplos que surgem dos mais variados segmentos como: algumas marcas de eletroeletrônicos estão trocando as grandes campanhas nas mídias tradicionais por ações frequentes no ponto de venda que unem promoção e experiência de marca. Uma forma de atuar no curto prazo com ações de conversão de vendas (promoção), mas sem deixar de lado os objetivos de construção de marca (branding experience) no longo prazo.
Com a redução das verbas, as áreas de marketing de produtos de consumo estão entendendo que é melhor realizar pequenas ações com maior frequência, do que ficar grandes períodos ausentes do mercado, podendo gerar grandes prejuízos para a imagem das marcas no longo prazo. Sem a possibilidade de ter a verba necessária para campanhas de branding e promoção, criam-se campanhas promocionais que buscam resultados no curto prazo, mas que também comunicam os valores da marca, necessários para o seu crescimento no médio e longo prazo.
No varejo automobilístico, as concessionárias estão dando cada vez mais atenção para as ações de segmentação. Com a redução drástica do fluxo nas lojas, as grandes campanhas para a busca de novos compradores foram substituídas por pequenas ações focadas para grupos específicos de clientes fiéis. São ações baseadas nas mídias digitais e ações de relacionamento que conseguem entregar um índice melhor de conversão de vendas no curto prazo e fortalecem a base de clientes no longo prazo.
Os exemplos mostram que as empresas com um planejamento estratégico e posicionamento de imagem claro e consistente das suas marcas conseguem enfrentar os períodos de crise realizando um conjunto de pequenas ações que se completam e fortalecem o cumprimento dos objetivos de médio e longo prazos. Muitas vezes, são estes pequenos planos de ação, que quando executados com frequência e com a sua devida mensuração, geram os insights necessários para criar novas oportunidades e ampliar os negócios.
#3: “Gestão pela fé”
Quando as planilhas não bastam para a tomada de decisão surge a gestão pela fé.
A terceira tendência é o que chamo de “Gestão pela Fé”. Em um mercado ainda incerto, mas com negócios com alto potencial de sucesso, chegamos a um momento em que as planilhas não bastam como ferramenta de decisão. As projeções de vendas e custos são alteradas a todo o momento e as previsões para o crescimento de mercado não se realizam no tempo esperado.
Neste cenário, independentemente de religiões, surge o sentimento da fé que é a confiança em possuir um modelo de negócio testado, validado e pronto para ser iniciado. Por isso, se você sente que não adianta mais ficar aguardando o “momento ideal” para o seu negócio, perceba o que ocorre no seu mercado ao redor do mundo, planeje bem o curto prazo e vai na fé que vai dar certo! Afinal, nada melhor do que criar uma onda de positividade e otimismo para contribuir com a retomada do mercado.
Fonte: Endeavor