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Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 20 de junho de 2023 às 10:17


No mundo atual, em meio a uma sociedade cada vez mais conectada e bombardeada por informações, as marcas enfrentam um desafio: conquistar a atenção de um consumidor cada vez mais distraído e apático. Em um contexto onde a atenção se tornou uma mercadoria valiosa e escassa, impulsionada pelas rápidas evoluções tecnológicas e pela constante busca pela próxima ‘tendência viral’, destacar-se da concorrência se tornou crucial.

Nesse cenário, encontrar maneiras autênticas de se comunicar com seu público-alvo tornou-se uma tarefa complicada. Surge então a economia da atenção, exigindo que as marcas estabeleçam conexões emocionais genuínas para captar a atenção dos clientes e se destacarem no mercado. Diante dessa nova dinâmica, as estratégias de marketing precisam ser repensadas e adaptadas para atrair e engajar esse consumidor


Conceito de economia da atenção

A economia da atenção refere-se ao momento atual que vivemos, no qual a atenção se tornou um recurso valioso. Com as rápidas evoluções tecnológicas e a abundância de informações disponíveis, as marcas competem constantemente pela atenção do consumidor. Nessa economia, a capacidade de capturar e reter a atenção passou a ser essencial para o sucesso dos negócios.


Paralisia social e emocional

A pesquisa “Consumidor do Futuro 2024” identificou um fenômeno chamado de “choque com o futuro”. Esse termo descreve a paralisia social e emocional que ocorre devido ao estresse e à desorientação causados pelas mudanças rápidas e constantes. Como resultado, a atenção coletiva do público está se tornando cada vez mais curta. As pessoas preferem receber dados fragmentados em vez de informações aprofundadas.


Dualidade da atenção

A dualidade da atenção é outro desafio enfrentado pelas marcas. Por um lado, os consumidores sentem ansiedade em acompanhar os conteúdos nas plataformas digitais, impulsionados pelo medo de ficar de fora (FOMO). Por outro lado, há o medo de se conectar devido à vigilância e exposição nas redes sociais. Encontrar o equilíbrio na comunicação com esse público é essencial.


Estratégias essenciais

Para reter a atenção do consumidor, as marcas devem adotar estratégias essenciais, como:

Inteligência artificial e análise de dados
A análise de dados é fundamental para entender o comportamento do consumidor, personalizar a experiência do usuário e identificar oportunidades de melhoria na oferta de produtos e serviços. Já a inteligência artificial pode auxiliar na segmentação de audiência e na criação de conteúdo relevante.

Adaptação rápida às tendências
É importante acompanhar e adaptar-se rapidamente às tendências e aos novos formatos de comunicação, como o TikTok e o Instagram Reels. Essas plataformas têm grande alcance e podem ser utilizadas de maneira criativa para manter a relevância e reter a atenção do consumidor.

Foco na autenticidade do conteúdo
A autenticidade do conteúdo é essencial para construir confiança com o consumidor e criar um vínculo emocional mais forte. Conteúdos genuínos, que reflitam os valores e a identidade da marca, têm maior potencial de reter a atenção do público.

Métricas de Eficiência

Para avaliar a eficiência das estratégias de marketing no universo da economia da atenção, é importante considerar métricas como:
- Taxa de retenção de vídeo: Mede a porcentagem de espectadores que assistem a um vídeo até o final. Uma taxa alta indica maior engajamento e atenção.
- Taxa de visualização de vídeo: Mensura o número de visualizações em relação ao número de impressões. Ajuda a identificar a eficácia das estratégias de vídeo marketing.
- Taxa de engajamento nas redes sociais: Avalia o envolvimento do público com as publicações da marca nas redes sociais. Engajamento significativo indica maior atenção e interesse.
- Tempo médio de atenção: Mede o tempo médio que um usuário fica em uma determinada peça de conteúdo. Quanto maior o tempo, maior a atenção e o envolvimento.

Perspectivas para um futuro de engajamento

Diante dos desafios impostos pela economia da atenção, as marcas devem repensar suas estratégias de marketing. A publicidade de choque, aliada ao incentivo à criatividade dos criadores de conteúdo, pode ser uma abordagem eficaz para se destacar em meio à concorrência.

Portanto, é preciso atrair a atenção de um consumidor cada vez mais distraído. Adaptar-se a esse cenário e planejar estratégias assertivas é essencial para conquistar o público-alvo. Afinal, a economia da atenção é o novo desafio que as marcas devem enfrentar e superar para alcançar o sucesso daqui em diante.

Fonte: Consumidor Moderno
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 13 de junho de 2023 às 09:37


Para especialista, o sucesso desse modelo de negócio dependerá de como os sites conseguirão mimetizar as experiências oferecidas nas lojas físicas

A diretora de marca Joana Laprovitera passou a comprar online logo que surgiram os primeiros sites de venda de artigos de moda. Com o tempo, também passou a adquirir itens de luxo. “O que me leva a comprar de forma online é a comodidade e o ganho de tempo”, diz ela, que também gosta das lojas físicas. “Gosto do contato humano.”

O caso de Joana ainda é uma exceção no mercado de luxo, que concentra a maior parte de vendas nas lojas físicas no País. Porém, marcas estreladas como Chanel, Hermès, Prada, Dior, Hugo Boss e Estée Lauder abrem seus sites em busca dos clientes de alta renda.

Para especialistas ouvidos pela reportagem, o principal desafio das grandes “maisons de luxo” é transportar a experiência premium disponível nas operações físicas, que incluem até champanhe, para o mundo virtual, sem perder a característica da exclusividade.

O mercado de produtos de luxo no Brasil deve faturar US$ 2,85 bilhões (cerca de R$ 14 bilhões) neste ano, alta de 4,2% em relação a 2022, segundo a consultoria Statista. As operações online devem representar 4,8% desse montante.


Desafios

Para a coordenadora do hub de moda e luxo da ESPM, Katherine Sresnewsky, o sucesso desse modelo de negócio dependerá de como os sites conseguirão mimetizar as experiências oferecidas nas lojas físicas. “O e-commerce de luxo que entender a dinâmica do varejo físico e transportá-lo para o universo virtual terá sucesso.”

Katherine lembra que nas lojas físicas cabe aos vendedores e vendedoras explicarem sobre os produtos, mostrar combinações e reforçar a qualidade dos itens, o que nos sites pode ser feito por meio de fotos, vídeos, chatbots e descrições detalhadas dos itens.

Há nove meses operando site próprio, a marca Carol Bassi é um dos exemplos de companhias voltadas para a alta renda que decidiram apostar no e-commerce. Com três lojas físicas, hoje, cerca de 20% do faturamento já ocorre pelas vendas virtuais. O diretor de e-commerce do grupo, Flávio Spacca, diz que, atualmente, cerca de 60% das clientes que compram no site não utilizavam as unidades físicas, enquanto 40% são de Estados onde a marca não têm filiais.

A descentralização é reforçada por Katherine, da ESPM: “O Brasil tem uma demanda de luxo em todo o País, porque tem gente no Amazonas e na Bahia querendo consumir o luxo.

Fonte: Infomoney